terça-feira, 30 de dezembro de 2014

10 estatísticas sobre internet móvel no Brasil


O jornal Valor, no dia 26/12/14, publicou uma matéria muito boa chamada "Em casa, brasileiro pesquisa Mobile Report, elaborada pela Nielsen e Ibope, e pela pesquisa F/Radar, da F/Nasca e Datafolha. Fui atrás das pesquisas e achei mais dados legais, que compartilho abaixo. Use, abuse e se surpreenda :)
acessa a internet pelo celular".  Ela está repleta de dados e informações interessantes, oriundas da

Cerca de 37% da população do Brasil têm smartphones. Em números absolutos, são 51,4 milhões de pessoas;

A maioria dos usuários prefere conteúdo gratuito e costuma usar 10 aplicativos diariamente;

As redes sociais são acessadas por 81% dos usuários de smartphones. Na pesquisa do ano passado este índice era de 77%;

Entre as redes sociais, o Whatsapp teve o crescimento mais vigoroso. Ele está presente 70% dos smartphones. No ano passado este índice era de 40%;

Entre os games, Candy Crush lidera com 18% do total;

Em média, cada usuário tem 17 aplicativos instalados em seu smartphone, mas usa menos de 10;

Dos entrevistados para pesquisa, 39% dos usuários disseram que usam até 5 aplicativos por dia, e 44% usam de 6 a 10 aplicativos diariamente;

Mais da metade dos usuários está em busca de aplicativos gratuitos e cerca de 65% dos aparelhos têm programas de música;

O preço considerado adequado para uma mensalidade de serviços de áudio por assinatura é de R$ 5 mensais. Pessoas com mais de 35 anos aceitam pagar mais;

O smartphone é o meio preferido para navegar, superando tablets e notebooks. É usado principalmente para pesquisa de preços, troca de mensagens instantâneas e publicação de fotos;

Cerca de 28% dos internautas costumam opinar online sobre produtos comprados.


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sábado, 27 de dezembro de 2014

Com a chegada do verão, Rio volta a discutir uso de bermuda no trabalho

No dia 21 de dezembro de 2014, exatamente a data que marcou o início do Verão 2014, o Rio de Janeiro registrou a temperatura de 40 graus, com sensação térmica de 55 graus. Como dizem os cariocas, o maçarico estava ligado no máximo. Por coincidência ou não, a discussão sobre o uso de bermuda no trabalho voltou com toda força na cidade.

No ano passado, a discussão do uso da bermuda ocupou matérias nos jornais da cidade. Eu escrevi um longa reflexão sobre o tema em um post chamado "Agora vai! Empresas liberam o uso de bermuda no trabalho". Convido você a ler este post porque acho que o conteúdo está bem legal.

Dias atrás o jornal O Globo publicou matéria chamada "No Rio 40 graus, a deselegância do paletó suado". O bom da matéria é uma lista de fatos que mostram a intensidade da importância do assunto. Juntando tais fatos a alguns outros, dá uma lista de contradições:

1- O TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio) tornou opcional o uso do paletó e gravata por juízes, advogados e servidores até 20/março/2015. Mas nas audiências o traje completo ainda é exigido.

2- A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) aprovou uma lei que autoriza os bermudões (na altura do joelho) para os servidores estaduais que trabalham ao ar livre e também para os trabalhadores de serviços concessionários.

3- O prefeito do Rio vai publicar decreto liberando o uso de bermudas por parte do funcionalismo municipal e motoristas e cobradores.

4- No Rio senegalês, apenas 30% da frota de ônibus tem ar refrigerado.

5- O Jardim Botânico do Rio e o Zoológico do Rio proíbem a circulação de pessoas sem camisa... mesmo considerando que ambos são parques ao ar livre.

6- O Serpro foi o 1o. órgão federal a liberar o uso de bermuda no trabalho.

7- A página do movimento "Bermuda Sim" tem quase 19 mil curtidas. Este é um movimento nacional pelo uso de bermuda no trabalho.

Enfim, temos uma mudança em curso. Novidades devem surgir durante esse verão.


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domingo, 21 de dezembro de 2014

Apple Watch: fracasso ou sucesso?


O cara escreve um post bem completo, com um ponto de vista e análise super equilibrada, bem fundamentada e com fatos. O ponto dele é claro: o watch da Apple será um fracasso!

Ele começa o post dizendo que pela primeira vez, em mais de dez anos, a Apple vai cometer um erro. Segundo ele, o Apple Watch tem erros de design, de ecossistema e de modelo de negócio. Ele afirma que a Apple não analisou corretamente o comportamento das pessoas.

Tudo que ele falou é lógico, racional e faz sentido. Ele quase ironiza as previsões de vendas feitas por analistas reconhecidos de mercado de que serão vendidas dezenas de milhões de unidades de Apple Watch. Ele avalia que o dispositivo pretende fazer muitas coisas que nós não precisamos, afirma que ele está inchado de recursos, tenta abocanhar tudo, é grande em tamanho e feio. Afirma de forma contundente que a Apple, pela primeira vez, exagerou no design, Por fim, a Apple deveria ter criado um dispositivo que realmente oferecesse algo novo e não o que está sendo anunciado, que é uma sobreposição de funções já oferecidas por equipamentos já existentes no mercado, inclusive da própria Apple.

Lembro quando a Apple lançou o IPod. Ninguém entendeu muito bem. O iPod era algo que reinventava algo já oferecido por equipamentos de outras empresas. É o iPhone? Lembro de colegas ridicularizando o iPhone dizendo: "como pode um telefone com um botão apenas?" E o iPad? Na época, eu vi dezenas de matérias onde analistas se mostravam decepcionados com o iPad, alguns mais sarcásticos diziam que o iPad nada mais era do que um iPhone gigante.

Enfim, respeito o que esse colega escreveu no post, eu juro que entendi tudo, mas nós não estamos no campo da racionalidade. Ele fala que a Apple não estudou bem o comportamento dos usuários, mas esse não é o ponto. A Apple não segue o comportamento, ela cria novos hábitos, necessidades e conveniências. Esse é o campo da Apple. Ela sai do campo racional e vai o campo emocional.

No final do post, desdizendo o próprio título do post "Why the Apple Watch will fail", ele segura a onda e diz que não tem tanta certeza a respeito do fracasso do novo lançamento da Apple. Ele fez bem. A verdade é que ninguém está seguro em avaliar a reação do mercado em relação à novidade da Apple.

Enfim, desculpe Sr. Tom, se vou desapontá-lo, mas eu quero um Apple Watch. Tô na fila :)





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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

10 características essenciais para um líder


Há 15 anos eu tive uma reunião com Sérgio Averbach, atualmente CEO da Korn Ferry para América do Sul. Naquela época ele era um dos diretores da Egon Zehnder e certamente nem se lembra de mim. Eu fiquei impressionado com aquela reunião, ele estava me conhecendo e me avaliando para uma possível posição em uma grande empresa. Sem dúvida foi a experiência mais significativa que eu tive com um headhunter. Averbach me deu conselhos valiosos, parecia que me conhecia há anos, ele foi preciso no feedback e saí com recomendações valiosas que aplico até hoje. Infelizmente eu perdi o contato com ele e segui a minha vida, mas o momento e os ensinamentos ficaram comigo.

Meses atrás, eu li uma matéria chamada "Atitudes que colocam em risco o futuro profissional" onde Averbach foi entrevistado. Foi muito bom revê-lo, mesmo que pelo jornal. O tema da matéria foram os estudos da Korn Ferry Internacional que mostram as competências cruciais para um executivo de alta performance e as características que podem impedi-lo de progredir na carreira.

Segundo a Korn Ferry, os 10 pecados capitais, que podem minar a carreira são:

1- "Supergerenciar" ou "microgerenciar"
2- Viver na defensiva
3- Depender de apenas uma habilidade
4- Não ser estratégico
5- Deficiência em competências chave
6- Errar na escolha da equipe
7- Falta de compostura
8- Não desenvolver o espírito de equipe
9- Ambição exagerada
10- Insensibilidade aos outros

É interessante ver esta lista. Ela me convida a olhar minha carreira pelo retrovisor. Já trabalhei em várias empresas diferentes, com perfis e culturas variadas, em bons e maus momentos de resultados, algumas sendo adquiridas, outras comprando empresas e afirmo seguramente que não existe receita de bolo. Já trabalhei com executivos de todos os tipos, alguns brilhantes. Toda essa diversidade me permite ter um ponto de vista sobre o tema.

Pode ser importante que o executivo se utilize de um dos pecados citados pela Korn Ferry para buscar determinado resultado. Em uma empresa em crise, o "microgerenciamento" pode ser uma necessidade. Numa startup, uma ambição exagerada pode ser o sonho quase impossível que empurra o time. Gerar uma competição interna no time pode ser necessário no caso de uma equipe acomodada e passiva. Enfim, cada caso é um caso, mas concordo que um executivo que busque resultados de longo prazo não pode trabalhar o tempo todo na modalidade de "micromanagement".

Tenho quase 25 anos de experiência como gerente, este tempo me deu clareza do papel que busco como gestor. O meu estilo e minhas crenças seguem a fórmula abaixo. Confesso que algumas delas eu aprendi naquela conversa com Averbach.

1. Construa um forte espírito de equipe. O sucesso e o fracasso são de todos. Compartilhe o sucesso.

2. Trabalhe sempre com pessoas melhores que você. Elas vão puxá-lo para outro nível.

3.  Monte uma equipe diversa, com pessoas que pensam diferente de você. Isto vai desafiá-lo a pensar diferente.

4.  Dê liberdade para a equipe trabalhar e criar. Delegue. Solte as pessoas. Aceite o erro e o fracasso.

5. Desenvolva pessoas. Deixe as pessoas crescerem.

6. Saiba lidar com o stress. Seja educado. Trate as pessoas como gosta de ser tratado. Mantenha sempre a compostura e a calma, mesmo no olho do furacão.

7.  Crie um ambiente transparente e honesto. Aceite críticas. Permita um relacionamento sadio, onde as pessoas dão "bom dia" de verdade.

8. Saiba ouvir. Compartilhe decisões. Dedique muito tempo para ouvir as pessoas

9.  Reconheça. Elogie. Sorria. Mostre gratidão

10. Seja justo. Trabalhe com merecimento. Não passe a mão na cabeça de quem não merece

Resumindo, o segredo do sucesso de qualquer gestor começa pelo time que ele monta, pela sua capacidade de trabalhar com o grupo e desenvolvê-lo. Não cultue excessivamente o sucesso individual, faça isso de vez em quando, mas no dia a dia pratique o mantra de que "o sucesso é sempre de todos". Na sociedade ultra conectada, colaborativa e social em que vivemos, o segredo do sucesso pode estar mais na sua capacidade em lidar com as pessoas do que em você mesmo.



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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

5 filmes da história publicitária da IBM

Dias atrás, em um encontro, eu tive que rememorar um pouco da publicidade da IBM ao longo do tempo. Foi muito legal exercitar a memória e rever o que a IBM fez em comunicação nas últimas décadas, até porque permite entender as razões da IBM ser uma das marcas mais valiosas do mundo.

Ainda persiste o desafio de aproximar a marca IBM das pequenas e médias empresas. Por ser uma empresa muito grande, global e de soluções de todos os tipos, muitas vezes as pequenas empresas não enxergam a IBM como um parceiro preferencial em tecnologia e soluções de negócios. Essa é uma prioridade para a comunicação da IBM, ou seja, se aproximar das empresas de todos os portes e também de novos públicos, já que hoje em dia todos são consumidores de soluções e serviços de tecnologia para resolver seus problemas, fazer as coisas de forma diferente e trazer bem estar para a
sociedade. Por isso, na minha opinião, um anúncio da IBM na década de 50 é o anúncio mais emblemático da história da IBM. Ele diz assim: "IBM means service. For every business, large or small, there is a International Business Machines product ou service to help meet the needs of business administration". Numa tradução livre para o português: "IBM significa Serviço. Para cada empresa, seja grande ou pequena, existe um produto ou serviço da IBM que vai atender as necessidades de seu negócio". O anúncio é da década de 50, mas ainda somos uma empresa de serviços dedicada a solucionar problemas e encontrar formas de nossos clientes trabalharem melhor e de forma diferente. Surpreendentemente, o anúncio continua mais atual do que nunca. :)

Ao rememorar a publicidade da IBM, me foi perguntado quais foram os filmes publicitários que mais gostei. Eu não lembro de todos os filmes, longe disso, mas lembro de alguns impactantes que compartilho abaixo. Os 3 primeiros são da campanha "Soluções para um mundo pequeno", de 1995. Em seguida vem 2 anúncios da campanha "e-business" que teve início em 1997 e se estendeu aos anos seguintes. São momentos marcantes da história publicitária da IBM.

Soluções para um mundo pequeno



 

e-business


 


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domingo, 14 de dezembro de 2014

Brasil e México impõe restrições à propaganda de bebidas alcoólicas e alimentos para crianças

Uma polêmica estampou as páginas dos jornais na semana passada. Trata-se da decisão do Tribunal Regional Federal da 4a. região (TRF-4), em Porto Alegre, que estabeleceu restrições às propagandas de bebidas com grau alcóolico igual ou superior a 0,5o GL, o que inclui cervejas e vinhos. Entre as várias regras impostas pela determinação do TRF-4 está o veto aos anúncios de cervejas antes das 21hs e após as 6hs, no rádio e na TV, bem como a associação dessas bebidas a esportes e outros temas. Esta não é a primeira vez que se tenta controlar a propaganda sob alegação de proteção à saúde da sociedade ou argumentação parecida, o que incomoda no caso citado é a entrada da justiça numa área que já é autorregulamentada pelo Conar - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.

Não vou entrar no mérito se as propagandas de bebidas alcóolicas deveriam ou não ser veiculadas livremente em termos de horário e mensagem, porém, se existe esta preocupação, então que isso seja levado aos órgãos competentes, que ocorram os debates e que os órgãos de direito anunciem sua decisão. Ter a justiça entrando da forma como foi anunciada me parece uma espécie de censura. Esta é uma discussão polêmica e existem fortes argumentos para o lado daqueles que acusam que a propaganda de cervejas não evidencia os males do consumo exagerado de bebidas. Já ouvi vários amigos citando que as restrições existentes à propaganda de tabaco é um bom exemplo de iniciativa que ajuda a evitar comportamentos que prejudicam a saúde da população em geral.

Cabe lembrar que no dia Mundial do Tabaco deste ano, dia 31 de maio de 2014, o Ministério da Saúde anunciou novas regras de combate ao fumo que incluíram o fim da propaganda de cigarros, a extinção dos fumódromos em ambientes coletivos e a ampliação de mensagens de alerta nos maços de cigarro vendidos no Brasil. De acordo com as novas regras, qualquer propaganda de cigarro está proibida, inclusive displays estão proibidos. A única forma de exibição dos maços deverá ser em locais de venda, mas ainda assim com 20% do espaço ocupado por mensagem de alerta. A partir de agora, 100% da face de trás da embalagem e uma das faces laterais terão que ter imagem e mensagem sobre os problemas relacionados ao fumo. A partir de janeiro de 2016, na parte frontal da embalagem, 30% do espaço será destinado a mensagens de alerta. Atualmente, este tipo de mensagem só é estampada na face de trás dos maços de cigarro. Em resumo, o cerco à propaganda do tabaco é cada vez mais severo.

O controle e o surgimento de novas regras aplicadas à propaganda não acontecem só aqui no Brasil. Isso acontece em todo mundo. Em julho deste ano, o México anunciou a restrição de propaganda de alimentos para crianças na televisão e no cinema. Com 1/3 das crianças mexicanas acima do peso, e com a população lutando contra uma alta taxa de diabetes tipo 2, o governo aprovou impostos especiais para bebidas açucaradas e lanches altamente calóricos. Estas e outras ações fazem parte da estratégia do país para combater os crescentes problemas de saúde registrados com o aumento da obesidade entre os mexicanos. Os novos limites são bem rigorosos. Empresas fabricantes e vendedoras de chocolate, doces, chips e refrigerantes não podem mais promover seus produtos na TV durante a tarde e nos fins de semana em programas cuja maioria dos telespectadores seja menor de 12 anos, ou antes de filmes infantis nos cinemas. A partir de janeiro de 2015, cereais açucarados, iogurtes, biscoitos e bolos também serão proibidos. Segundo matéria publicada no Wall Street Journal, o México é o maior país consumidor per capta do mundo de produtos da Coca-Cola Co., o terceiro maior mercado por receita da fabricante de bebidas e lanches PepsiCo Inc., atrás apenas dos EUA e da Rússia, e o sexto maior mercado em vendas da Nestlé SA . Também é um dos dez maiores mercados da Kellogg Co., e o sétimo em vendas da Danone SA .  Será que este é mesmo o melhor caminho para gerar uma maior atenção e melhor comportamento das crianças em relação ao consumo mais consciente de alimentos?

Eu não tenho uma opinião clara sobre tudo isso, mas entendo a preocupação que o poder da propaganda provoca na sociedade, em nossas decisões e em nosso comportamento. Também entendo que as crianças formam o elo mais frágil da cadeia, por isso é importante estudarmos e avaliarmos com mais prudência os impactos que a propaganda gera em nossas crianças, desde os primeiros anos de consciência. Por isso compartilho brilhantes filmes que amigos no facebook me indicaram recentemente.Sente numa poltrona confortável, ligue o som para ouvir com clareza, e curta dois excelentes filmes que trazem reflexões importantes.

O primeiro chama-se "Criança, A alma do negócio". É uma profunda análise do impacto da publicidade e propaganda no público infantil. O segundo, chamado "Muito além do peso", é um tapa na cara. Hoje em dia, 1/3 das crianças brasileiras está acima do peso. O filme avalia o impacto da publicidade dos alimentos nessa realidade.

 
Criança, A alma do negócio

 

Muito além do peso



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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

IBM Verse vai mudar para sempre a forma de trabalhar com a nossa caixa de emails

O último artigo da sempre excelente Chieko Aoki no Meio&Mensagem traduz o que sempre pensei a respeito da overdose de informação que vivemos hoje. Adorei a frase "no ambiente de trabalho ou na vida pessoal, as mensagens instantâneas, redes sociais e emails podem ser um grande buraco negro, que drena seu tempo e sua mente". É isso mesmo. Parece que tudo joga contra na hora que você tem que se concentrar em algo. O problema é "como" resolver isso. No mesmo artigo ela fala em "administrar as informações e redefinir os parâmetros de seleção do que você vai priorizar". Conceitualmente a gente entende, mas é difícil pra caramba, especialmente num mundo móvel em que o celular nas suas mãos te chama o tempo todo... de todas as formas.

Não vamos nos iludir, em uma boa parte das vezes não é o smartphone que nos chama, somos nós que vamos até ele. Uma pesquisa da operadora norte-americana T-Mobile afirma que usuários de smartphones acessam seus aparelhos 150 vezes por dia, em média, e não é só para ver emails não. Experimente sair de casa sem o seu smartphone para ver o que acontece com sua mente.

No mundo corporativo, os emails e as mensagens instantâneas são os vilões. As redes sociais já começam a incomodar também. Ao escrever esse post, eu fui dar uma olhadinha na caixa de entrada de uma colega que rotineiramente tem muita dificuldade de domar a sua caixa de entrada. Ela tinha 24.298 emails não lidos. Uma caixa de entrada lotada de emails não lidos gera ansiedade, insatisfação, perda de produtividade, sensação de incompetência e muitas outras coisas.

Estudos mostram que deixar para tratar os emails profissionais fora do horário normal de trabalho pode prejudicar a saúde, portanto não é uma boa alternativa acumular emails para ver em casa, em seu suposto momento de descanso. Isso pode ser feito, mas não de forma rotineira. Conheço cada vez mais pessoas que já consideram ver emails de trabalho como algo incorporado a sua rotina (eu sou um deles!).

O excepcional blog Viver de Blog enumera os cinco maiores vilões da produtividade e dá boas dicas em como vencê-los. Os vilões são os seguintes, em ordem de capacidade destrutiva:
1- Redes sociais
2- Emails
3- Notificações, mensagens e celulares
4- Falsa sensação de que você é totalmente livre trabalhando pela internet
5- A falta de ferramentas produtivas para organizar suas ideias e conhecimento

Há tempos atrás eu escrevi um post divertido chamado "Personal Email Killer" onde eu estava a procura de um Matador de Emails para me ajudar. Nunca ninguém se habilitou. Eu tenho algumas ideias radicais para tentar colocar ordem na incontrolável caixa de emails, que já ajudariam bastante a nossa vida profissional. Publiquei algumas delas no post "Ideias radicais para sobreviver à enxurrada diária de emails nas empresas", mas recebi alguns feedbacks dizendo que eu sou um sonhador.

A verdade absoluta é que da mesma forma que a tecnologia é hoje a maior responsável pela enxurrada de informações que sufoca você, será a própria tecnologia que será a sua principal amiga na priorização e na ordenação de toda essa zona de conteúdo, de todas as formas e mensagens, que você tem que lidar todos os dias. Creia em mim, é impossível que isso seja resolvido sem o uso da tecnologia. Mas tem boas notícias chegando por aí.

No final de outubro, o Google anunciou um novo aplicativo de emails chamado "Inbox", que reorganiza os emails com lembretes, cria grupos de mensagens similares, dá alertas para conteúdos mais importantes, etc. Enfim, ele é um organizador de emails, classifica melhor cada mensagem evitando que você precise entrar em todas. Ajuda, melhora um pouco a nossa vida, mas ainda não resolve.

A melhor novidade é o IBM Verse, anunciado em novembro. A plataforma vai muito além de organizar os emails. Ela vai integrar emails, reuniões, calendários, arquivos compartilhados, mensagens instantâneas, vídeo chats, etc, tudo dentro de um ambiente unificado de colaboração. Ou seja, ele não é um reorganizador de emails. Ele se propõe a oferecer uma forma diferente de trabalhar e de se relacionar com as pessoas.


O IBM Verse foi construído pensando no usuário como ponto central, e não nos emails. O foco é a experiência do usuário. É quase dizer que não é o usuário que vai atrás da informação certa, é a informação certa que chega ao usuário. Isso só é possível porque a solução incorpora tecnologia avançada de análise de dados, que identifica padrões e perfis conforme a utilização de cada usuário. Isso permite que o usuário encontre as pessoas certas, receba as informações mais importantes com prioridade, tendo ganhos de produtividade. Além disso, foi feito um investimento enorme no design, começando o projeto do zero, ou seja, a cara da solução não se parece em nada com a velha cara da tradicional caixa de emails.

Enfim, estamos diante de uma nova forma de trabalhar, que parece mais divertida e produtiva. Segundo o anúncio, o IBM Verse já está disponível para o mercado corporativo. A versão freemium da plataforma poderá ser testada a partir do primeiro semestre de 2015. Gostou? Quer participar do programa? Clique AQUI e inscreva-se!



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domingo, 30 de novembro de 2014

As quatro redes sociais que mais cresceram em 2014


O jornal O Globo, de 30/11/2014,  publicou a lista das 4 redes sociais que mais cresceram no mundo em 2014. Para quem só pensa em facebook, twitter e linkedin, a lista mostra que existem outras redes em ascensão muito mais vigorosa. Eis a transcrição do texto.


Tumblr: 120% em seis meses
Superando o poderoso Facebook, que sofre uma fuga de jovens, o misto de blog e rede social Tumblr apresentou aumento de 120% no número de usuários ativos nos últimos seis meses, de acordo com o relatório GWI Social Summary. O rede de Mark Zuckerberg cresceu só 2% no período.



Pinterest: favorito entre as mulheres
De acordo com o GWI Social Summary, a rede Pinterest cresceu 111% nos últimos dois trimestres, ficando atrás apenas do Tumblr na expansão. O site faz bastante sucesso entre as mulheres, que representam mais de 70% da sua audiência



Instagram: melhor que o dono
Comprada pelo Facebook em 2012, a rede social de fotos Instagram superou o seu dono no ritmo de crescimento de usuários ativos este ano, com um aumento de 64%. Tal ritmo lhe garantiu a terceira posição entre as que mais cresceram em 2014, atrás do Tumblr e do Pinterest.



Snapchat: ‘app’ que mais cresceu
Sucesso absoluto entre adolescentes, o aplicativo de troca de mensagens e imagens que se apagam automaticamente Snapchat creceu 56% nos últimos seis meses, deixando para trás o rival Facebook Messenger, que registrou um aumento de usuários de 50%.



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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os melhores horários para postar nas redes sociais

Sempre me perguntam qual é o melhor horário para postar no facebook, linkedin, twitter, instagram e outras mídias sociais. A minha resposta é sempre de forma intuitiva, com base na minha experiência pessoal, apesar de existirem diversos analistas e estudiosos que compartilham seus estudos e experiências a respeito dos melhores horários de postagem.

O sempre excelente blog www.viverdeblog.com  publicou um infográfico bem legal sobre horários de postagens. Aliás, vale muuuuito a pena visitar esse blog e assinar. Ele tem informações sempre úteis, em formato divertido e não enrola, vai direto ao ponto. 

Acesse o infográfico AQUI, inclusive numa versão em alta resolução, mas já reproduzo ele abaixo.


Melhores Horários para Postar nas Redes Sociais
» Clique Aqui para baixar uma versão em Alta Resolução desse infográfico «

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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BrandShare 2014: Fala que eu não te escuto


Saiu o estudo global Brandshare 2014 da Edelman.
A mensagem é clara: os consumidores não estão satisfeitos com as relações que têm com as marcas. O estudo indica que 67% dos consumidores avaliam que os relacionamentos com as marcas são unilaterais e de valor questionável. Segundo a maioria dos consumidores, a única razão pela qual que as marcas se relacionam com eles é a busca do lucro. O cenário no Brasil é o mesmo que ocorre no mundo.

O estudo Brandshare tem foco em marketing. A pesquisa contemplou 15 mil pessoas de 12 países, incluindo o Brasil. Foram analisadas 199 marcas, sendo 48 globais e 15 locais de cada país. No Brasil, mais de mil pessoas participaram da pesquisa. Foram analisados 14 comportamentos das marcas e as necessidades dos consumidores.

O estudo é muito rico pois dá números e tangibiliza muito do que nós sentimos como consumidores. Eu, como gestor de marketing e participante de fóruns e rodadas de debate na área de marketing, recebi a pesquisa como um aviso que ainda temos muito a fazer na área de marketing e comunicação para nossos clientes, independentemente do setor que as empresas atuam, incluindo organizações B2C e B2B, de diferentes portes e maturidade do negócio. A mensagem que bateu na minha cabeça foi: o marketing das empresas, em geral, ainda está devendo para estabelecer uma relação mutualmente benéfica, que seja reconhecida e valorizada pelos nossos clientes, consumidores e admiradores da marca. Este é um processo em construção e o estudo Brandshare dá algumas pistas de áreas de foco.

O estudo indica que 87% das pessoas buscam interações significativas com as marcas, mas apenas 17% acreditam que fazem isso corretamente. No intuito de buscar uma melhor relação, os consumidores dizem que estão compartilhando conteúdos das marcas e suas informações pessoais, comprando produtos e defendendo as marcas, mas sentem que recebem pouco em troca. Avaliam que esse relacionamento é desequilibrado.

Os consumidores querem mais rapidez das marcas para resposta às suas preocupações e reclamações. Na era da mobilidade e do tempo real, essa expectativa é mais do que esperada. Cerca de 84% dos entrevistados brasileiros querem que as marcas se comuniquem de maneira transparente sobre as suas cadeias de produção, enquanto 67% querem participar dos seus processos de desenvolvimento e aprimoramento de seus produtos e serviços.

O estudo analisou as necessidades dos consumidores sob três aspectos: racional, emocional e social. Quanto mais essas necessidades forem atendidas, mais conectado e atuante será o consumidor com a marca: comprando, recomendando e defendendo uma marca. As necessidades sociais vão muito além da tradicional responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, existe uma expectativa de que as marcas compartilhem mais e melhor as suas convicções, valores e propósito. Existe uma clara cobrança de que as marcas genuinamente ajudem para uma sociedade melhor e o progresso do mundo.

De maneira geral, os números do Brasil são um pouco superiores às médias globais, comprovando que os brasileiros têm tradicionalmente um nível alto de expectativa em relação às marcas.

Vale muito conhecer o estudo e aprender com ele. O Brandshare 2014 aponta para onde ir, mas o problema para as organizações é como chegar lá. Como desenvolver diálogos, em tempo real, de forma individualizada, quando a empresa se relaciona com milhares ou até milhões de consumidores? Quais são as barreiras? Isso é papo para outro post.

Acesse AQUI o estudo.


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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ao assumir que é gay, Tim Cook foi muito macho


No início de 2014, eu li, estarrecido, o estudo "Uncovering Talent. A new model of inclusion", da Deloitte University. Fruto de entrevistas com mais de três mil pessoas nos Estados Unidos, a pesquisa apresentou alguns resultados que me incomodaram.

Publicado em dezembro de 2013, o estudo apresentou números que mostram o Everest que a sociedade ainda tem que escalar.

Um dos números que carimbou minha memória é que 83% dos indivíduos LGB (Lésbicas, Gays e Bissexuais) não evidenciam sua orientação sexual no ambiente de trabalho - ou seja, não falam sobre isso com seus colegas, não têm fotos de seus parceiros/parceiras na mesa de trabalho e muito menos levam seus companheiros ou companheiras nas festas ou outros encontros no ambiente profissional.

Dentro da famosa lista da Fortune 500, apenas um pouco mais de 1% das empresas têm CEOs negros, somente 21 CEOs são mulheres, e não há um único CEO declarado abertamente gay. Bem, isso até outubro, mês passado, quando Tim Cook, CEO da Apple, publicou um artigo no site da revista Bloomberg Businessweek dizendo ser gay.

Cook é o primeiro e o único CEO declarado abertamente gay dentro da Fortune 500. A minha primeira reação foi não entender muito bem o disse-me-disse na imprensa sobre o artigo de Cook, afinal todo mundo já sabia que ele era gay. Ele mesmo diz no artigo que nunca escondeu isso: "Por anos, eu tenho sido aberto com muitas pessoas sobre minha orientação sexual. Muitos colegas na Apple sabem que eu sou gay, e isso não parece fazer diferença no modo como eles me tratam".

Apesar de Tim Cook dizer que isto não faz diferença, creio que ele está minimizando algo muito mais profundo. O estudo da Deloitte University é a evidência de que o ambiente do trabalho ainda é perverso com as nossas individualidades e opções. Muitas mulheres não falam no trabalho sobre suas atividades de mãe pois isso mostraria fragilidade e poderia atrapalhar suas carreiras. Pessoas mais velhas omitem ao máximo sua idade para não prejudicar uma promoção ou oportunidade. Cadeirantes chegam mais cedo nas reuniões para ocupar lugar e não incomodar os outros – evitando, assim, gerar atenção negativa sobre eles. A discriminação e preconceito existem por todos os lados, mesmo nas empresas ícones que pregam a diversidade e a igualdade em termos de raça, cor, sexo, gênero, idade, credo religioso, procedência, convicção política e tudo que você puder imaginar. A maior barreira somos nós mesmos, seres humanos, que carregamos paradigmas e preconceitos em nosso DNA.

Na tentativa de criar um ambiente mais justo e inclusivo, 91% das empresas da Fortune 500 proíbem discriminação em relação a orientação sexual. Mas, como já citado acima, a vida real não é aquela escrita no papel e pendurada nas paredes das empresas. Tim Cook sabe disso. Ele sabe dessa realidade nua e crua, mas não se considera um ativista. Por isso ele diz em seu artigo que, por ser CEO da Apple, uma das empresas mais admiradas e vigiadas do planeta, a sua declaração sobre ser gay vai jogar holofotes na discussão e ajudar para que a sociedade, de alguma forma, evolua em lidar com a diversidade. Ele sabe o peso que carrega nos ombros.

Tim Cook afirma que tem orgulho de ser gay e que considera ser gay um dos maiores dons que Deus lhe deu. Não entenda errado. Quando ele diz isso, ele não está celebrando a sua orientação sexual, mas sim elevando as lutas associadas a essa orientação que fizeram dele uma pessoa melhor. O CEO da Apple parece estar dizendo que as adversidades que os homossexuais enfrentam os fazem pessoas melhores: mais tolerantes, com mais compaixão, com mais capacidade de adaptação e perseverança. Ao assumir isso, Cook demonstra humildade e resignação.

Infelizmente, também existem histórias que mostram o lado vazio do copo. Um dos exemplos mais evidentes do mundo controverso em que vivemos foi o caso do CEO do Mozilla, Brendan Eich, que pediu demissão em 3 de abril, duas semanas depois de ter sido nomeado para o cargo de CEO. Sua posição contra a união gay foi o motivo principal do enorme movimento ocorrido nas redes sociais contra o seu nome para o cargo, gerando desgaste na imagem da empresa, insatisfação dos colegas de trabalho e conflito com as crenças e valores praticados pelo Mozilla. A reação dos funcionários foi emblemática. Cabe esclarecer que Mozilla é a empresa dona do navegador Firefox. Veja a história completa no meu post "Redes Sociais não perdoam: CEO do Mozilla pede demissão depois da polêmica sobre casamento gay".

Sonhamos com um mundo mais justo, onde cada um de nós, algum dia, poderá viver na plenitude, sem preconceitos e discriminação. Se você acha isso um sonho impossível, cabe lembrar que no século passado ainda vivíamos na sombra da escravidão, que negros e brancos não se misturavam e que as mulheres não votavam e não tinham direito ao trabalho. Parece distante? Nem tanto. Acabamos de comemorar 25 anos da queda do Muro de Berlim, quando a idiotice humana foi capaz de construir um muro de mais de 150 quilômetros de extensão separando famílias, amigos e sonhos. Mas os mesmos seres humanos também foram capazes de derrubar o muro quase que por acaso, numa euforia popular ocorrida numa noite em novembro de 89, sem derramar uma gota de sangue e em total clima de celebração e paz.

Estamos evoluindo, talvez não na velocidade que gostaríamos, mas estamos indo para frente. Um dia a sociedade vai olhar para trás e vai se surpreender ao ver que a declaração de uma pessoa dizendo ser gay ocupou as manchetes dos jornais em 2014.



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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Projeto do BB Mapfre é uma revolução no mercado de seguros




Eu sempre acreditei que o potencial de negócios no ramo de seguros é imenso pois existe uma massa enorme de pessoas que não contratam seguros – ou porque não entendem ou porque sentem medo de entrar em algo que não conhecem. Não entendo muito bem esse mercado, mas, na minha opinião, o ramo de seguros tem um problema de canal de distribuição, complexidade do produto e da evidência de valor pelo potencial comprador. Ou seja, seguro é sinônimo de complexidade e dificuldade de acesso.  


Fiquei encantado ao saber o que o BB Mapfre (Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre)  está lançando no mercado. Incrível, mesmo. Ousado e
inovador. Fico imaginando as barreiras e o número de reuniões para quebrar um modelo que já está para lá de estabelecido. Mas a ousadia do BB Mapfre tem um motivo: o enorme potencial de um mercado praticamente intocável. É surpreendente constatar que 96% de casas próprias não têm seguro. São mais de 44 milhões de residências. Cerca de 61% dos carros circulando no país não têm seguro. Estamos falando de 27 milhões de automóveis. E 90% das pessoas não estão seguradas, um incrível número de 135 milhões de brasileiros. Mas também podemos falar de coisas de menor valor, como celulares, cujo índice de roubos por ano no país é da ordem de milhões de unidades. São números enormes e mostram que qualquer percentual de ganho em share de mercado é significativo. Quem conseguir criar algo diferente e disruptivo terá grande chance de abocanhar parte deste mercado inexplorado.

O projeto do BB Mapfre chama-se "Família Sempre Protegida" e ataca diretamente as principais barreiras. Em vez de um canal elitizado de vendas, o BB Mapfre vai ofertar o seguro diretamente onde o povo está, ou seja, no varejo: nos supermercados, nas bancas de jornais, nos pet shops, etc. Em vez da venda consultiva e complicada, o seguro será uma oferta simplificada e numa embalagem para consumo, como um produto numa prateleira de supermercado. O projeto também prevê uma mudança na linguagem, abolindo os termos complicados e estabelecendo uma abordagem de fácil entendimento por qualquer consumidor.

Traduzindo isso para as ações, o BB Mapfre vai vender os seguros através de gift cards nos pontos de varejo, nas prateleiras de lojas e em vending machines, como um bem de consumo que você compra e coloca no carrinho de supermercado. As vending machines serão colocadas em estações de metrô, aeroportos e grandes pontos de circulação de pessoas. Existirão gift cards com ofertas pré-definidas variadas, com coberturas e prêmios diversos. Estamos falando de seguro residencial, seguro de vida, seguro para automóvel, seguro para celular, seguro para animais de estimação, enfim, o potencial é enorme. Qualquer um poderá comprar um gift card e dar de presente também, o que acho maravilhoso. As palavras por trás do projeto são: conveniência, simplificação e fácil acesso.

Será que vai dar certo? Isso eu não sei, só o tempo dirá. Mas garanto que a inovação e a ousadia embutidas nesse projeto são espetaculares. As informações divulgadas afirmam que o projeto levou mais de dois anos para se transformar em realidade, envolvendo 90% das áreas da empresa, consumindo mais de mil horas de reuniões e discussões e engajando 15 fornecedores. Mais de 20 pesquisas foram realizadas.

Este é um exemplo evidente e entusiasmante de como o marketing transforma o negócio, cria oportunidades e vai ao encontro das necessidades do consumidor. É um dos casos mais legais e impactantes de marketing que vi neste ano. Enfim, já sou candidato na compra de algo aí. E não apenas para mim: já tenho até para quem dar um gift card de seguro de presente: meu pai :)

Paulo Rossi, CMO do BB Mapfre, líder do projeto


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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A banalização da demissão: Funcionário do Google anuncia demissão por vídeo


Está virando moda. Aliás, já virou. Surgiu mais um caso de funcionário que registra sua demissão em vídeo e publica no YouTube. Mas esse é um caso diferente, trata-se de alguém que decidiu sair do Google, que é considerado pelas pesquisas como o lugar dos sonhos para se trabalhar.

Michael Peggs escreveu um artigo que foi publicado no Huffington Post, onde apresenta as suas razões para sair do Google depois de quatro anos de trabalho. Em resumo: acomodação e desejo de fazer algo diferente. Ele começa o artigo dizendo que ganhou o "golden ticket" ao entrar na empresa. Michael não deixa de valorizar os benefícios que o Google oferece aos funcionários, como comida farta grátis, massagistas e outras coisas mais. No entanto, isso tudo não foi capaz de criar um sentimento de realização.

Para complementar o artigo, ele fez um vídeo chamado "Google, I quit!" e publicou no YouTube. No vídeo, ele passeia pelas instalações do Google mostrando todos os confortos e regalias, quase sempre de patinete, e termina dando um "Goodbye Google. Thanks for everything!".



O caso acima não é apenas inusitado por envolver o Google, mas também porque o ex-funcionário deixa o emprego agradecendo a empresa de forma bem humorada. Ou seja, é um vídeo com final feliz, não existe rancor, apenas agradecimento. O mesmo aconteceu recentemente com o Rafael, que ao decidir sair da IBM Brasil resolveu registrar e justificar sua saída através do seu Farewell Blog Post, com um post bem humorado e criativo, deixando claro que "ama a IBM".

A verdade é que os dois casos citados não são comuns. Posts e vídeos de demissão postados na web são quase sempre de pessoas infelizes, no limite da paciência, que chutam o pau da barraca e resolvem escancarar o lado mais perverso de seus antigos empregadores. Mesmo considerando que muitos de tais vídeos são criativos, com mensagens duras, mas divertidos.

O caso mais legal que conheço é a da jovem Marina Shifrin, que pediu demissão da empresa em 2013 através de uma forma completamente diferente. Ela postou um vídeo no YouTube com uma dança bem pessoal e criativa. Aliás, o antigo empregador alegava que ela não era criativa, daí ela partiu para esse vídeo ousado e diferente. O vídeo se tornou hit na web e ganhou destaque pelo mundo.

http://aquintaonda.blogspot.com.br/2013/11/funcionaria-demissao-danca-video.htmlO caso é divertido, mas tenho muitas perguntas sem resposta: Como pode uma pessoa ter a ousadia de se expor dessa forma? Isso ajuda ou não ajuda na formação de sua personalidade e exposição pública? Será que a "dancinha da demissão" beneficia ou atrapalha a sua busca por um novo emprego? Este caso se tornou único porque a empresa resolveu responder a demissionária da mesma forma, ou seja, através de um vídeo. Escrevi sobre ele detalhadamente no post chamado "Funcionária pede demissão dançando, a Empresa dá o troco e os dois vídeos são vistos por milhões de pessoas".

O que me chama atenção nos vídeos de demissão na internet é a "banalização da demissão". Já escrevi sobre isso antes nesse blog. Até anos atrás, se demitir de um emprego doía no coração, abalava a autoestima, exigia reflexão e planejamento, era quase um tabu. Quase sempre tratávamos demissão como algo perverso e ruim. Hoje falamos em sabático, cabeça aberta e satisfação pessoal. A demissão se banalizou. Graças a Deus :)

Nos dias de hoje, a demissão ficou menos importante, parece ser algo natural, corriqueiro, como um almoço ou uma ida a esquina. O "pleno emprego" e a "carreira longa na mesma empresa" estão em extinção. Apesar de tudo, por que a necessidade de expor publicamente uma demissão? Quais são as motivações por trás desse comportamento? Os casos conhecidos são aqueles que ganharam maior reverberação pública, mas certamente existem milhares de situações que acontecem pelo mundo e que acabam não ganhando tanta notoriedade na web.

Além dos dois casos citados acima, o divertido blog Distractify apresenta 14 casos surreais e folclóricos de pessoas que pediram demissão pelo mundo. Vale a pena ver. Quem sabe você não cria algo diferente? :)


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terça-feira, 21 de outubro de 2014

As mídias sociais tornam a sociedade melhor?


A pergunta título deste post me incomoda, pois a resposta não é clara. Sou entusiasta do mundo digital. Ele viabiliza a inclusão social e reforça a cidadania, mas muitas vezes eu tenho dúvidas dos reais benefícios e dos impactos a médio e curto prazo que as mídias sociais podem trazer às nossas vidas.

Me responda: os enormes movimentos populares ocorridos nas mídias sociais em junho de 2013 em nosso País trouxeram quais resultados práticos para a sociedade brasileira? Os resultados parecem incrivelmente acanhados quando comparados ao tamanho do que foi alcançado nas mídias sociais.

Participar das causas ou protestos nas mídias sociais é muito fácil, basta apertar um botão, pressionar o "curtir", digitar algo no teclado no aconchego do lar, com uma Coca-Cola aberta e um saco de batatas fritas ao alcance das mãos. Será que ao utilizar as novas tecnologias nós não estamos nos esquecendo de fazer as coisas de forma mais lenta, sustentável e profunda? Será que existe debate genuíno, senso de coletividade e senso de pertencimento no ambiente digital?

A diferença entre os movimentos online e os movimentos nas ruas é o olho-no-olho, a emoção, o comprometimento... o ar. Os movimentos têm que ir além dos protestos virtuais em larga escala. Só boa intenção não basta. Parece que estamos mais frívolos e superficiais. Protestamos nas mídias sociais ao mesmo tempo em que abrimos uma janela para ver Gangnam Style no YouTube. É quase uma casualidade.

O que é democracia na era da internet? Os movimentos nas mídias sociais parecem um burburinho, um ruído que incomoda, porém, quando temos um zumbido inconveniente, a gente desliga ou coloca um som mais alto. Será que o que ouvimos no mundo online é a voz do povo? Não serão vozes individuais de pessoas em suas casas e tocas, escondidas, protegidas, se pronunciando atrás do universo digital? Será que as mídias sociais realmente permitem a diversidade e o debate de ideias ou são meros engasgos individuais?

Pense bem, as comunidades virtuais as quais você pertence não são formadas por pessoas parecidas com você, com suas visões, percepções, crenças e interesses? Se você não curte alguém, você não o retira de sua rede virtual? Será isso diversidade?
Para sermos cidadãos não basta sermos ativistas digitais, temos que ser inclusivos. É preciso haver disposição das pessoas para se engajarem nas organizações políticas e sociais. O mundo real está aí. Somos animais sociais, mas as chamadas mídias sociais não necessariamente nos tornam mais sociais.

Hoje, como cidadãos, votamos a cada dois anos. Isso não me parece suficiente. Empoderar as pessoas somente a cada eleição não é uma boa. É preciso estarmos empoderados a todo momento. Queremos, ou precisamos, opinar na gestão dos recursos naturais do planeta, na ocupação do solo e no uso do orçamento do governo. E em tempo real. Estes são apenas alguns exemplos. As novas tecnologias podem viabilizar isso. Isso é exercer a cidadania, algo muito além dos protestos e indignações digitais. Podemos mudar as coisas.

As novas tecnologias conectam pessoas e promovem conversas, isto é inquestionável, mas não mudam as coisas. E, pior, nem sempre o mundo virtual espelha verdadeiramente o mundo real. As pessoas nas mídias sociais, muitas vezes, são personagens que elas mesmas criam. Elas nem sempre agem no mundo digital como elas realmente pensam, mas como desejam ser conhecidas ou como as comunidades esperam que elas ajam.

Também me parece que as pessoas se sentem vigiadas pelos seus amigos, colegas, empresas e até pelo próprio governo. Uma sociedade monitorada e vigiada cria conformismo, submissão e até repressão, restringe escolhas e opiniões, estabelece padrões, cria limites e inibe sonhos e diversidade. Parece até que existe um Big Brother, um Big Brother criado em nossas próprias cabeças. Quer saber? Em vez de o Big Brother nos olhar, nós é que deveríamos olhar o Big Brother. Pense em como pode se tornar um cidadão melhor. Nunca a sociedade teve nas mãos armas tão poderosas de mobilização como as mídias sociais. Cabe a nós sabermos usá-las com sabedoria.

Agradeço a Pia Mancini, Zeynep Tufekci e Alessandra Orofino. Suas palestras no TED Global no Rio inspiraram tudo que escrevi acima.


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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O engodo dos twitters dos presidenciáveis


Como adepto às mídias sociais e comprometido com as recentes eleições governamentais, eu decidi acompanhar no mundo digital a atuação dos candidatos à presidência. Minha expectativa era descobrir o quão genuíno são as declarações e exposições dos candidatos nas redes.


Os debates na TV têm sido decepcionantes. Em vez de uma discussão construtiva e olhando para o futuro, a discussão é destrutiva, rancorosa e com foco no passado obscuro do candidato oponente. Já os programas eleitorais na TV são feitos por marqueteiros e pouco instrutivos. Nas mídias sociais a minha principal atenção ficou no twitter, onde acompanhei as contas @AecioNeves e @dilmabr por mais de duas semanas. Minha expectativa era encontrar uma discussão mais decente, mas não foi isso que encontrei no dia a dia. 

O caso mais incrível foi o debate no SBT em 16 de outubro, onde acusações e leviandades permearam a discussão na TV entre Aécio e Dilma. Uma decepção profunda. Não foi por acaso que os jornais estamparam na primeira página o vale tudo na TV. O surpreendente foi acompanhar o twitter dos dois candidatos, simultaneamente ao debate. Como os candidatos estavam ao vivo na TV, eles certamente não poderiam estar postando tweets na rede, portanto ficou fácil constatar que as contas dos twitters dos candidatos não são genuinamente controlados por eles e sim por outros, certamente os marqueteiros contratados. Mas a decepção maior foi constatar que os "pilotos" dos twitters dos candidatos entraram na onda do bate boca e dispararam acusações um ao outro, como podemos ver abaixo. Uma perda de tempo e um desrespeito aos eleitores e cidadãos brasileiros. O menos pior é o twitter @AecioNeves , porque muitas vezes o texto evidencia que não é o candidato que está escrevendo e está escrito na terceira pessoa. Já o twitter da @dilmabr fica o tempo todo na primeira pessoa, como se fosse a própria candidata escrevendo seus tweets, o que sabemos ser impossível.

Achei interessante a primeira página do O Globo, que ilustra este texto, mostrando fotos dos candidatos olhando smartphones. O que será que eles estavam vendo na telinha? 

Enfim, desisto.


 



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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

4 Estatísticas Assustadoras sobre Engajamento dos Funcionários no Trabalho


Estou estudando o tema "engajamento de funcionários no ambiente de trabalho" e me deparei com 4 estatísticas chocantes.

70% dos trabalhadores não se sentem engajados no trabalho;

75% das pessoas que pedem demissão não estão saindo pela insatisfação que tem pelo seu trabalho, mas sim porque não suportam mais seus chefes;

89% dos empregadores pensam que seus funcionários deixam o emprego para ganhar um salário maior, mas somente 12% mudam de emprego realmente por esse motivo;

Apenas 40% dos funcionários dizem conhecer os objetivos, estratégias e táticas das empresas onde trabalham


Fonte: Upworthy


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terça-feira, 30 de setembro de 2014

A publicidade e a hipocrisia da sociedade

Há alguns anos, fui convidado para dar uma entrevista numa revista conhecida. O fotógrafo, também super conhecido, chegou na minha casa e disse que o editor pediu a ele fotos do tipo "Molico". O circo foi armado e estou convencido que foram as fotos mais lindas que já fizeram de mim. Nunca mais me esqueci disso. Primeiro, porque tenho fotos maravilhosas comigo. Segundo, porque eles fizeram de tudo para construir uma imagem muito mais fantasiosa do que a realidade entregava. Essa história me veio à mente quando li a matéria no Meio&Mensagem comentando uma pesquisa que concluiu que a população brasileira não está preparada para aceitar o homossexualismo na publicidade. Ambas as situações, apesar de serem bem diferentes, demonstram o quanto a publicidade nos leva para um mundo fora da realidade.

Apesar de ser uma conversa sempre polêmica, a verdade é que, na maioria das vezes, a publicidade cria uma realidade inexistente, "vende" sonhos e universos que não existem. Pior mesmo é quando ela fecha os olhos para a realidade e ignora determinadas transformações na sociedade. Um colega meu, há pouco tempo, disse uma frase de impacto numa conversa que tivemos sobre o nosso dia a dia em marketing: "A publicidade espelha a hipocrisia da sociedade". Achei a frase dura, até injusta, mas me tocou e ainda estou pensando nela até agora.

Um estudo recente da JW Thompson revelou que 80% da população brasileira concorda que mostrar casais do mesmo sexo em anúncios reflete a realidade da nossa sociedade hoje. A pesquisa aponta que 77% dos entrevistados não se importam se os protagonistas de mensagens publicitárias são heterossexuais ou gays, e que 68% das pessoas garantem que a presença de casais do mesmo sexo não mudaria a sua decisão de compra do produto anunciado.

Por outro lado, o preconceito aparece forte quando 75% dos entrevistados dizem não se incomodar com a presença de gays na publicidade mas acreditam que muitos outros não iriam gostar. Acho incrível quando 48% dizem não entender a necessidade das marcas mostrarem casais gays em anúncio, e que 36% opinam que anúncios na TV não são lugar para casais do mesmo sexo.

Em resumo: o preconceito surge evidente quando se questiona sobre o incômodo percebido em outras pessoas, que não os respondentes. A população brasileira não está preparada para aceitar casais homossexuais na publicidade. Ponto! A nossa sociedade é preconceituosa e hipócrita, e, infelizmente, nós refletimos isso na publicidade. Até porque uma publicidade mais de vanguarda que adote gays em seus anúncios poderá ter um entendimento equivocado, já que, segundo a pesquisa, 47% da população dizem que marcas que mostram casais do mesmo sexo só querem criar polêmica. Vale lembrar que, quase duas décadas atrás, a Ikea lançou um comercial na TV tradicional norte-americana com um casal gay, o que provocou indignação entre grupos conservadores e uma ameaça de bomba em uma loja. Parece que pouco evoluímos desde então. Vida complicada essa.

Obviamente que existem contribuições formidáveis da publicidade, como por exemplo o projeto "Retratos da Real Beleza" criado pela Ogilvy para a Dove. A publicidade foi muito além do seu papel e gerou uma reflexão a respeito da beleza feminina. Aliás, o compromisso com o tema é antigo, afinal já se passaram dez anos desde que Dove, da Unilever, lançou o conceito "Campanha pela Real Beleza". Esse é um exemplo inquestionável de como a publicidade, coerente e consistente, pode contribuir construtivamente para criar algo significativo e transformador. Sejamos justos aqui: nem sempre é possível exigir uma publicidade transformadora, até porque marquetear o quilo de tomate por 1 real não provoca nenhum impacto, a não ser a motivação de fazer uma macarronada mais molhadinha.

Por outro lado, o caso mais assustador e perverso que me vem à mente é a máquina propagandista desenvolvida pelo nazismo alemão, onde foi criada uma imagem quase messiânica de Hitler, com estratégias modernas e complexas de marketing, possibilitando o engajamento do povo alemão, uma devoção incondicional ao Führer e uma admiração surpreendente à causa nazista. O exemplo não é de publicidade e sim de marketing, que foi tão intenso e eficiente que atingiu todos os níveis da sociedade alemã, perpetuando os famosos 11 princípios da propaganda de Joseph Goebbels, o cérebro desta máquina e um dos braços direitos de Hitler. Enfim, apesar de considerar este episódio como uma exceção extrema, ele não pode ser esquecido.

Marqueteiros dirão que a publicidade faz as pessoas sonharem e viajarem para mundos que elas aspiram. Concordo, acho que é válido, mas existe um lado hipócrita que é vender algo que nunca será alcançado, um sonho impossível, quase sempre inserido num mundo irreal. Será que a publicidade deve mostrar um mundo politicamente correto quando o mundo real é cheio de conflitos, imperfeições e preconceitos? Em épocas passadas, a inclusão de negros, mulheres trabalhando e beijos na boca na publicidade eram tabu. "O primeiro sutiã a gente nunca esquece", de 1987, foi polêmico, mas abriu caminho pois mostrou sensualidade sem vulgaridade. A discussão da inclusão de gays na publicidade atual segue o mesmo caminho do preconceito e da sociedade delirante em aceitar a sua própria evolução. Não é uma discussão simples pois toca elementos conectados com religião, política, cultura, valores e ética.

Não quero ser Poliana e falar de uma publicidade icônica e repleta de idealismo. Não é isso. Porém, a publicidade tem um papel importante na formação da sociedade em que vivemos, nos nossos papéis de consumidor e cidadão. Um exemplo claro dessa missão é o momento que vivemos hoje nas eleições governamentais de 2014, onde o marketing vem sendo protagonista no processo eleitoral. Não foi por acaso que o colega Adilson Xavier escreveu uma matéria de reflexão e desabafo chamada "O Marketing da Bandidagem", refletindo se o marketing político que temos hoje em dia realmente ajuda a melhorar o nosso País.

Será que a publicidade que fazemos tem realmente compromisso com a verdade? Será que o único objetivo da publicidade é vender determinado produto ou eleger determinado candidato? Existe compromisso de fato em fazermos uma publicidade ética e responsável? A publicidade deve espelhar a hipocrisia e o preconceito existente na nossa sociedade ou deve combatê-la? Será que ela deve refletir a sociedade atual ou deve estar à frente do tempo?

Não podemos negligenciar o poder transformador que a publicidade provoca em nossa sociedade, ainda mais em tempo de hiperconectividade e transparência total. Mas é fácil reconhecer que o marketing pode ajudar e mudar o rumo do desenvolvimento da sociedade.

Nunca a publicidade foi tão impactante como agora. Por isso, a responsabilidade aumenta e merece reflexão.

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