segunda-feira, 30 de julho de 2012

Uma visão pessoal: IBM Brasil tem novo presidente

Raramente escrevo sobre a IBM nesse blog, mas como trata-se de um blog onde comento a respeito da vida corporativa, me permito ao devaneio abaixo, especialmente porque hoje tivemos um anúncio muito especial.

Hoje anunciamos um novo presidente para IBM Brasil. É uma pessoa com 40 anos de idade, que entrou na empresa em 1993 como estagiário. É maravilhoso trabalhar numa empresa que possibilita fatos como este. Esta é uma empresa com fortes valores, que valoriza a performance, o desenvolvimento e o potencial de cada indivíduo. Alguns, entres eles funcionários, tendem a ver as coisas de forma diferente. Alguns reclamam da carga de trabalho. É verdade, a gente trabalha muito por aqui, parte por conta da intensa demanda que existe. É esperado que cada um de nós faça muita coisa. Parte vem da nossa organização fragmentada e complexa, que faz com que muitas decisões venham de reuniões de alinhamento e consenso. Somos, definitivamente, uma empresa que sempre decide as coisas em grupo. Eu prefiro olhar pelo lado positivo, a carga de trabalho vem de uma empresa onde a diversidade impera, onde todos têm liberdade para dar opiniões, onde todos querem escutar todos... e isso dá trabalho. Alguns alegam que na IBM se ganha pouco. Isso não é verdade. Temos uma remuneração competitiva. Todos aqueles que apresentam uma performance excepcional, certamente vão se diferenciar e serão remunerados de forma superior. Outros alegam que a nossa companhia é muito processual. Isso é verdade. Mas como trabalhar numa empresa com mais de 400 mil funcionários espalhados em mais de 170 países, extremamente complexa em sua organização e operação? Não tem como não criar processos e estabelecer métricas e controles, especialmente se considerarmos que somos uma empresa global, onde o conceito de hierarquia não funciona tão bem e onde, definitivamente, construímos um novo conceito de organização: a empresa global, que é muito diferente da tradicional empresa multinacional.

Olhar a IBM sempre provoca reflexão. É uma empresa que foca exaustivamente no desenvolvimento pessoal, que sempre sobe a barra, que celebra pouco porque no momento da celebração sempre tem alguém que levanta e diz: "E se a gente fizesse diferente? E se a gente fizesse mais? Vamos fazer mais da próxima vez?". É uma empresa que foca cidadania de forma genuína, que procura desenvolver e explorar o lado cidadão de cada funcionário. Não é por acaso que quase todas as atividades de cidadania da IBM partem do princípio da participação e colaboração do funcionário. É uma empresa onde a comunicação é livre e transparente, com mídias sociais liberadas que permite termos mais de 15 mil blogs ativos. É uma empresa que forma líderes. A IBM ficou em primeiro lugar no ranking das companhias que melhor formam líderes no mundo segundo a pesquisa da Hewitt. Mas, acima de tudo, é uma empresa que privilegia o indivíduo, que dá chance a todos, que privilegia a performance, que adora pessoas que gostam de aprender, que puxa o potencial dos funcionários e que oferece oportunidades a todos. Cabe a cada um conquistar as oportunidades que estão sempre à frente e mostrar o que tem de melhor. A empresa está pronta para ver e abraçar isso.

O novo presidente da IBM Brasil, Rodrigo Kede, é o melhor executivo com quem já trabalhei na vida. É jovem, brilhante, inspirador e empreendedor, cabeça aberta e com uma surpreendente visão de negócios. É atleta, gosta de correr, também gosta de praia. Diz que pratica surfe. Não sei como ele pratica surfe em Sampa !! :) Certamente vou viver na IBM Brasil os momentos mais interessante na minha vida de trabalho. Estou ansioso por isso.

Ricardo Pelegrini, também brilhante executivo, até hoje presidente da IBM Brasil, sai do comando deixando um legado muito importante. Nos seus quase 5 anos de comando, ele praticamente dobrou a receita da companhia e colocou a IBM Brasil no contexto global, trazendo o "Research Lab" para o Brasil e implementando um vigoroso programa de expansão geográfica. O presidente anterior, Rogerio Oliveira, já havia dados os primeiros passos em relação à globalização e expansão, com crescimento forte e sendo o mentor da implementação do Global Delivery Center de Hortolândia. Ou seja, uma sequência de boas notícias, uma sequência de crescimento. Agora cabe ao Rodrigo fazer a sua história.

Não! Esta não é uma declaração de veneração à IBM. Esta é uma visão de uma pessoa que já trabalhou em muitas empresas diferentes, algumas pequenas, outras grandes, com todo o tipo de liderança, tendo 30 anos de trabalho nas costas e que consegue saber muito bem o que realmente vale a pena.


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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Você consegue inovar sem powerpoint?

Assisti uma palestra no CIA Febraban (no mês passado) muito inspiradora feita por Charles Bezerra, Diretor Executivo da GAD'Innovation. O nome da palestra: Inovação e Criatividade. Compartilho abaixo a minha visão a partir do que aprendi com Charles.

A palavra inovação parece que virou clichê no vocabulário empresarial. Segundo matéria publicada no Wall Street Journal, variações do termo "innovation" foram citadas 33.528 vezes nos informes de resultados anuais e trimestrais das empresas no mercado aberto norte-americano em 2011, alta de 64% em relação aos cinco anos anteriores. Foram lançados 255 livros com o termo "innovation" no título nos últimos 3 meses. Um total de 43% dos 260 executivos entrevistados numa pesquisa disseram que suas empresas têm um executivo de inovação. Nos Estados Unidos, 28% das escolas de negócios (como Harvard, por exemplo) têm o termo "innovation", "innovative" ou "innovate" em suas declarações de missão. Ou seja, o termo "inovação" parece lugar comum, até um pouco desgastado.

Abra uma revista ou um livro de administração, de negócios, e lá estará a palavra "inovação" em destaque. Pergunte a um executivo de recursos humanos sobre uma característica fundamental nos novos funcionários que ele procura, e em segundos ele vai dizer que deseja funcionários inovadores.

Inovação virou palavra comum hoje em dia. Todos falam nisso. Muitas empresas abraçaram a causa e estão verdadeiramente buscando fazer algo diferente nesse sentido, porém várias negligenciam a importância do fator humano para inovação, que só acontece nas empresas se existirem inovadores.

Infelizmente, muitas organizações tratam inovação como um processo, o que é equívoco. Processo é o caminho, não é o objetivo. Inovação tem a ver com pessoas e suas mentes, tem mais a ver com desaprender do que aprender. Nessas horas a ignorância pode ser uma bênção. Chamar somente "experts" para inovar pode não ser uma boa. O segredo está na diversidade e na capacidade das pessoas de se colaborarem. Quando a gente fecha a porta do diálogo, da conversa livre, a gente fecha a porta da inovação.

Inovar é poder fazer perguntas ingênuas, algumas bem básicas, daquelas que o cara do lado pensa: "mas que pergunta burra!!". A inovação transgressora, radical, vem de um ambiente onde as pessoas podem realmente pensar livremente, sem preconceito. Infelizmente, as pessoas sentem vergonha de dizer que não conhecem determinado assunto, de mostrar desconhecimento, e isso acontece porque as empresas inibem o pensamento livre. As empresas amam pessoas que fazem cara de conteúdo.

Vivemos massacrados por metas e objetivos. Será que as metas ajudam ou atrapalham a inovação nas empresas? As empresas precisam sobreviver, portanto metas sempre são e serão sempre importantes. Até sobreviver já é uma meta, mas infelizmente muitas vezes elas atrapalham. Olhar em demasia os concorrentes também atrapalha. Ver o que o cara do lado está fazendo nos faz tirar o foco, nossa primeira iniciativa é fazer melhor do que ele. Gastamos muito tempo olhando para o lado e para trás. Tentamos sempre repetir um sucesso do passado, com a pequena ousadia de tentar obter um resultado melhor, gastando menos e mais rápido.

Tradicionalmente a gente complica muito. A pressão a que somos submetidos nas empresas nos faz pensar mais nas respostas do que nas perguntas. Pensamos que temos as respostas certas, mas na maioria das vezes nós fazemos as perguntas erradas. Temos pressa em termos respostas para podermos trabalhar, por isso investimos pouquíssimo tempo na formulação das perguntas. Em grande parte das vezes temos mais respostas do que perguntas, quando deveria ser o contrário.

É mais confortável fazer mais do mesmo, do que pensar diferente. A sociedade moderna está nos tirando o tempo para pensar. Rowan Gibson, mestre da Inovação, afirma que existem três condições para a inovação acontecer nas empresas: tempo, diversidade de pensamento e colaboração. Ou seja, tempo para pensar é fundamental.

Nossos pensamentos é que criam nossas vidas. É ali que estão a nossa razão de viver e da felicidade. Nossas verdadeiras famílias, casas e empresas estão dentro de nossa cabeça, no que pensamos. Portanto, pense no que anda pensando. O mundo todo se resume ao que está na sua cabeça.

Texto publicado no blog da CRN

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domingo, 15 de julho de 2012

A História do Marketing

Como sempre, o excelente blog Hubspot traz um infográfico bem legal contando a história do marketing. Agradeço ao Edmar Bulla, foi o blog dele que me alertou para esse infográfico.

Tudo começa com Gutenberg. Foram séculos e décadas onde o marketing se resumia a tradicional publicidade impressa. No século XX surge o marketing como conhecemos, com o aparecimento do rádio, da TV, do telefone e da internet. É o marketing do "fala que eu te escuto", onde as empresas falam e os consumidores escutam.
Hoje vivemos a explosão das mídias sociais. É o início da maior transformação do marketing desde o surgimento da TV. Entramos na era do marketing social, do marketing do diálogo, onde todos falam com todos. Enfim, vale muito a pena ver esse especial infográfico.

History of Marketing Infographic

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Empresa implementa programa "Dia sem email"

Você já ouviu falar na Chemtech? Nos últimos anos essa empresa tem tido destaque em quase todos os fóruns de boas empresas para se trabalhar, e um dos principais motivos tem sido sua regular ousadia em implementar programas pioneiros e inovadores. Fiquei sabendo da novidade que conto abaixo através de uma matéria publicada no jornal O Globo semanas atrás.

A Chemtech implantou há 3 meses um programa chamado "Dia sem email" que acontece na última sexta-feira de cada mês. O programa só vale para emails internos, ou seja, emails externos para clientes e parceiros de negócios continuam sendo enviados e recebidos nessa sexta-feira especial.

O " Dia sem email" acontece através de um bloqueio tecnológico, o que significa que é o próprio sistema que inibe o envio de emails internos, não existe dependência da iniciativa dos funcionários, e vale para todos: do presidente ao funcionário mais humilde na organização.

Na entrevista que li, o gerente de TI da Chemtech disse o seguinte: "Queremos mudar essa cultura de usar o email porque é o mais fácil a se fazer. Nem sempre é a forma de comunicação mais eficaz. Muitas vezes, o melhor jeito é falar ao telefone, ou marcar uma reunião para conversar frente a frente".

Para todos nós que trabalhamos em grandes empresas, fica evidente que o email se tornou um estorvo em nossas vidas. Infelizmente, muitos de nossos colegas de trabalho usam o email como um meio de se livrar de um problema ou ganhar tempo. O email nas empresas oscila constantemente entre os extremos da produtividade e da improdutividade total. Não é razoável termos todos os dias mais de uma centena de emails para ler e tratar. As empresas precisam implementar iniciativas inteligentes (ou não!!) para diminuir essa bola de neve crescente.

A matéria diz que a experiência da Chemtech tem sido positiva. Depois dos dois primeiros meses foi feita uma pesquisa para medir o retorno da medida e os funcionários deram feedback positivo, além de apresentarem propostas para melhorar o programa, como por exemplo a criação de filtros para permitir copiar um colega quando ocorrer o envio de um email para alguém de fora.

Infelizmente eu não conheço ninguém da Chemtech e não encontrei nenhum comentário sobre isso na web. Tenho muita curiosidade de saber como os funcionários estão lidando com isso, se realmente eles acreditam e valorizam a medida, qual tem sido o real impacto no trabalho, se já existe algum benefício tangível e se houve evidente aumento do espírito de time ou melhoria do clima. Enfim, tenho que confessar que gostei da ousadia da empresa em implementar tal programa, mas tenho dúvidas dos benefícios e impactos.

Por agora, vale visitar o site da Chemtech, reconhecida publicamente uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

Texto publicado no blog da CRN

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terça-feira, 3 de julho de 2012

Mídias sociais nas 500 Top Empresas da Fortune

O blog da V3 publicou um interessante infográfico mostrando como as 500 Top Companhias da Fortune usam mídias sociais. Por serem líderes de mercado, é natural pensarmos nessas empresas como inovadoras e "early-adopters" de novas tecnologias. Por outro lado, empresas gigantes também são lentas e complexas em seus movimentos, tudo parece complicado, existe um certo conservadorismo e elas acabam fazendo mais do mesmo. As empresas já reconhecem a importância das mídias sociais, pesquisas realizadas mostram isso, mas os números mostram ainda uma contida evolução na adoção de tais tecnologias digitais sociais.

Destaco as seguintes estatísticas:

23% (144) das 500 Top da Fortune tem um blog corporativo público (o mesmo percentual de 2010, ou seja, não houve crescimento). No entanto, quando olhamos as 100 primeiras do ranking, 35% delas têm um blog. O percentual vai diminuindo conforme descemos no ranking.

62% das Top 500 tem um ativo Twitter corporativo (isto é, com tweets emitidos nos últimos 30 dias)

58% das Top 500 tem uma Fanpage no Facebook.

A Coca-Cola tem mais de 40 milhões de seguidores de sua "fan page" no Facebook. É a campeã no ranking do Facebook.

Vale ver o infográfico que reproduzo abaixo. Clique AQUI se deseja ver detalhes do ranking das 500 e 5000 Top da Fortune.

Fortune 500 Social Media Statistics
Infographic by- GO-Gulf.com Web DesignCompany

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