segunda-feira, 23 de abril de 2012

Líderes de Marketing nas empresas: Inovadores ou Seguidores?

O estudo "Today’s CMO: Innovating or following?", publicado em 2011, faz a gente pensar. A pesquisa foi uma preparação para o "Estudo Global com os CMOs", mas ele levanta uma questão aparentemente crucial para o que se espera de um líder de marketing em qualquer empresa: ser ou não ser inovador?

Ser inovador tem seu preço.
Inovar significa risco e ousadia, características inerentes ao perfil de qualquer ser humano e que numa empresa se soma à cultura corporativa. Numa análise inicial, espera-se que o líder de marketing e comunicação de uma organização seja ousado, pense adiante do tempo e que constantemente empurre a empresa para áreas que ela ainda está tateando.

O estudo agrupou os CMO's entrevistados em dois grupos. Um grupo chamado de inovadores (innovators) e um outro chamado de seguidores (adopters).

Um determinado número de CMOs afirmou que está respondendo rapidamente às oportunidades providas pela era digital que estamos vivendo, desenvolvendo novas formas de relacionamento com os clientes, novas formas de comunicação e transacionando com o mercado através de diferentes meios. Esses são os INOVADORES, os que criam, experimentam e estabelecem novas fronteiras na arte de fazer marketing e comunicação.

No entanto, apesar dos CMOs reconhecerem essa nova era do cliente fortalecido, mais poderoso e independente, a maioria deles não está equipado e preparado para responder efetivamente a tais oportunidades e expandir as atividades "pré-era digital" que ainda executam. Ou seja, vivem olhando o mercado e "correndo atrás do prejuízo". Reconheço que essa é uma forma dura de falar, mas esses são os SEGUIDORES.

Na vida real, todos nós que trabalhamos em marketing somos inovadores e seguidores ao mesmo tempo. As vezes buscamos ousar e fazer algo diferente, mas estamos sempre olhando o mercado, vendo os que os concorrentes fazem e aprendendo as tais melhores práticas. Uma vez escrevi um post dizendo que "entender e executar as melhores práticas é seguir o caminho da não inovação". Também afirmei que "olhar constantemente os concorrentes é tirar o foco do cliente". Apesar do tom exagerado dessas afirmações, acredito que essa é a melhor forma de você se tornar oficialmente um "SEGUIDOR".

O estudo é bom, é cheio de números e boas conclusões. Vale a pena para quem deseja conhecer mais os dilemas, as preocupações e os gaps da turma que trabalha em marketing e comunicação.

Texto publicado no blog da CRN

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terça-feira, 17 de abril de 2012

Podcast: Redes Sociais nas Empresas - Entrevista para CBN

Podcast: Redes Sociais nas Empresas - Entrevistas para CBN

Sábado, dia 6 de abril, eu fui entrevistado pela sempre excelente Tânia Morales no programa Blogueiros da CBN. Essa foi a segunda vez que a Tânia me entrevista no programa. O assunto não poderia ser diferente: redes sociais nas empresas.

Caso você me acompanhe aqui no blog e tenha interesse em ouvir a entrevista, aí vão os podcasts das duas entrevistas dadas para CBN. A primeira é a recente e a segunda foi em janeiro de 2011. Cada entrevista gira em torno de 15 minutos.







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domingo, 15 de abril de 2012

Nova Geração de Líderes

Artigo publicado no jornal Estado de São Paulo no dia 15/04/2012

A consolidação da liderança é uma das principais inquietações dos executivos das empresas atualmente. Isso não nos surpreende devido às mudanças profundas que estão ocorrendo na economia global, no surgimento de novas formas de fazer negócios, à pressão tremenda por resultados de curto prazo e a existência de um novo ambiente de trabalho, onde novas tecnologias e novas gerações de trabalhadores e consumidores formam o pano de fundo.

Os líderes empresariais têm encontrado mais dificuldades para envolver, motivar e engajar colaboradores, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil, onde o mercado de trabalho aquecido e o aumento dos salários torna a retenção de talentos um desafio ainda maior.

Um estudo recente conduzido com 1.500 CEOs de diversos países mostrou que, nos próximos cinco anos, a questão da liderança será uma prioridade organizacional para esses executivos. Os CEOs também afirmam que a formação da nova geração de líderes ainda é um ponto fraco que precisa ser desenvolvido nas corporações. E esta não é uma percepção isolada.

Em outra pesquisa, com 700 executivos de RH de todo o mundo, apenas 31% deles afirmaram que são eficazes para desenvolver futuros líderes. Como um alto executivo admitiu, “temos contratado e treinado pessoas para trabalhar em silos, precisamos identificar futuros líderes que possam operar em uma empresa globalmente integrada e treiná-los a pensar e trabalhar dessa forma”.

Diante desse cenário, o que as empresas podem fazer para desenvolver a próxima geração de líderes? Podemos começar olhando para além de nossas fronteiras corporativas. Talentos em ascensão podem surgir de qualquer lugar, por isso é importante identificar profissionais de destaque, independentemente de onde estiverem.

As empresas precisam criar programas que forneçam a seus líderes em ascensão novas experiências e certificar-se de que estejam sob a orientação de mentores que podem ajudá-los a ter visão ampla e global de seu negócio.

Uma abordagem interessante é formar equipes de diferentes partes da empresa que são desafiadas a resolver problemas que vão além das fronteiras da corporação, como avaliar novos mercados ou responder às mudanças no perfil dos consumidores.

Os empregadores podem, até mesmo, oferecer oportunidades de curto prazo para que seus líderes em formação trabalhem em novos mercados ou outros países, permitindo que vivenciem novas experiências sem o tempo e os custos associados a programas de expatriados. Os participantes podem trabalhar com governos, ONGs e empresas locais aplicando sua expertise para resolver problemas relativos à gestão.

Outro ponto importante é estimular a liderança para abordagens criativas. As organizações devem criar novas maneiras de persuadir e influenciar seus funcionários para que participem nas tomadas de decisões, utilizando como meio de comunicação as redes sociais e outros canais de comunicação inovadores. É preciso pensar fora da caixa: os novos líderes precisam obter insights e estabelecer relacionamentos com diferentes públicos, como clientes, fornecedores, acadêmicos e associações comerciais, indo além das fronteiras da corporação.

Não existe uma solução única para o desenvolvimento da liderança em uma organização, por isso é fundamental que a abordagem das empresas seja um reflexo de sua cultura organizacional, integrada àquela de seus clientes atuais e de seus parceiros em potencial.

Os executivos devem acompanhar o desenvolvimento de carreira e habilidades de sua força de trabalho. E devem, também, avaliar continuamente o progresso de seus colaboradores com perfil de liderança.

Garantir a criatividade, a flexibilidade e a velocidade de uma organização exige que os líderes de hoje resolvam velhos problemas, ao mesmo tempo em que precisam estar preparados para explorar novas possibilidades tanto no mercado, quanto dentro da própria organização.

Trabalhar pelo desenvolvimento dos líderes de amanhã é um desses desafios e representa um investimento que as empresas não podem deixar para depois.

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Estudante é expulso da escola por uso inadequado do Twitter

Um estudante dos USA foi expulso da escola por conta dos seus posts no Twitter. A expulsão de Austin Carroll ocorre na reta final de sua graduação. A escola não deu colher de chá, alegou que o estudante teve comportamento inadequado ao escrever palavrões no Twitter e tomou uma decisão radical.

O fato é que a discussão de políticas sobre o papel das escolas nas mídias sociais está ocorrendo forte nos USA, independentemente se os estudantes e professores postam conteúdo dentro ou fora da escola. Um projeto de lei no Estado de Indiana, exatamente a região do caso acima do estudante, permite as escolas suspender ou até expulsar estudantes por comportamento inadequado nas mídias sociais que possa causar interferência na função educacional e/ou nos objetivos da escola.

O fato é que essa não foi a primeira vez que o estudante de Indiana pisou na bola. Ele já havia sido advertido antes pelo mesmo comportamento. Portanto ele é recorrente no caso.

O interessante é ouvir os vários lados da história. A mãe do estudante disse que não aprova os tweets de seu filho, mas acha que a escola exagerou ao expulsá-lo. Em sua opinião, uma suspensão de alguns dias seria mais apropriado.

O estudante diz que escreveu os tweets fora da escola, num horário fora das aulas e em seu próprio computador. Também se mostra chateado alegando que a escola investigou sua vida particular. Por isso ele diz que não deveria ser punido. Ele concorda que os tweets foram inadequados, mas alega que estava apenas querendo ser engraçado. Para ele, nada disso deveria ser levado sério pois foi apenas uma brincadeira.

Deu para entender a complexidade do caso? Existe uma distância enorme entre a avaliação da escola, do estudante e da mãe. Para a escola o caso é grave, para a mãe é mais ou menos, e para o estudante foi só uma brincadeira sem importância. Ver o vídeo abaixo, com o estudante falando, somente confirma tal quadro.

Ler as matérias publicadas a respeito do caso mostra uma sociedade em profunda transformação. Outras situações complexas têm ocorrido e as matérias do Huffington Post e do Daily Mail ilustram muito bem esse cenário, além de dar detalhes do caso do estudante.

Imagine essa situação numa empresa. Todos os ingredientes casam muito bem num cenário de ambiente de trabalho: um funcionário, estando no expediente ou não, opinando sobre algo ocorrido na empresa dentro uma rede social pública. Eu já tenho contado alguns casos aqui no blog, mas estou convencido que vou ter muito mais casos para contar.

Veja o vídeo abaixo e conheça o estudante, a mãe e tudo mais.





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domingo, 1 de abril de 2012

Duas palestras sobre Redes Sociais que valem a pena

Sempre recebo pedidos a respeito de materiais educativos de redes sociais nas empresas, especialmente sobre casos reais e boas práticas implementadas.. No entanto, outras vezes me chegam perguntas sobre teoria das redes e estruturas sociais. São perguntas do tipo: como uma rede social se estrutura? Qual é a dinâmica? Como uma informação flui numa rede social?

Eu sei que existem bons materiais na web, mas de bate pronto eu sempre recomendo o excelente blog da Raquel Recuero. Não conhece? Então vai lá pois tem muita coisa legal para aprender. Para quem vive o dia a dia pragmático e imediatista das empresas, os estudos da Raquel Recuero nos alimentam de conceitos que muitas vezes sustentam coisas que temos dificuldade de entender e estruturar.

No blog dela tem um post simples, talvez meio esquecido pelo tempo, que recomenda duas boas palestras que valem a pena. Atenção: as duas palestras não focam redes sociais online, mas cobrem redes sociais em geral. Particularmente eu destaco a primeira, que é tão legal que eu resolvi publicar aqui no blog. Quero tê-la dentro do meu espaço.

A palestra é de 17 minutos, feita no TED por Nicholas Christakis (autor do livro Connected), a respeito de redes sociais e epidemias. O lance não é saber das epidemias, mas sim a estrutura de como uma epidemia evolui dentro de uma rede de relacionamentos, o que é muito interessante sob o ponto de vista da difusão de qualquer coisa dentro de uma rede social - pode ser uma informação, uma ideia ou qualquer outra coisa. É uma palestra introdutória muito fácil de entender, mesmo considerando o vídeo em inglês (tem legenda).

Fuçando na web, acabei chegando numa segunda palestra do TED do mesmo Nicholas Christakis. Tal qual a primeira, ele é brilhante na explanação. Muitos dos pontos apresentados podem ser trazidos para o mundo do trabalho.

É uma aula e tanto. Abre a cabeça mesmo. E "liga" as legendas, ajuda muito na compreensão.





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