domingo, 30 de novembro de 2014

As quatro redes sociais que mais cresceram em 2014


O jornal O Globo, de 30/11/2014,  publicou a lista das 4 redes sociais que mais cresceram no mundo em 2014. Para quem só pensa em facebook, twitter e linkedin, a lista mostra que existem outras redes em ascensão muito mais vigorosa. Eis a transcrição do texto.


Tumblr: 120% em seis meses
Superando o poderoso Facebook, que sofre uma fuga de jovens, o misto de blog e rede social Tumblr apresentou aumento de 120% no número de usuários ativos nos últimos seis meses, de acordo com o relatório GWI Social Summary. O rede de Mark Zuckerberg cresceu só 2% no período.



Pinterest: favorito entre as mulheres
De acordo com o GWI Social Summary, a rede Pinterest cresceu 111% nos últimos dois trimestres, ficando atrás apenas do Tumblr na expansão. O site faz bastante sucesso entre as mulheres, que representam mais de 70% da sua audiência



Instagram: melhor que o dono
Comprada pelo Facebook em 2012, a rede social de fotos Instagram superou o seu dono no ritmo de crescimento de usuários ativos este ano, com um aumento de 64%. Tal ritmo lhe garantiu a terceira posição entre as que mais cresceram em 2014, atrás do Tumblr e do Pinterest.



Snapchat: ‘app’ que mais cresceu
Sucesso absoluto entre adolescentes, o aplicativo de troca de mensagens e imagens que se apagam automaticamente Snapchat creceu 56% nos últimos seis meses, deixando para trás o rival Facebook Messenger, que registrou um aumento de usuários de 50%.



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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os melhores horários para postar nas redes sociais

Sempre me perguntam qual é o melhor horário para postar no facebook, linkedin, twitter, instagram e outras mídias sociais. A minha resposta é sempre de forma intuitiva, com base na minha experiência pessoal, apesar de existirem diversos analistas e estudiosos que compartilham seus estudos e experiências a respeito dos melhores horários de postagem.

O sempre excelente blog www.viverdeblog.com  publicou um infográfico bem legal sobre horários de postagens. Aliás, vale muuuuito a pena visitar esse blog e assinar. Ele tem informações sempre úteis, em formato divertido e não enrola, vai direto ao ponto. 

Acesse o infográfico AQUI, inclusive numa versão em alta resolução, mas já reproduzo ele abaixo.


Melhores Horários para Postar nas Redes Sociais
» Clique Aqui para baixar uma versão em Alta Resolução desse infográfico «

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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BrandShare 2014: Fala que eu não te escuto


Saiu o estudo global Brandshare 2014 da Edelman.
A mensagem é clara: os consumidores não estão satisfeitos com as relações que têm com as marcas. O estudo indica que 67% dos consumidores avaliam que os relacionamentos com as marcas são unilaterais e de valor questionável. Segundo a maioria dos consumidores, a única razão pela qual que as marcas se relacionam com eles é a busca do lucro. O cenário no Brasil é o mesmo que ocorre no mundo.

O estudo Brandshare tem foco em marketing. A pesquisa contemplou 15 mil pessoas de 12 países, incluindo o Brasil. Foram analisadas 199 marcas, sendo 48 globais e 15 locais de cada país. No Brasil, mais de mil pessoas participaram da pesquisa. Foram analisados 14 comportamentos das marcas e as necessidades dos consumidores.

O estudo é muito rico pois dá números e tangibiliza muito do que nós sentimos como consumidores. Eu, como gestor de marketing e participante de fóruns e rodadas de debate na área de marketing, recebi a pesquisa como um aviso que ainda temos muito a fazer na área de marketing e comunicação para nossos clientes, independentemente do setor que as empresas atuam, incluindo organizações B2C e B2B, de diferentes portes e maturidade do negócio. A mensagem que bateu na minha cabeça foi: o marketing das empresas, em geral, ainda está devendo para estabelecer uma relação mutualmente benéfica, que seja reconhecida e valorizada pelos nossos clientes, consumidores e admiradores da marca. Este é um processo em construção e o estudo Brandshare dá algumas pistas de áreas de foco.

O estudo indica que 87% das pessoas buscam interações significativas com as marcas, mas apenas 17% acreditam que fazem isso corretamente. No intuito de buscar uma melhor relação, os consumidores dizem que estão compartilhando conteúdos das marcas e suas informações pessoais, comprando produtos e defendendo as marcas, mas sentem que recebem pouco em troca. Avaliam que esse relacionamento é desequilibrado.

Os consumidores querem mais rapidez das marcas para resposta às suas preocupações e reclamações. Na era da mobilidade e do tempo real, essa expectativa é mais do que esperada. Cerca de 84% dos entrevistados brasileiros querem que as marcas se comuniquem de maneira transparente sobre as suas cadeias de produção, enquanto 67% querem participar dos seus processos de desenvolvimento e aprimoramento de seus produtos e serviços.

O estudo analisou as necessidades dos consumidores sob três aspectos: racional, emocional e social. Quanto mais essas necessidades forem atendidas, mais conectado e atuante será o consumidor com a marca: comprando, recomendando e defendendo uma marca. As necessidades sociais vão muito além da tradicional responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, existe uma expectativa de que as marcas compartilhem mais e melhor as suas convicções, valores e propósito. Existe uma clara cobrança de que as marcas genuinamente ajudem para uma sociedade melhor e o progresso do mundo.

De maneira geral, os números do Brasil são um pouco superiores às médias globais, comprovando que os brasileiros têm tradicionalmente um nível alto de expectativa em relação às marcas.

Vale muito conhecer o estudo e aprender com ele. O Brandshare 2014 aponta para onde ir, mas o problema para as organizações é como chegar lá. Como desenvolver diálogos, em tempo real, de forma individualizada, quando a empresa se relaciona com milhares ou até milhões de consumidores? Quais são as barreiras? Isso é papo para outro post.

Acesse AQUI o estudo.


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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ao assumir que é gay, Tim Cook foi muito macho


No início de 2014, eu li, estarrecido, o estudo "Uncovering Talent. A new model of inclusion", da Deloitte University. Fruto de entrevistas com mais de três mil pessoas nos Estados Unidos, a pesquisa apresentou alguns resultados que me incomodaram.

Publicado em dezembro de 2013, o estudo apresentou números que mostram o Everest que a sociedade ainda tem que escalar.

Um dos números que carimbou minha memória é que 83% dos indivíduos LGB (Lésbicas, Gays e Bissexuais) não evidenciam sua orientação sexual no ambiente de trabalho - ou seja, não falam sobre isso com seus colegas, não têm fotos de seus parceiros/parceiras na mesa de trabalho e muito menos levam seus companheiros ou companheiras nas festas ou outros encontros no ambiente profissional.

Dentro da famosa lista da Fortune 500, apenas um pouco mais de 1% das empresas têm CEOs negros, somente 21 CEOs são mulheres, e não há um único CEO declarado abertamente gay. Bem, isso até outubro, mês passado, quando Tim Cook, CEO da Apple, publicou um artigo no site da revista Bloomberg Businessweek dizendo ser gay.

Cook é o primeiro e o único CEO declarado abertamente gay dentro da Fortune 500. A minha primeira reação foi não entender muito bem o disse-me-disse na imprensa sobre o artigo de Cook, afinal todo mundo já sabia que ele era gay. Ele mesmo diz no artigo que nunca escondeu isso: "Por anos, eu tenho sido aberto com muitas pessoas sobre minha orientação sexual. Muitos colegas na Apple sabem que eu sou gay, e isso não parece fazer diferença no modo como eles me tratam".

Apesar de Tim Cook dizer que isto não faz diferença, creio que ele está minimizando algo muito mais profundo. O estudo da Deloitte University é a evidência de que o ambiente do trabalho ainda é perverso com as nossas individualidades e opções. Muitas mulheres não falam no trabalho sobre suas atividades de mãe pois isso mostraria fragilidade e poderia atrapalhar suas carreiras. Pessoas mais velhas omitem ao máximo sua idade para não prejudicar uma promoção ou oportunidade. Cadeirantes chegam mais cedo nas reuniões para ocupar lugar e não incomodar os outros – evitando, assim, gerar atenção negativa sobre eles. A discriminação e preconceito existem por todos os lados, mesmo nas empresas ícones que pregam a diversidade e a igualdade em termos de raça, cor, sexo, gênero, idade, credo religioso, procedência, convicção política e tudo que você puder imaginar. A maior barreira somos nós mesmos, seres humanos, que carregamos paradigmas e preconceitos em nosso DNA.

Na tentativa de criar um ambiente mais justo e inclusivo, 91% das empresas da Fortune 500 proíbem discriminação em relação a orientação sexual. Mas, como já citado acima, a vida real não é aquela escrita no papel e pendurada nas paredes das empresas. Tim Cook sabe disso. Ele sabe dessa realidade nua e crua, mas não se considera um ativista. Por isso ele diz em seu artigo que, por ser CEO da Apple, uma das empresas mais admiradas e vigiadas do planeta, a sua declaração sobre ser gay vai jogar holofotes na discussão e ajudar para que a sociedade, de alguma forma, evolua em lidar com a diversidade. Ele sabe o peso que carrega nos ombros.

Tim Cook afirma que tem orgulho de ser gay e que considera ser gay um dos maiores dons que Deus lhe deu. Não entenda errado. Quando ele diz isso, ele não está celebrando a sua orientação sexual, mas sim elevando as lutas associadas a essa orientação que fizeram dele uma pessoa melhor. O CEO da Apple parece estar dizendo que as adversidades que os homossexuais enfrentam os fazem pessoas melhores: mais tolerantes, com mais compaixão, com mais capacidade de adaptação e perseverança. Ao assumir isso, Cook demonstra humildade e resignação.

Infelizmente, também existem histórias que mostram o lado vazio do copo. Um dos exemplos mais evidentes do mundo controverso em que vivemos foi o caso do CEO do Mozilla, Brendan Eich, que pediu demissão em 3 de abril, duas semanas depois de ter sido nomeado para o cargo de CEO. Sua posição contra a união gay foi o motivo principal do enorme movimento ocorrido nas redes sociais contra o seu nome para o cargo, gerando desgaste na imagem da empresa, insatisfação dos colegas de trabalho e conflito com as crenças e valores praticados pelo Mozilla. A reação dos funcionários foi emblemática. Cabe esclarecer que Mozilla é a empresa dona do navegador Firefox. Veja a história completa no meu post "Redes Sociais não perdoam: CEO do Mozilla pede demissão depois da polêmica sobre casamento gay".

Sonhamos com um mundo mais justo, onde cada um de nós, algum dia, poderá viver na plenitude, sem preconceitos e discriminação. Se você acha isso um sonho impossível, cabe lembrar que no século passado ainda vivíamos na sombra da escravidão, que negros e brancos não se misturavam e que as mulheres não votavam e não tinham direito ao trabalho. Parece distante? Nem tanto. Acabamos de comemorar 25 anos da queda do Muro de Berlim, quando a idiotice humana foi capaz de construir um muro de mais de 150 quilômetros de extensão separando famílias, amigos e sonhos. Mas os mesmos seres humanos também foram capazes de derrubar o muro quase que por acaso, numa euforia popular ocorrida numa noite em novembro de 89, sem derramar uma gota de sangue e em total clima de celebração e paz.

Estamos evoluindo, talvez não na velocidade que gostaríamos, mas estamos indo para frente. Um dia a sociedade vai olhar para trás e vai se surpreender ao ver que a declaração de uma pessoa dizendo ser gay ocupou as manchetes dos jornais em 2014.



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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Projeto do BB Mapfre é uma revolução no mercado de seguros




Eu sempre acreditei que o potencial de negócios no ramo de seguros é imenso pois existe uma massa enorme de pessoas que não contratam seguros – ou porque não entendem ou porque sentem medo de entrar em algo que não conhecem. Não entendo muito bem esse mercado, mas, na minha opinião, o ramo de seguros tem um problema de canal de distribuição, complexidade do produto e da evidência de valor pelo potencial comprador. Ou seja, seguro é sinônimo de complexidade e dificuldade de acesso.  


Fiquei encantado ao saber o que o BB Mapfre (Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre)  está lançando no mercado. Incrível, mesmo. Ousado e
inovador. Fico imaginando as barreiras e o número de reuniões para quebrar um modelo que já está para lá de estabelecido. Mas a ousadia do BB Mapfre tem um motivo: o enorme potencial de um mercado praticamente intocável. É surpreendente constatar que 96% de casas próprias não têm seguro. São mais de 44 milhões de residências. Cerca de 61% dos carros circulando no país não têm seguro. Estamos falando de 27 milhões de automóveis. E 90% das pessoas não estão seguradas, um incrível número de 135 milhões de brasileiros. Mas também podemos falar de coisas de menor valor, como celulares, cujo índice de roubos por ano no país é da ordem de milhões de unidades. São números enormes e mostram que qualquer percentual de ganho em share de mercado é significativo. Quem conseguir criar algo diferente e disruptivo terá grande chance de abocanhar parte deste mercado inexplorado.

O projeto do BB Mapfre chama-se "Família Sempre Protegida" e ataca diretamente as principais barreiras. Em vez de um canal elitizado de vendas, o BB Mapfre vai ofertar o seguro diretamente onde o povo está, ou seja, no varejo: nos supermercados, nas bancas de jornais, nos pet shops, etc. Em vez da venda consultiva e complicada, o seguro será uma oferta simplificada e numa embalagem para consumo, como um produto numa prateleira de supermercado. O projeto também prevê uma mudança na linguagem, abolindo os termos complicados e estabelecendo uma abordagem de fácil entendimento por qualquer consumidor.

Traduzindo isso para as ações, o BB Mapfre vai vender os seguros através de gift cards nos pontos de varejo, nas prateleiras de lojas e em vending machines, como um bem de consumo que você compra e coloca no carrinho de supermercado. As vending machines serão colocadas em estações de metrô, aeroportos e grandes pontos de circulação de pessoas. Existirão gift cards com ofertas pré-definidas variadas, com coberturas e prêmios diversos. Estamos falando de seguro residencial, seguro de vida, seguro para automóvel, seguro para celular, seguro para animais de estimação, enfim, o potencial é enorme. Qualquer um poderá comprar um gift card e dar de presente também, o que acho maravilhoso. As palavras por trás do projeto são: conveniência, simplificação e fácil acesso.

Será que vai dar certo? Isso eu não sei, só o tempo dirá. Mas garanto que a inovação e a ousadia embutidas nesse projeto são espetaculares. As informações divulgadas afirmam que o projeto levou mais de dois anos para se transformar em realidade, envolvendo 90% das áreas da empresa, consumindo mais de mil horas de reuniões e discussões e engajando 15 fornecedores. Mais de 20 pesquisas foram realizadas.

Este é um exemplo evidente e entusiasmante de como o marketing transforma o negócio, cria oportunidades e vai ao encontro das necessidades do consumidor. É um dos casos mais legais e impactantes de marketing que vi neste ano. Enfim, já sou candidato na compra de algo aí. E não apenas para mim: já tenho até para quem dar um gift card de seguro de presente: meu pai :)

Paulo Rossi, CMO do BB Mapfre, líder do projeto


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