domingo, 29 de agosto de 2010

A Lista de Ouro dos Guias de Uso das Mídias Sociais nas Empresas

Regularmente eu recebo emails de pessoas me pedindo alguma dica de como fazer um guia de uso de mídias sociais. Para facilitar, apresento a lista abaixo com os posts mais legais que tenho conhecimento sobre o assunto. Vale a pena percorrer todos eles. São guias das mais diversas empresas, de tamanhos, segmentos e perfis diversos.
E, por favor, não deixe de ver os dois últimos da lista. São excelentes orientações para quem vai desenvolver um guia.

Social Media Policies of 113 Organizations - do Social Media Today

List of 40 Social Media Staff Guidelines - de Laurel Papworth

Social Media Employee Policy Examples from Over 100 Organizations - do Social Media Today

57 Social Media Policy Examples and Resources - de Dave Fleet

16 social media guidelines used by real companies - da Econsultancy

Why Your Company Needs a Social Media Policy and 14 Corporate Social Media Policy Examples
- da WindMill

Top 10 Social Media Handbooks and Online Communication Guideline Examples - da Buzzshift

Should Your Company Have a Social Media Policy? - do Mashable

10 Must-Haves for Your Social Media Policy - d0 Mashable

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

13 dicas básicas para as empresas que vão começar em mídias sociais

Eis algumas dicas básicas para as empresas que pretendem entrar no maravilhoso mundo das mídias sociais. Não é teoria não, são lições importantes de quem vem trabalhando com redes sociais corporativas nos últimos anos.

1- CULTURA
Esteja certo de que a cultura corporativa de sua empresa admite partir para um projeto de mídia social, que exige colaboração e transparência. Não caia na esparrela daqueles que falam que a implementação de mídias sociais numa empresa vai mudar a cultura corporativa vigente. Veja AQUI mais detalhes.

2- SUPORTE EXECUTIVO
Garanta o apoio, participação e envolvimento do time executivo (presidente e diretores). Algumas empresas adotam a estratégia de nomear "padrinhos" para projetos estratégicos, esta pode ser uma boa ideia para que o seu projeto tenha o acompanhamento de dois ou três executivos da empresa. Eles dariam suporte executivo, acompanhariam a evolução e agiriam no caso de surgir algum desvio ou se algo der errado.

3- GRUPO MULTIFUNCIONAL
Crie um grupo de trabalho para o projeto de mídias sociais com representantes de diversas áreas da empresa, como por exemplo: marketing, atendimento ao cliente, recursos humanos, vendas, fábrica, finanças e outras áreas que julgue importante. Tente evitar que o primeiro projeto de mídias sociais da empresa seja algo isolado, de uma área específica e sem o comprometimento de todos. Ter um grupo heterogêneo trará mais visibilidade e comprometimento da empresa.

4- OBJETIVO
Defina claramente o objetivo do seu projeto de mídias sociais. Tem que ter um objetivo, né? Não vale dizer que a meta é somente aumentar a colaboração entre os funcionários ou com os clientes. Tem que ser mais específico. Qual é o resultado que você pretende com o projeto? Abrir um canal de atendimento com os clientes? É geração de conteúdo? Será um canal de relacionamento com parceiros? É para geração de ideias? Enfim, deixe bem claro o que busca com o projeto. Após definir o objetivo central, tente desmembrá-lo em objetivos menores. Isso vai facilitar o planejamento. Por sinal, isso tem conexão direta com a forma como você vai medir o sucesso e a evolução do projeto.

5- ACESSO E ENGAJAMENTO

Desbloqueie o acesso às redes sociais e monitore o comportamento dos funcionários. Ou você acha que dá para lançar um projeto de mídia social dentro da empresa mantendo todos os funcionários presos às amarras? O sucesso de um projeto deste tipo depende totalmente do engajamento das pessoas, portanto, liberte-as.

6- O PRIMEIRO PASSO
Comece pequeno e dentro de casa. Sugiro fazer uma primeira incursão dentro da própria empresa, como por exemplo lançar uma rede social interna, um wiki ou um blog interno. Criar um ambiente contido para aprender e para se desenvolver é importante. Mas não fique afobado se nos primeiros meses o projeto demorar para decolar. É assim mesmo. Não se preocupe com a "síndrome do elefante indiano", ela vai ocorrer, tenha certeza disso. Mas aos poucos o projeto vai levantar vôo.

7- PLANEJAMENTO E FLEXIBILIDADE
Faça um planejamento. Não embarque nesta viagem sem saber onde deseja chegar, quando e como. Mas esteja preparado para rever e ajustar o seu plano. Trabalhe com flexibilidade todo o tempo. Esta é uma jornada de aprendizado.

8- GUIA DE USO
Estabeleça orientações de uso de mídias sociais, e que sejam claras e objetivas. A introdução de um guia é muito importante, é pré-requisito mesmo, mas não pense que os funcionários mudarão o comportamento por conta de um guia publicado. Veja mais sobre isso AQUI.

9- PAPÉIS E RESPONSABILIDADES
Crie uma equipe para tocar o projeto, mesmo que ela seja bem pequena, mas com papéis e responsabilidades bem claras.

10- COMUNICAÇÃO E APRENDIZADO
Trabalhe com o time de comunicação interna para desenvolver uma comunicação contínua frente às 3 principais preocupações dos executivos nos projetos de redes sociais corporativas: reputação da marca, vazamento de informações e perda de produtividade. Ou seja, tais preocupações podem ser endereçadas através do foco em esclarecer: qual é o objetivo da rede social lançada pela empresa, como tratar a informação que cada um possui e domina, e insistir no ponto que a rede social deve ser usada para atender os objetivos da empresa. Na minha percepção, o ponto mais crítico diz respeito ao tratamento da informação, ou seja, é importante desenvolver uma consciência nos funcionários de como tratar a informação que cada um possui, o que pode e o que não deve ser compartilhado. Este é um processo de aprendizado contínuo.

11- EMBAIXADORES
Crie um time de funcionários-embaixadores. Para as empresas que estão começando pode ser uma boa montar um grupo de 10 ou 20 funcionários, que participariam do projeto contribuindo com posts e comentários, ou seja, para fazer a rede social funcionar nos primeiros 3 meses. Este grupo agiria como alimentador de conteúdo de sua rede social. Eles seriam reverberadores e disseminadores do projeto, atuando como influenciadores e "stakeholders". Esta seria uma forma de garantir que o projeto realmente se mantenha aquecido nos primeiros meses.

12- MEDIÇÃO
Antes de tudo, não fique paranóico com as métricas. Ainda existe muita polêmica em como medir o sucesso dos projetos em mídias sociais. Basicamente, existem 3 dimensões que podem ser consideradas: número de menções, características e qualidade destas menções, e quem está falando de sua marca. Existe um outro conceito que é o engajamento, que é uma combinação de quantidade com qualidade, é entender o comportamento espontâneo e genuíno do cliente/usuário. Enfim, escolha um caminho para medir a evolução do seu projeto. Encontre AQUI um podcast onde este assunto foi conversado.

13- SURPRESAS
Esteja preparado para percalços e surpresas. A empresa não pode desistir no primeiro obstáculo ou problema. Será uma jornada de aprendizado contínuo. Prepare o espírito da moçada, especialmente do time executivo. Por isso é importante trabalhar com governança flexível. A dica de criar um grupo de embaixadores é importante, pois serão eles que vão segurar a onda diante dos imprevistos.

É isso aí. Agradeço que enviem feedback, mais dicas ou ideias via comentários. Somos todos aprendizes nesta viagem das mídias sociais nas empresas.

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domingo, 22 de agosto de 2010

O Método - Aprendendo com Fernando Meirelles

Em junho passado, uma comunicação de Fernando Meirelles enviada para os funcionários de sua produtora, a O2 Filmes, fez sucesso entre aqueles que produzem filmes. Com o título de "O Método - Projeto Definitivo", a carta de Meirelles recomenda uma nova forma de trabalho nos sets de filmagem em função dos novos meios digitais que dominam a produção de filmes. Veja AQUI a carta publicada no blog da O2. Caso tenha problema de acesso (o site da O2 não está legal), encontre AQUI a essência do conteúdo da carta manifesto de Meirelles).

O contexto é muito simples. A disponibilidade de câmeras digitais de alta definição transformou completamente a forma de fazer filmes. O processo já não é mais tão caro quanto antes, não existe mais a preocupação com a quantidade do que é filmado e os diretores de hoje se sentem livres para filmar à vontade. O resultado dessa "farra", segundo Meirelles, é a produção de um volume de material de mais baixa qualidade e uma grande dificuldade para lidar com o material gerado, que normalmente é enorme. O pessoal de pós-produção é que "paga o pato".

Talvez isso explique o surgimento de filmes de mais longa duração nos tempos atuais. O pessoal filma tanto, que acaba forçando a barra na finalização do filme para incluir mais cenas. Aliás, pense em nós mesmos. Qualquer pessoa com uma câmera digital nas mãos produz uma quantidade enorme de fotos. A dificuldade é como armazenar toda esta produção e e depois achá-la de novo. Quantas vezes geramos fotos que nunca mais vemos depois? Se levarmos este contexto para o cinema, publicidade e TV, o problema é bem maior. O pessoal da pós-produção tem que se virar com o armazenamento e principalmente na montagem do filme. Como separar o que presta do que não presta? Como selecionar as pepitas de ouro no meio de toneladas de material produzido?

Em resumo: a produção digital não é muito mais barata. O custo mudou de lugar dentro do processo, onde o vilão é agora o processamento do material. A carta "O Método - Projeto Definitivo" é muito interessante e mostra o brilhantismo do gênio Fernando Meirelles.

Tudo isso pode ser refletido no mundo da comunicação corporativa. Há uma década, a produção do material de comunicação interna e externa nas empresas era muito mais difícil, lenta e enxuta do que os dias atuais. Era quase um trabalho de garimpagem. Hoje, as equipes de comunicação das empresas produzem toneladas de informação, de forma rápida e abundante, que é publicado em meios impressos e digitais, muitas vezes de forma online e no "calor da emoção" da notícia. Isso tudo sem esquecer o imenso volume multimídia produzido. Tudo isso é muito legal, mas nós estamos boambardeando as audiências com um volume absurdo de informação.

Diante de tanta informação disponível nas empresas, como garantir que o receptor vai realmente receber a informação mais relevante, aquela que realmente interessa? É preciso repensar "o método" de trabalho existente na comunicação corporativa. A produção indiscriminada de conteúdo não é desejável. É preciso que cada conteúdo seja pensado com antecedência e avaliado, pois nem tudo que é produzido merece entrar na "máquina de comunicação". Em resumo, menos é mais.

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Podcast - O poder dos vídeos virais

Eu já perdi a conta do número de pessoas que falaram comigo a respeito de vídeo viral. Diz que a lenda que o vídeo viral é baratinho, tem grande alcance, gera impacto e vira referência. Os marqueteiros das grandes empresas, especialmente daquelas voltadas para o consumidor pessoa física, cultivam uma certa obsessão por ações virais. Portanto, não é por acaso que este assunto sempre surge nos papos do dia a dia.

Eu, confesso, tenho pouca experiência no ramo. E conheço poucas pessoas do meu círculo de relacionamento que têm alguma história interessante para contar a respeito. Da minha experiência, o melhor exemplo é o vídeo de etiqueta corporativa que já publiquei aqui no blog. E olha que ele virou viral por acaso. Veja AQUI.

Como o assunto é polêmico e merece ser estudado, eu publico este post para compartilhar algumas coisas legais disponíveis na web.

Minha primeira recomendação é a leitura de um post curto, mas legal, do blog Comunicação e Tendências chamado "7 dicas para produzir vídeos virais (Nem o Stallone escapou deles!)".

Se tiver tempo, vai num post clássico chamado "The Secret Strategies Behind Many Viral Videos" de Dan Greenberg do blog TechCrunch. É um post antigo (de 2007), mas incrivelmente atual. Leia com calma pois vale a pena. O post gerou tanto disse-me-disse, que motivou um post-followup chamado "Follow Up To The Viral Video Post: Dan Wants Another Word".

Se tiver mais tempo ainda, aí eu recomendo o podcast "O poder dos vídeos virais" que rolou no info@trends em junho de 2010. São 35 minutos de debate com a participação de duas agências e o sócio-fundador do Videolog. Eles tentaram responder perguntas sobre custo, como medir e como fazer vídeos virais. Tem alguns bons insights, especialmente porque evidencia o que rola na cabeça das agências a respeito.

Como era de se esperar, o pessoal só pensa em marketing. Quando o mediador perguntou o que fazer quando um vídeo se espalha na rede e prejudica a empresa, a primeira resposta foi "-- Senta e chora". A segunda resposta foi "-- Ria de si mesmo". Tais respostas mostram que os caras não entendem de relações públicas. Esta não é "praia" deles. Neste contexto, eu sugiro a leitura do post "Nestlé/Greenpeace travam batalha nas redes sociais", que é o caso real de como um vídeo viral nas redes sociais pode perturbar uma empresa. E também recomendo o post "O que a Nestlé poderia ter feito".

Enfim, apesar do foco excessivo em marketing, acho que o podcast vale a pena para todos aqueles que querem aprender mais sobre o assunto. O começo tem um zunido mas depois melhora. Veja, ou melhor, ouça abaixo.



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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Marcas brasileiras famosas estão derretendo

Sou cliente do Banco Real há quase vinte anos. Neste tempo eu morei em cinco cidades diferentes, muitas coisas aconteceram na minha vida, mas a marca verde-amarela do banco sustentável sempre esteve comigo. Ainda custo a acreditar que a marca vai desaparecer para sempre.

Uma matéria publicada no jornal O Globo neste último domingo, chamada "Marcas famosas vão ficar só na lembrança", me deixou encucado. Ainda abalado pela "morte" do Banco Real, a matéria citou um monte de outras marcas que estão com os dias contados. E não são quaisquer marcas não, são marcas que fizeram parte do cotidiano dos brasileiros nas últimas décadas e ainda estão aí, firmes e fortes.

Um dos maiores ícones deste naufrágio coletivo de marcas é a Varig, que até bem pouco tempo atrás era símbolo de um Brasil moderno e global. Todos nós que viajávamos para o exterior tínhamos orgulho de ver a marca Varig espalhada nas principais cidades do mundo. Pois bem, a marca Varig desapareceu dos nossos olhos engolida pela Gol. Outras marcas em nossa memória já se foram, como a Gradiente (eu ainda tenho uma TV Gradiente em casa, que resiste bravamente), Vasp, Transbrasil, Paes Mendonça, Direct TV e por aí vai. Se pensarmos em marcas regionais, não dá para esquecer a Sé Supermercados em São Paulo e a Casas da Banha no Rio.

Na fila do abismo do desaparecimento encontra-se a Brasil Telecom (comprada pela Oi, ex-Telemar), o Unibanco (que se uniu ao Itaú) e o Banco Real (comprado pelo Santander). No Rio, os cariocas lembrarão da marca Sendas com saudade, pois todos virarão Extra Supermercados em breve. Aliás, em Sampa, o Compre Bem também vai morrer para virar Extra.

Os ventos apontam para mudanças na área de telecomunicações. A fusão da Embratel com a Claro sugere que uma das marcas vai desaparecer, provavelmente será a ex-nossa Embratel. Com a compra da parte da Portugal Telecom na Vivo, a Telefonica, que passa a controlar sozinha a empresa, vai mudar o nome da Vivo para Movistar, segundo boatos que circula no mercado. Parece incrível pensar que a marca Vivo vai desaparecer, mas é isso mesmo que está pintando.

Especula-se muito sobre as marcas Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio. Uma das três deve desaparecer. Alguém duvida qual? Essa tá na cara. A Cosan tem o direito de uso da marca Esso, mas assinou acordo de união com a Shell. Será que uma das marcas desaparece do mapa brasileiro? E o Grupo Ultra que é dono das marcas Texaco e Ipiranga? A matéria do O Globo cita que 17 nomes viraram pó entre as 250 maiores empresas no ano 2000 no Brasil.

Em geral, as empresas abandonam suas marcas de forma gradual. Isso não acontece por acaso, o grande lance é permitir que a empresa tenha tempo suficiente para transferir valores, desenvolver conexões e manter a vínculo emocional com seus clientes. Talvez, o melhor exemplo disso seja o próprio processo do Banco Real, que vem derretendo lentamente, tal qual uma vela que se apaga. Mas juro que ainda não digeri o vermelho sangue do Santander manchando o verde-amarelo dos talentos da maturidade.

Quer saber mais de marcas brasileiras que desapareceram? Vai no blog do Franciney, tem um post divertido. Acesse AQUI.

Para conhecer mais sobre as marcas mais importantes em nosso país, eu sugiro consultar o estudo publicado pela Brand Finance que aponta as 100 marcas mais valiosas do Brasil. Acesse AQUI.

E, se tem interesse de ver um estudo global de marcas, veja AQUI o estudo BrandZ das 100 marcas mais valiosas no mundo.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

O presidente de sua empresa está se sentindo rejeitado? Saiba que ele não está só.

Da série Histórias do Pimentel

Pimentel, presidente da XYZ, entrou na sala de seu psicólogo para uma consulta.

- Dr. Alex. Eu estou me sentido rejeitado. Tudo começou na minha casa. A minha mulher não se desgruda do celular. Vai para cama com ele e fica jogando pela internet até cair de sono. A minha filha tem um notebook que nunca é desligado, Ela vê TV com o computador no colo, com uma coisa ligada no ouvido e fala com um monte de gente que não tenho ideia de quem é. Nós não conversamos mais em casa, quase não jantamos mais juntos, até porque chego tarde em casa quase todos os dias. Para piorar a situação, agora o pessoal do trabalho fala um monte de coisas que não entendo. O diretor de RH entra na minha sala para falar de redes sociais, facebook e orkut. Diz que quer contratar olhando o que diz nas redes e fala que eu deveria tentar separar um tempo para entender isso. O diretor de TI diz que temos que trocar os celulares dos diretores e gerentes por blackberry. Você acha que vou gastar dinheiro da empresa com isso? Cada dia que passa, eu recebo mais emails. Por que o pessoal não entra na minha sala para conversar? Eu nem consigo usar direito o computador na minha sala, fico angustiado de ver a tela toda vermelha com mensagem para ler. Onde foi parar a velha conversa? Os funcionários mais novos dizem que a nossa empresa é velha, que quer controlar tudo, que eu o presidente vive encastelado e que deveríamos liberar as redes sociais. Já cansei de receber tanto diretor entrar na minha sala para falar a mesma coisa. O pessoal de comunicação diz que o nosso jornal interno já era, que deveríamos criar um blog, que eu mesmo deveria escrever. E você acha que sou maluco? Nunca fui bom de escrita. Quem imagina que vou permitir um blog na companhia está enganado. Para que fazer isso? Para ouvir funcionário reclamando de salário? Já o pessoal de marketing fala que temos que investir mais em projetos na internet, que ali é que está o futuro. Eu, quando preciso falar com um cliente, pego o velho telefone e falo com ele. Isso sim é que funciona. Esse negócio de internet é bacana, mas não é prá negócios não. E ainda é perigoso, porque você não vê o que escrevem sobre a empresa. Noutro dia me contaram que tem uma comunidade na orkut falando mal da XYZ, veja se pode. Tenho que resistir. O diretor de marketing adora tecnologia e reclama que não fazemos projetos inovadores. Aliás, ele só fala no Kindle e no iPad. Diz que não quer mais saber de livros de papel e só fala nisso. Noutro dia falou de um tal de Gato Sabido. não entendi nada, o que o gato tem a ver com isso? Doutor, estou me sentindo rejeitado. Acho que ninguém me entende. O que senhor me recomenda?

- Sabe de uma coisa, eu também não sei se escolho o Kindle ou o iPad.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Etiqueta Corporativa - Um caso real de boa prática

Etiqueta corporativa é sempre um tema importante nas empresas, especialmente naquelas que possuem um grande contingente de colaboradores. Na IBM Brasil este é um tema recorrente e constante na pauta de comunicação interna e recursos humanos.

Apesar do grande número de livros e artigos a respeito, e que me perdoe a Glorinha Kalil, mas o conceito de etiqueta é muuuuito relativo. O que é importante para mim nem sempre é relevante para o meu filho. E é isso o que ocorre no ambiente de trabalho, que está em constante transformação em relação a vestuário, comportamento e relacionamento. O chefe tem que estar preparado para o "bom dia" ou para o "qualé mê irmão?"

Quer ver outro exemplo? Vai no post "30 dicas de etiqueta no trabalho" no blog isecretarias.com e pega a primeira dica. Logo a primeira dica!!!

No Elevador:
Como agir se me deparar com o dono da empresa no elevador?
Cumprimente com um bom-dia e despeça-se com um até logo caso desça antes dele. Não puxe assunto – se ele quiser conversar com você, tomará a iniciativa.


A dica acima pode até parecer razoável como regra de etiqueta, mas do ponto de vista de oportunidade eu diria que o funcionário perdeu uma enorme chance de falar com o presidente da empresa e aparecer, de se fazer relevante, de causar uma boa impressão. Esta regra de etiqueta não vale para mim não!!

Enfim, etiqueta é algo relativo e numa grande empresa deve ser alvo de constante debate, alinhamento e comunicação. É muito desejável o envolvimento e participação dos funcionários na discussão.

Na IBM Brasil nós tivemos uma experiência muito saudável há anos atrás. A empresa identificou a necessidade de focar mais no assunto na IBM de Hortolândia, onde a empresa tem um dos maiores centros de serviços do mundo, com milhares de colaboradores. Várias ações foram tomadas, muitas delas com grande participação dos gerentes e funcionários. Aliás, muitas iniciativas espontâneas vieram dos funcionários, como por exemplo o vídeo abaixo, onde os funcionários atuam como atores e atrizes. Muito divertido. O vídeo virou "campeão de audiência", tornando-se viral e tocando quase toda a empresa.

Etiqueta Corporativa from Giulia De Marchi on Vimeo.




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