quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Menezes: O caçador dos usuários de redes sociais na empresa


Menezes, gerente da XYZ, ainda não estava convencido sobre aquele história de liberar o uso das mídias sociais dentro da empresa. Isso tinha acontecido havia alguns meses e, desde então, ele passou a ser um caçador implacável de possíveis desvios. Sendo uma empresa B2B, ele não entendia o motivo da XYZ permitir os funcionários de usarem as redes sociais.

Num belo dia, no seu tradicional estilo, ele entra na sala e começa a ver o que o pessoal estava acessando em seus computadores. Como gerente de vendas, ele entra no salão e pega 4 vendedores navegando em redes sociais.

-- E aí Luis? O que você está fazendo aí olhando o twitter? - perguntou Menezes.

O jovem vendedor vira para o Menezes e responde:
-- Você não viu o anúncio de hoje? Acabamos de lançar um produto espetacular. Estou postando aqui no twitter um post apontando para o nosso site. Quero que todos os meus seguidores saibam da novidade.

Menezes vira o rosto e encara um outro vendedor acessando o YouTube. De imediato ele responde:

-- Menezes, é esse produto aqui ó! Você não viu o filme? A empresa já publicou isso no YouTube ontem.

Frustrado, Menezes se vira para o outro lado onde um dos vendedores está com o Facebook aberto.

-- Aqui Menezes, veja só, estou mandando uma mensagem de Natal para um cliente que é meu amigo no Facebook. Acho mais bacana do que mandar um email. Tenho certeza que ele vai gostar e vai me retornar.

Num giro de 360o, Menezes descobre um outro vendedor com o Facebook aberto.

-- Estou mandando uma mensagem para minha mulher dizendo que vou chegar mais tarde em casa. Tenho que trabalhar numa proposta hoje que vai dar muito trabalho. Pelo facebook é mais fácil. Eu não preciso de ficar de conversa pelo telefone, ganho tempo, e ainda não gasto telefone da empresa.

Decepcionado consigo mesmo, Menezes dá de costas e vai embora. Definitivamente ele ainda não entende essa nova realidade...

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fala quem pode, obedece quem tem juízo... até nas mídias sociais


Passei por uma situação muito interessante recentemente.

Eu fui num evento de mercado voltado para a área de tecnologia de informação. Cheguei cedo. Por sorte, um querido colega que eu não via há muito tempo sentou ao meu lado na platéia. Cabelo branco, muito experiente, ele hoje é o CIO (líder da área de tecnologia) de uma empresa conhecida no mercado. Apesar de experiente e da "alta patente :)", ele continua sendo um sujeito humilde e ansioso por acompanhar as novidades de mercado, especialmente em tecnologia onde inovações surgem há todo momento.

Até o fim da manhã o evento estava muito bom. Foi quando subiu no palco um jovem com aparentes 30 anos para falar sobre um tema novo que ainda surge de forma inconstante na agenda dos CIOs.

Após dez minutos de apresentação, o meu colega virou-se pra mim e exclamou: "O garoto é bom, tem conteúdo".

Num determinado momento, o jovem no palco disse algo mais ou menos assim: "Os CIOs ainda não acordaram para isso, parecem negligentes na adoção dessa nova tecnologia, esse é o futuro e quem sair na frente vai conquistar o sucesso".

Meu colega virou para mim e disse: "Quem é esse cara para falar para um monte de executivos cabeça branca o que eles devem fazer? Ele é um garoto, não tem credibilidade e autoridade para falar. Falta currículo". Cinco minutos depois, com o jovem palestrante insistindo no posicionamento anterior, ele sussurrou: "O garoto é arrogante".

Já na parte final da palestra, meu colega olhou pra mim, me cumprimentou e disse que ia embora: "Eu não preciso ficar aqui ouvindo esse cara. Tenho coisas mais importantes para fazer. O garoto é bom, mas faltam credenciais. Como ele pode ir ao palco e falar do jeito que está falando?". E se retirou do evento para não mais voltar.

Passei o resto do dia pensando na experiência descrita acima de forma muito resumida.
Claro que pode ter rolado um preconceito pelo "garoto" ser jovem, mas não foi criada uma química entre o apresentador e a platéia. É sabido que num evento o conteúdo é importante, tão quanto o apresentador, ou o mensageiro da mensagem, como queira, mas o fato acima mostrou algo mais. Não bastam o conteúdo e o apresentador, tem o formato, a credibilidade e as credenciais de quem sobe no palco. A platéia tem que se identificar com quem está no palco, não apenas com o conteúdo, mas também com a linguagem, o gestual e "os cabelos". :)

Essa experiência rolou num evento, mas o conceito também vale para outros canais de comunicação e relacionamento. Por exemplo, em várias situações, quando nos deparamos com conteúdos legais na web, nós procuramos saber quem está dizendo aquilo ou assinando a matéria, sempre na busca de constatar se o autor e "dono" daquelas palavras tem real propriedade, bagagem e experiência suficientes para fazê-lo. Portanto, se você é participante ativo nas redes sociais, e deseja criar uma referência pessoal na web, escreva sobre o que estuda, conhece e domina. Apresente suas credenciais, desenvolva uma rede relacionamento que suporte a imagem que deseja estabelecer.

Vivemos novos tempos. Não basta apenas falar. Não basta apenas a mensagem. Quem fala tem que ser reconhecido e pertencer à comunidade para a qual está falando, seja num evento, na web e no chopp do final de semana. Vivemos o mundo do diálogo e das comunidades. E não se esqueça dos cabelos...


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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pequenas e Médias Empresas ainda preferem o marketing Face-to-Face, diz estudo


No mês passado foi divulgado um estudo realizado pela Forrester Consulting que analisou a prática de marketing digital nas pequenas e médias empresas nos EUA, chamado "Driving SMB Revenue in a Tough Economy."  Na minha visão, a mais importante conclusão foi que as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) que adotaram práticas de marketing digital alcançaram maiores resultados de negócios e geraram maior ROI (Return On Investment). O objetivo maior do estudo era analisar como as PMEs estavam se comportando no atual cenário de insegurança da economia mundial.

O estudo afirma que: "a atual recessão revelou um novo modelo de sucesso para as pequenas empresas, onde a jornada de compra do consumidor quase sempre começa por uma pesquisa na web. As empresas que souberam ajustar suas práticas de marketing a esse novo comportamento do consumidor e que abraçaram o marketing digital formam a nova geração das PMEs de sucesso".

A Forrester entrevistou 208 líderes de marketing de PMEs, de diversos segmentos econômicos nos EUA, de junho a setembro de 2012. Os entrevistados compartilharam suas percepções sobre marketing digital, especialmente planos e programas. organização e processos, bem como as tecnologias usadas para suportar a captura online de clientes. Eles também responderam sobre os benefícios e ganhos de seus investimentos em marketing digital.

O estudo da Forrester apontou 5 conclusões principais:

1 
PMEs são ativos em marketing. PMEs estão gastando uma percentagem maior de suas receitas em marketing do que as grandes empresas.

2
PMEs ainda preferem as táticas tradicionais de marketing. Perguntados sobre o ranking que atribuiriam às táticas de aquisição de novos clientes, eles responderam que preferem as técnicas tradicionais face-to-face: tradeshows, relacionamento pessoal e seminários.


3
PMEs estão implantando táticas de marketing digital menos abrangentes do que as grandes empresas. PMEs parecem ter menos propensão a usar técnicas digitais de custo mais reduzido porém mais escaláveis - por exemplo e-mail e webinars - do que seus colegas de grandes empresas. As cinco principais táticas de marketing mais usadas pelas PMEs (que incluem publicidade impressa e tradeshows) são caros para escalar.

4
PMEs sinalizam que estão correndo atrás das grandes empresas na adoção de automação de marketing para gerenciamento de leads de negócios. Apenas 19% dos entrevistados disseram que estão usando algum software para automatizar seus processos de geração de demanda em marketing.

5
A automação do marketing está diretamente relacionada ao maior desempenho em pequenas e médias empresas.

Quase 3/4 daqueles que estão usando automação de marketing relataram crescimento da receita acima do esperado, comparado a aqueles que não implantaram tais ferramentas.

O estudo mostra que surgiu uma nova geração de empresas no segmento de PMEs norte-americano, cujos perfis apresentam diferenças significativas na forma como investem, gastam, gerenciam e medem suas atividades de marketing comparado aos seus concorrentes de menor desempenho.

Ao analisar os resultados do estudo, os entrevistados foram naturalmente divididos em dois grupos principais: aqueles que relataram superação no plano de receita no ano anterior, e aqueles que apenas alcançaram ou não alcançaram suas metas de receita.
Aproximadamente 56% dos entrevistados caiu na primeira categoria e merecem ser chamados de "top performers".

A análise dos resultados evidenciam 3 fatores de sucesso distintos para diferenciar as empresas de melhor desempenho:

- Top performers gastaram mais em programas de marketing e pessoal, e não cortaram os orçamentos de marketing de forma  agressiva durante a recessão; 
- Top performers são mais otimistas e tem mais confiança nos retornos dos investimentos em marketing digital e automação; 
- Top performers monitoram e medem constantemente as vendas e seus resultados em marketing.

Um ponto relevante citado no relatório é que os decisores de marketing nas PMEs não estão muito certos a respeito de mídias sociais. O uso de mídias sociais aparece na metade final do ranking de táticas de marketing mais usadas, com apenas 69% das PMEs citando que usam mídias sociais para aquisição de clientes.

No geral, o envolvimento das PMEs com mídias sociais ainda é muito inferior comparando-as à grandes empresas: 48% das PMEs citaram o uso de mídias sociais em comparação a 66% das grandes empresas, 51% dos indivíduos entrevistados afirmaram que usam mídias sociais profissionalmente versus 66% nas grandes empresas , e 51% estão usando microblogs (Twitter, por exemplo) em comparação a 74% .7 A dificuldade para medir o ROI das mídias sociais deve ser o principal impedimento para um uso maior.



Se você se interessa pelo tema, vale muito a pena acessar o estudo completo, por favor acesse o link www.act-on.com/drive e faça o registro.

Artigo publicado no Blog Midia8

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como as Redes Sociais estão transformando o Ambiente de Trabalho e o Mundo dos Negócios

No início de novembro eu fui para Florianópolis para participar do evento Social Good Brasil. Lá eu fiz uma apresentação chamada "Como as Redes Sociais estão transformando o Ambiente de Trabalho e o Mundo dos Negócios".

Na mesma noite eu participei de um painel de debate com Simon Mainwaring, que é um reconhecido especialista em branding e mídias sociais dos EUA, e também autor do livro “We First”.

Em pouco mais de 30 minutos compartilhei a minha visão a respeito dos impactos e transformações que a implementação e uso das mídias sociais têm causado nas empresas. A minha apresentação foi filmada e compartilho aqui a versão integral. O primeiro vídeo é de minha palestra, seguinda do material em powerpoint. Por fim, se tiver tempo, veja também o vídeo do painel de debate.







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sábado, 1 de dezembro de 2012

Big Data para Dummies

Katia Vaskys, Diretora de Smarter Analytics da IBM Brasil, dá uma entrevista para o Olhar Digital e desmistifica BIG DATA. Afinal o que é isso? Ela explica de maneira simples o que isso significa e os impactos para as empresas.

O tema é relevante pela íntima conexão que ele tem com o marketing e a comunicação das empresas. Sempre brinco que os profissionais de sucesso em marketing serão aqueles que abraçarão matemática e estatística, pois cada vez mais eles dependerão da capacidade de análise e manipulação de grande massa de dados e informações. Nunca o marketing teve tanta informação disponível para tomada de decisão, mas o desafio é como coletar, manipular e analisar tal massa de dados. As redes sociais colocaram mais molho nessa salada pois são fontes preciosas de informação a respeito dos consumidores e cliente.

No vídeo Katia comenta a respeito do novo profissional chamado "cientista de dados" que está surgindo no ambiente corporativo e também fala sobre interação cognitiva.

A entrevista é de 20 minutos, mas se não tiver tempo não deixe de ver os primeiros 5 minutos.



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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O executivo quer um blog? Convide-o para uma degustação

Certa vez, num encontro inesperado no aeroporto, eu me deparei com um colega que eu não via há muito tempo. Fiquei feliz ao saber que ele acessava o meu blog de vez em quando para conhecer minhas histórias. Perguntei qual era o interesse e ele me surpreendeu ao dizer que estava pensando em ter um blog próprio.

Como executivo de empresa, ele enxergava naquilo uma forma de se aproximar dos funcionários e se tornar um executivo mais de vanguarda. Daí fiz a pergunta que sempre faço: "qual é a sua experiência anterior com mídias sociais?" A resposta veio rápida e certeira: "nenhuma". Na verdade ele tinha uma conta pouca acessada no LinkedIn. Coloquei a mão em cima de seu ombro, resgatando a velha intimidade de antigamente e falei: "por que você não abre uma conta no Twitter e no Facebook antes de tentar um blog? Brinca com isso e veja se gosta". Ele riu, mas entendeu o recado.

Passaram meses antes de encontrá-lo novamente no aeroporto, de forma casual mais uma vez, na fila do café. Ele me falou que tinha aberto uma conta no Twitter e outra conta no Facebook. Disse que não curtiu o Twitter e raramente acessava o programa. Afirmou que teve grande dificuldade para pensar no que postar e mais ainda em definir um propósito para gastar tempo em escrever num lugar onde ninguém poderia ter interesse. Já o Facebook ele gostou porque conseguiu acompanhar os filhos e alguns parentes que já se aventuravam por ali, mas me confidenciou que raramente escrevia posts, dava alguns "curtir" e que somente acessava tal rede social em momentos de total falta do que fazer. Ou seja, não existia nele a vontade e a necessidade de se conectar ao longo do dia. Por fim a pergunta fatal: "e o blog?" A resposta veio nua e crua: "Desisti. Descobri que não gosto disso, não vou dar atenção e dar prioridade. É melhor esperar um pouco mais".

Casos como esse não são raros. Conheço vários colegas de marketing e comunicação que passam pela mesma experiência. Infelizmente alguns colegas, por ansiedade e pressão, tentam forçar executivos a constituírem blogs e outras iniciativas de mídias sociais sem a devida fase de experimentação, tão necessária para assimilação e aprendizado.

Se você é profissional de marketing e comunicação, e o seu executivo chegar com esse papo de fazer um blog porque acha que é legal, convide-o antes para uma fase de degustação. Peça para ele escolher uma ou duas mídias e brincar: pode ser LinkedIn, Facebook, Twitter, Instagram ou Pinterest. Qualquer um serve. Não tem como criar relevância nas mídias sociais sem antes passar pela fase inicial de presença e experimentação. Ele precisa sentir na pele que as mídias sociais exigem planejamento, dedicação, propósito, vontade e perseverança. Oferecer esse período de experimentação permitirá que ele desista no meio do caminho se sentir que "isso não é para ele".

Enfim, não deixe o seu executivo tratar as mídias sociais como uma simples aventura.

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

O bom mocismo eliminou os rebeldes dentro das organizações

Por que as empresas hoje não estão inovando ou tendo ousadia? Porque o bom mocismo dentro das organizações eliminou os rebeldes. A afirmação não é minha, é de Walter Longo, que fez uma brilhante palestra na HSM recentemente. Eu assisti e anotei tudo. Aliás, o título desse post é dele também, foi ele que repetiu várias vezes que o bom mocismo eliminou os rebeldes dentro das empresas e que está faltando coragem hoje em dia nas empresas.

Eles diz que a maioria das empresas alega falta de recursos e processos para a escassez de inovação, mas a real razão é que as organizações estão expulsando os rebeldes de suas estruturas devido à política do "bom mocinho", do trabalho em equipe, da inteligência emocional e coisas desse tipo. As organizações estão tirando as pessoas que pensam diferente, que incomodam, que questionam e que falam muito “por que”. Está faltando espaço para a rebeldia, para os questionadores e para o pensar diferente.

"Ihhh, lá vem de novo ele. Lá vem o chato. O cara não concorda com nada. Lá vem ele questionar de novo a mesma coisa".

A obsessão das empresas em formarem grupos de visão homogênea e espírito de equipe acabam tirando o espaço para aquele cara que é “do contra” e que faz muitas perguntas. Ele logo se torna um intruso. As empresas hoje se preocupam mais em ter respostas do que perguntas, e isso tira o espaço para o questionamento, a transgressão e a ousadia. 

Walter falou algo engraçado: "Uma organização só de acomodados quebra em 3 anos. Uma organização só de rebeldes quebra em 3 meses. É fundamental que uma empresa seja resultado da mescla de acomodados e rebeldes". Ele disse que "estamos convivendo com uma geração de acomodados que estão se dando muito bem nas organizações. Os táticos assumiram o poder com uma excessiva visão de curto prazo. São lideranças que pensam igual, que não gostam de incomodar". Perdemos muito da intuição e dos sonhos dos visionários e idealistas de antigas empresas. O mundo hoje exige a volta não somente de profissionais para as organizações, mas também de amadores, pessoas que amam aquilo que fazem, pessoas que lutam por uma ideia, que incomodam e não desistem facilmente. "Ninguém questiona mais nada. E quando questiona logo surge alguém para falar que aquele sujeito está incomodando e não está adequado à cultura da empresa". 

Empresas acham importante disseminar cultura. E é mesmo, porém não é só isso. Elas têm que nutrir a diversidade, mas não é a diversidade somente de gênero e inclusão de minorias. Estou falando de pluralidade de opiniões, pensamentos e visões. As empresas têm que nutrir os rebeldes. "Se a empresa não tem capacidade de nutrir rebeldes, então ela não tem um futuro assegurado numa era onde a imaginação não tem mais limite".


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domingo, 11 de novembro de 2012

As empresas estão em busca de novos profissionais de marketing e comunicação


Não é novidade que o mundo está em constante transformação no aspecto tecnológico. O Brasil, com o crescimento da economia, o aumento de investimentos internacionais e o acesso da nova classe média às diferentes tecnologias, vem se destacando nesse cenário. Diversas situações estão mudando, como o relacionamento entre as pessoas; a globalização dentro das corporações e entre elas; a interação das empresas com os consumidores; e o tempo de resposta, que se torna cada vez mais um diferencial de sucesso para as companhias.
   
Hoje as pessoas podem ficar conectadas em qualquer lugar, 24 horas por dia. A internet móvel e a um preço acessível nos colocou em um patamar de comunicação bem diferente da década de 90, quando a conectividade com o mundo ainda estava engatinhando. E o uso massivo das mídias sociais criou uma rede gigantesca e poderosa de informação e interação social e profissional.

No ambiente corporativo, esse novo cenário está mudando não apenas a relação entre os funcionários, a empresa e seus clientes, como os próprios departamentos internos. Uma área que vem se transformando é a de marketing e comunicação.

Para ser um profissional de comunicação e marketing é preciso ser proativo, comunicativo, criativo, saber fazer eventos e muitas outras questões já conhecidas. Mas hoje as companhias precisam mais do que isso e, dessa forma, estamos vendo emergir um novo perfil do profissional na área. 

Hoje, o profissional de marketing e comunicação está envolvido com tudo que acontece na companhia onde trabalha. Ele precisa saber navegar dentro da empresa, estabelecer parcerias e desenvolver bons relacionamentos. Acabou a era do profissional isolado e trabalhando sozinho. Ter espírito conciliador, ser capaz de influenciar e engajar parceiros passa a ser condição de sucesso. Por outro lado, a empresa continua esperando que marketing e comunicação seja ousado e transgressor, que leve a empresa para um outro patamar de imagem e relacionamento com o mercado, portanto inovação e criatividade continuam sendo alicerces para esse profissional, que tem que gostar muito de experimentação, novas tecnologias e ser um condutor da introdução desse “novo” na empresa. Estamos falando de um novo profissional multimídia. Não basta apenas escrever bem, tem que saber produzir fotos, elaborar e editar bons vídeos e participar intensamente das redes sociais. Procura-se um profissional multi-tarefa.

As empresas estão cada vez mais em constantes transformações, trabalhos e projetos estão mais complexos, exigindo a capacidade de saber lidar com pressão e mudança contínua, trabalhar com equipes multi-disciplinares, em prazos apertados e desafiantes. Capacidade de liderar, integrar equipes e gerenciar projetos, bem como ter visão holística devem fazer parte do menu de competências.

A comunicação não está mais restrita somente ao departamento de comunicação corporativa. As paredes caíram. Comunicação externa e comunicação interna precisam trabalhar juntas e alinhadas. Hoje em dia, todos os funcionários são propagadores da marca da empresa, ou melhor, porta-vozes. Por isso, é essencial capacitá-los e torná-los agentes ativos nos programas de marketing e comunicação da empresa.

A enorme explosão de dados existente dentro das empresas permitirá o conhecimento e o melhor relacionamento com seus clientes. Plataformas computacionais sofisticadas possibilitarão que marketing e comunicação trabalhem com grandes massas de dados, sendo capazes de filtrar, analisar, gerar conhecimento, ajudar a empresa a tomar melhores decisões e obter um retorno de investimento de seus programas de forma mais assertiva e eficaz. Matemática e estatística passam a ser disciplinas importantes para o novo profissional, o que parece ser uma ironia para todos aqueles que optaram pela área para fugir dos números e fórmulas. Eu sempre brinco dizendo que estamos diante de uma nova disciplina chamada "matemarketing". Quem quiser se destacar nesse mercado, tem que substituir a aversão aos números pela vontade e determinação em aproveitar as oportunidades que já estão aí.

Enfim, não espere que as empresas e as escolas desenvolvam esse novo profissional. Elas não sabem disso... ainda. Essa missão é pessoal e individual, está dentro de cada um. Se você é profissional de marketing e comunicação, faça disso o seu mantra e prepare-se para uma carreira de sucesso.

Artigo publicado no jornal Estado de São Paulo em 21/10/2012 e no blog da CRN 

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domingo, 4 de novembro de 2012

Você é o que você publica

O texto abaixo é o original enviado para publicação na revista Itaú Unibanco edição 36, de julho de 2012. Por motivos de espaço o texto foi editado e reduzido na publicação impressa, mas aqui ele vai inteirinho.

Você já experimentou digitar o seu nome na barra do Google? O que aparece? As empresas fazem isso também. A discussão a respeito da implementação e do uso de mídias sociais nas estratégias de marketing e comunicação das empresas se tornou prioridade. Todas discutem como as mídias sociais podem ser suas aliadas para os negócios, melhorar o relacionamento com os clientes e o engajamento dos funcionários. Essa discussão é importante, oportuna e quase sempre carrega riscos inerentes a qualquer rede social, como reputação da marca, vazamento de informações e produtividade. Por outro lado, eu raramente vejo a discussão ocorrendo pelo lado do indivíduo. Estou falando de você, indivíduo multifacetado, que é ao mesmo tempo funcionário, cliente, consumidor e cidadão. Não é comum vermos provocações nas pessoas para que elas reflitam no que procuram e realmente desejam com suas presenças nas mídias sociais.

Como fazer das mídias sociais aliadas da sua vida profissional? Cada um de nós deveria estabelecer uma estratégia pessoal para a internet. Sempre brinco dizendo que um dia os currículos desaparecerão e serão substituídos pelos seus registros e rastros na web. Você será conhecido e reconhecido pelo que publica e expõe nas redes sociais, nada mais. Isso parece utópico? Talvez, mas não estamos distantes disso. Facebook, YouTube, Twitter, Google +, Orkut, blogs e muitas outras mídias sociais formam um arcabouço riquíssimo que registra tudo que você escreve, opina, publica, fotografa e filma. Que conhecer melhor uma pessoa? Combine os registros que ela deixa nas redes sociais e terá um belo retrato de como ela pensa, no que acredita, o que valoriza e de suas capacidades. No que você acreditaria mais? No currículo feito pela própria pessoa ou no conjunto de insights providos pelo que a pessoa expõe e publica espontaneamente? Portanto, pense muito bem no que faz nas redes sociais. Você é o que você publica.

A internet vem provocando radicais mudanças na forma como vivemos, nos relacionamos, trabalhamos, compramos, consumimos e tomamos decisões. E a chegada das mídias sociais acelerou tais transformações. Falamos num novo conceito de escala, aumentamos o numero de interações e de amigos em nossa cadeia de relacionamentos. A velocidade também mudou, é tudo ao mesmo tempo e agora, na velocidade da luz. Podemos conversar com amigos e interagir em qualquer lugar e a qualquer hora por meio de nossos dispositivos moveis, sejam eles smartphones, tablets, notebooks ou qualquer outra geringonça conectada à internet. Tudo isso é muito positivo, pois estamos falando de inclusão, engajamento e consciência. Não existem dúvidas de que a sociedade está muito mais antenada e consciente do que ocorre em suas vidas e de suas decisões.

A tecnologia abriu caminho e criou novas possibilidades, no centro de tudo está um novo ser humano, mais poderoso, autônomo e influente. Por outro lado, no mundo das redes sociais, cada um de nós está num telhado de vidro. Estamos mais expostos, disponíveis e acessíveis. Estar nas redes sociais, quase sempre, é abrir o seu livro da vida e colocá-lo em cima da mesa, numa biblioteca pública, onde qualquer um pode ler, folhear, copiar e distribuir por aí. Ao mesmo tempo em que as redes sociais trazem benefícios, elas também trazem riscos que são facilmente controláveis, mas eles existem e não devem ser negligenciados.

Interagir de forma instantânea faz com que tenhamos menos tempo para pensar, costumamos agir mais emocionalmente do que racionalmente, às vezes comentamos ou replicamos coisas que nos arrependemos mais tarde, e aí surge uma das mazelas da internet: tudo que você publica estará lá para sempre. Raramente algo pode ser apagado. Portanto comentários e publicações na web são como cicatrizes.

As mídias sociais mudaram o conceito de privacidade. E não é possível falar no assunto sem falar na geração Y. Tal geração é a mais formidável da história da sociedade. São jovens com a cabeça aberta, mais informados com o que acontece no mundo, mais flexíveis e curiosos, parecem se divertir sempre e estão muito mais preocupados com o meio ambiente e a sustentabilidade. É uma geração mais investigativa, que não aceita as coisas porque "são assim". É uma geração que cultua a colaboração e o relacionamento, que valoriza a velocidade, pois o mundo está aí "para ser curtido". São capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Adoram tecnologia porque ela aproxima pessoas e quebra barreiras. Enfim, os jovens estão balançando valores antigos da sociedade, como a questão da privacidade.

O conceito de privacidade dos jovens é completamente diferente das gerações anteriores. Eles revelam informações pessoais no intuito de se manterem conectados com o mundo nos mais variados aspectos, sejam eles sociais, econômicos ou profissionais. Mesmo quando adultos e com mais responsabilidades, a geração Y segue compartilhando informações privadas com frequência. Ter consciência dos riscos desse obstinado comportamento é muito importante.

Para todos os efeitos, num mundo onde todos escrevem sobre todos, todos os funcionários são porta-vozes da empresa. E isso realmente acontece, independentemente se o funcionário fala ao telefone, escreve um email, conversa no churrasco do final de semana ou comenta numa rede social. Em todos esses momentos, ao fazer qualquer comentário sobre a empresa, a pessoa está sendo um porta-voz. Portanto, representar bem a empresa em todos esses momentos deve fazer parte do comportamento do indivíduo. No mundo hiper conectado em que vivemos não existem mais limites entre o pessoal e o profissional, está tudo misturado. Portanto, ser transparente com consciência e seriedade é importante. Não esqueça: você é o que fala e publica.

Dicas de uso das Mídias Sociais:

- Seja autêntico. Alguns blogueiros participam anonimamente, usando pseudônimos. As empresas desencorajam tal comportamento em blogs, wikis e outras formas de participação online, quando relacionado a assuntos corporativos. Portanto, use o seu nome verdadeiro. Escreva na primeira pessoa. Informe que trabalha para determinada empresa, mas não esqueça de deixar claro que está escrevendo por você mesmo e não pela empresa.

- Nas redes sociais, a diferença entre o que é público e privado, pessoal e profissional, é muito tênue. O simples fato de você se identificar como funcionário de determinada empresa gera percepções sobre seus conhecimentos e sobre a empresa para seus acionistas, clientes e público em geral, e percepções sobre você por parte de seus colegas e gerentes. Portanto, se preocupe em gerar orgulho e valor para sua empresa. Certifique-se de que todo o conteúdo associado a você seja consistente com seu trabalho e com os valores e padrões profissionais da empresa onde trabalha.

- Escreva sobre o que você realmente conhece. Fale sobre temas de suas áreas de conhecimento. Se estiver escrevendo sobre um tópico no qual a sua empresa esteja envolvida, mas não for um especialista no assunto, é importante deixar isso claro para os leitores.

- O que você escreve é de sua total responsabilidade. Portanto use o bom senso. Seja criterioso. Não conte segredos e entenda a política de confidencialidade de sua empresa. Saiba balancear a transparência com critério.

- Se você cometer um erro admita-o. Seja rápido na correção. Não entre em discussões por conta disso. Ao postar num blog, você pode modificar um post anterior, desde que deixe claro que você fez isso.

- Se pensar em publicar algo que o deixe minimamente inseguro, pondere muito antes de pressionar "enviar".


Mais do que ter consciência no uso das mídias sociais, o importante é você ter uma estratégia individual na sua presença na internet. Existem 4 dimensões de comportamento no uso de tais mídias:

- ESTAR PRESENTE: Para estar presente, basta ter uma conta em uma ou mais redes sociais e observar.

- EXPERIMENTAR: Ser curioso, estabelecer conexões e entender a dinâmica das redes, ou seja, ter participação ativa em uma grande rede social, por exemplo: Facebook, LinkedIn e Google+.

- SER RELEVANTE: Compartilhar suas ideias e propagar conhecimento. Plataformas sociais como Twitter e blogs são ótimos para isso.

- SER EMINENTE: Produzir conteúdo exclusivo, aprofundar e compartilhamento conhecimento através de conexões fortes e duradouras. Isso pode ser feito através de qualquer rede social.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mídias sociais são fundamentais para o Branding? - Debate no iMasters InterCon


Acompanhei um painel no iMasters InterCon chamado "Branding", cujo objetivo era discutir o uso de mídias sociais para fortalecimento do branding. Num determinado momento, surgiu a pergunta: "As mídias sociais são fundamentais para o branding?"

Os participantes do painel debateram o tema, mas destaco a resposta de Marcos Hiller da ESPM: "Mídias sociais são apenas mais um ponto de contato, tão importante quanto o 0800, o balcão da loja e os outros pontos de contato da empresa com o cliente. O desafio é como harmonizar todos esses pontos de contato, incluindo mídias sociais, com o mesmo tom e com a mesma linguagem. Imagine um banco. Como fazer o gerente da agência do interior do Estado saber o que está sendo postado pelo banco no Twitter? E se um cliente aparecer no banco e comentar sobre aquele específico Twitter? Esse é o desafio!".  Ou seja, Marcos falava do desafio do engajamento da força de trabalho e do alinhamento de mídias sociais com todos os meios de relacionamento da empresa com os clientes. O debate continuou, mas aquilo ficou na minha cabeça.

Penso que branding é verdadeiramente dependente da experiência do cliente. É muito mais do que apenas a experiência dele (cliente) com os meios de relacionamento e a propaganda. A propaganda ajuda, com certeza, mas a verdadeira percepção de marca vem da experiência do cliente ao usar o produto ou serviço, ao receber a fatura, ao falar dos amigos sobre aquela marca e receber resposta, ao precisar de suporte no call center, etc. Entram aí também os canais de atendimento ao cliente, as comunicações que ele recebe da empresa (sejam diretas em casa ou aquela vista na TV), etc. Portanto, nesse contexto, obviamente, as mídias sociais também fazem parte dessa chamada "experiência do cliente".

Segundo estudo realizado pelo Yankee Group e publicado em julho de 2010, 70% dos clientes querem acessar as empresas via mídias sociais. Pesquisas mostram que o boca-a-boca virtual é intenso. As pessoas cada vez mais compartilham fotos, vídeos e opiniões sobre produtos e serviços. Pesquisa da Nielsen realizada em 2012 aponta que 92% das pessoas acreditam nas recomendações de outras pessoas a respeito de produtos e serviços... e apenas 47% acreditam em anúncios na TV, revistas e cartazes. Portanto, as mídias sociais são a bola da vez. Apesar disso, elas não podem ser encaradas como "a jóia da coroa" ou "elas vão resolver tudo e mudar o branding", que são coisas que temos ouvido falar por aí.

No debate do #InterCon2012 surgiu um comentário de que as empresas estão valorizando excessivamente as mídias sociais para o uso em marketing. Alguns painelistas citaram que nesse contexto um comentário negativo de um cliente (a respeito de um produto e serviço) no Twitter ou no Facebook muitas vezes vira uma crise dentro da empresa. Ou seja, algumas empresas super valorizam uma postagem negativa do cliente que acaba colocando programas de marketing e relacionamento sob questionamento. Alguém disse: "O que é 1 cliente no meio de milhares de outros"?  Acho o tema polêmico, mas entendo o ponto de vista deles.

A outra discussão interessante, bem comentado pelo Fernando Moulin da Cyrela, foi: "Quanto vale um Like no Facebook para as empresas? Qual é o valor que um Like gera para a marca?" A conclusão da discussão é que os '"Likes" por si só não valem nada. O importante é encontrar seguidores de valor. Mas essa é uma discussão para um post futuro, quem sabe?

Por fim, o melhor do evento foi encontrar a Marcia Ceschini. Minha colega parceira do mundo da blogosfera desde 2008. Na época ele tinha o "Orasblog", mas agora lidera o "Papos na Rede". É sempre interessante encontrar pessoalmente blogueiros com quem a gente se relaciona somente na vida virtual, ainda mais por vários anos. Dá vontade de dizer: "mas você existe mesmo..." Fica aqui a foto desse encontro especial... presencial! :)



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terça-feira, 23 de outubro de 2012

As mídias sociais diminuem as nossas habilidades sociais, afirma Daniel Goleman


Li uma entrevista muito interessante de Daniel Goleman na revista Eu& do Valor, edição de 11/10/2012.  Goleman é autor do livro "O Cérebro e a Inteligência emocional: Novas Perspectivas".

Em determinado momento ele diz: "Nunca antes na história humana tantos jovens passaram tantas horas olhando fixamente para uma tela, em vez de jogando ou brincando. A preocupação é que isso vai diminuir suas habilidades sociais à medida que o tempo passar".

Isso é paradoxal. Nunca os jovens desenvolveram tantos relacionamentos com tantas pessoas como hoje, muitos deles por trás das telas, sejam grandes (computadores) ou pequenas (smartphones). Podemos especular que os relacionamentos não são puramente genuínos, se considerarmos que numa rede social digital, muitas vezes, nós não somos realmente quem somos e sim personagens, aqueles que gostaríamos ser. O fato é que nosso comportamento na internet quase sempre é diferente daquele que temos no "face-to-face".

Segundo Goleman: "nós temos que esperar uma década para entender os custos humanos - se houver - dessa mudança em grande escala".

Por trás disso está um conceito chamado "inteligência emocional".  Na minha adolescência se falava muito em QI - Quociente de Inteligência. Claramente conectávamos um alto QI a uma maior probabilidade de sucesso profissional. Segundo Goleman, o QE - Quociente Emocional - importa mais do que o QI, apesar dos dois serem muito importantes.

A inteligência emocional vai determinar a capacidade da pessoa em lidar com chefes e liderados, enfrentar tarefas complexas, suportar pressão, moldar emoções e desenvolver boas interações sociais com outras pessoas. Num mundo onde as empresas clamam por trabalhadores mais engajados, colaborativos, flexíveis e conectados, o QE parece ser ainda mais importante. Por outro lado, procuram-se chefes mais inspiradores, participativos e generosos em termos de compartilhamento de conhecimento e tomadas de decisão. Isso tudo faz o QE ser a bola da vez.

Lembro que fui treinado para ler e estudar muito, com o claro objetivo de desenvolver conhecimento para ter uma carreira de sucesso. Isso já não basta, as dinâmicas do mundo atual não aceitam mais trabalhadores espetaculares que não demonstrem fortes características sociais e emocionais. Os novos jovens trabalhadores, com esse especial comportamento "atrás da tela" citado por Goleman, colocam um boa pitada de pimenta em tudo isso. Enfim, reflexões de um mundo novo!


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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Os riscos de se associar uma marca a uma pessoa - caso Lance Armstrong

Eu já escrevi nesse blog a respeito dos riscos de se associar uma marca a uma pessoa, mas especificamente sobre os casos de Tiger Woods e Michael Phelps. Foram dois casos emblemáticos. Também escrevi sobre uma experiência pessoal minha, onde sofri muito mas no final tudo deu certo. Agora aparece um novo caso e nesse post eu pretendo apenas descrevê-lo. Tudo que falei nos posts anteriores vale para esse caso também.  

Lance Armstrong era um ícone do esporte, considerado o maior ciclista de todos os tempos. Em 1996 foi diagnosticado com câncer no testículo. Durante anos lutou contra a doença e conseguiu surpreendentemente voltar às corridas. Em 1997 criou a Fundação Lance Armstrong, conhecida como Livestrong, para auxiliar pacientes com câncer. A Fundação já arrecadou mais de US$ 500 milhões desde sua fundação. Em paralelo, de 1999 a 2005, ele venceu por 7 vezes a Volta da França.

Em determinado momento de sua carreira ele foi acusado de usar doping e iniciou-se um longo processo de investigação. Isso arranhou muito fortemente a sua imagem de atleta exemplar, mas ele sempre se defendeu de forma veemente das acusações.

Na semana passada, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (chamada "Usada") divulgou um dossiê final detalhando acusações de uso generalizado de substâncias proibidas por Armstrong e suas equipes para melhorar o desempenho nas competições. A notícia chegou na mídia como o "mais sofisticado programa de doping que o esporte já viu".

Tal como Woods e Phelps, Armstrong sempre foi patrocinado por marcas poderosas. O seu vínculo com algumas delas era muito forte, como a reconhecida fabricante de bikes Trek.

Em apenas dois dias, várias empresas anunciaram o cancelamento de patrocínio à Armstrong. Tais empresas emitiram comunicados abordando o caso de formas diversas, mas todas se referenciaram aos documentos publicados pela Associação Antidoping dos Estados Unidos. Veja a matéria do Terra onde você encontrará mais detalhes.

Ontem, a Nike publicou um comunicado duro dizendo que Armstrong enganou a Nike por mais de uma década, tal anúncio veio apenas 6 dias depois da marca ter anunciado que continuaria patrocinando o ex-ciclista.  Logo em seguida, a fabricante de cervejas InBev divulgou que não vai renovar o contrato com ele, que se encerra no fim de 2012 (o ex-atleta era porta-voz para a marca de cerveja Michelob Ultra). A Oakley, famosa fabricante americana de óculos esportivos e óculos de sol, também acaba de anunciar o fim do patrocínio ao Armstrong. Hoje foi a vez da famosa fabricante de bikes e acessórios Trek fazer o mesmo anúncio. Algumas dessas empresas ainda deverão continuar apoiando a Fundação Livestrong de alguma forma.

Por fim, para coroar todo o inferno astral, Armstrong recentemente anunciou que deixa a presidência da Fundação Livestrong para tratar de contornar os danos causados pelo escândalo de doping.

Enfim, trata-se de mais um caso recente que mostra que as empresas de marcas fortes têm que avaliar muito bem se vale a pena associar a sua marca a uma personalidade. Por mais "segura" que ela seja, sempre existe um risco. Os exemplos de Tiger Woods, Michael Phelps e Lance Arsmtrong mostram que o improvável está sempre a espreita.




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domingo, 14 de outubro de 2012

O Aluno do Futuro já nasceu, mas o Professor...


"O Aluno do Futuro já nasceu, mas o Professor ainda não"

A frase acima foi dita por Otavio Marques de Azevedo, Presidente da AG Telecom, num painel da Futurecom ocorrida na semana passada chamado "Educação e Tecnologia: como as Comunicações podem ajuda o desenvolvimento da sociedade". Apesar do tema amplo, os debatedores gastaram um tempo precioso falando sobre a transformação da sala de aula e dos novos papéis de alunos e professores. Adorei o devaneio e o exercício livre que eles fizeram. Eis abaixo o que registrei, misturado com o que acredito.

Ao analisarmos o ambiente atual da sala de aula, parece que a única mudança que aconteceu foi o aluno, que agora é um ser digital, conectado, praticando uma nova linguagem, estabelecendo novos valores e com novas expectativas. Por outro lado, o ambiente físico da sala de aula continua o mesmo: com cadeiras, lousa e uma mesa na frente. O professor parece também continuar o mesmo: dono do conhecimento, guia do saber, senhor legislador daquela atmosfera, falando muito e ouvindo pouco. Os alunos, na maioria das vezes, ficam calados e absorvem conteúdo. Os professores, apesar de poucos metros de distância física dos alunos, parecem estar distantes. Eles não entendem a nova linguagem dos alunos, que usam um vocabulário diferente, construído na internet e num mundo que não quer perder tempo. O modelo tradicional de sala de aula envelheceu, não é estimulante e nem divertido. Os alunos se arrastam para as salas porque são obrigados. Não é por acaso que o post mais acessado do meu blog (desde seu início!!) é aquele chamado "A sala de aula vista por um adolescente". Por outro lado, também já publicado em post passado, vários professores me disseram que não estão preparados para este mundo novo, não se sentem em condições de iniciar esta transformação e reclamam do comportamento e interesse dos alunos.

O papel do professor precisa mudar. Num futuro não muito distante os professores deixarão de ser guias do saber e passarão a ser facilitadores, mediadores e estimuladores do debate e da colaboração livre e espontânea. Eles reconhecerão que a decoreba não é importante, mas sim o raciocínio e a capacidade de resolver problemas. Professores e alunos aprenderão uns com os outros, de igual para igual. Acabará também a velha retórica que é na sala de aula que a gente aprende. Atualmente nós aprendemos em qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer dia, a web trouxe o mundo às nossas mãos. Compartilhamos conhecimento e falamos uns com outros sem limite de geografia ou horário. Está tudo misturado.  Portanto a sala de aula sairá das fronteiras das quatro paredes e permeará o dia a dia. O estudo e aprendizado será feito em casa, na rua, em qualquer cantinho. A escola do futuro será um local de experimentação e debate, onde o professor atuará como articulador. Enfim, a dinâmica da aula mudará radicalmente.

Fisicamente a sala de aula também mudará. Um dia teremos lousas eletrônicas, acesso livre e estimulado à internet, bem como tecnologias digitais sociais para compartilhamento de conteúdo que vão fazer as novas gerações rirem de como eram as provas que os professores aplicavam aos alunos no passado.

A escola não pode ser um local apenas para transmissão de conhecimento. Ali, professores e alunos, juntos, têm um estoque de conhecimento que, compartilhado, pode ser muito amplificado. É uma sinergia entre construção do conhecimento e formação social, onde não existe a fronteira do pessoal, do aluno e do professor. Todos são alunos e professores ao mesmo tempo. Parece caótico? Mas o mundo já é assim, só a escola ainda não descobriu e não sabe como se capitalizar desse novo mundo social, democrático e aberto que vivemos.

Durante o painel, Rodrigo Abreu, Presidente da Cisco, analisou o futuro da escola sob 4 dimensões de tecnologia. Gostei muito dessa abordagem que apresento abaixo de forma muuuuito resumida:  

TECNOLOGIAS VISUAIS - tais tecnologias, como por exemplo vídeo, ajudarão muito a aumentar a absorção de conteúdo. Para quem não sabe, atualmente 50% do que trafega na internet já é vídeo.

TECNOLOGIAS VIRTUAIS - tecnologias virtuais e digitais permitirão disseminar conhecimento sem necessidade da presença física de professores e alunos.

TECNOLOGIAS MÓVEIS - tecnologias móveis como celulares e tablets, proverão conveniência e mobilidade para professores e alunos.

TECNOLOGIAS SOCIAIS - redes sociais e novas ferramentas digitais permitirão maior integração entre professores, família e alunos. 

A questão da mudança da sala de aula não é meramente uma discussão de tecnologia ou da introdução de novas infraestruturas, como muitas vezes vemos na mídia, trata-se de uma discussão de gestão, de mudança do modelo de ensino e da capacitação dos professores. A tecnologia vai ajudar nisso tudo, mas ela sozinha não fará a transformação que almejamos.

O maior desafio parece ser a capacitação dos professores. Como criar uma nova geração de mestres? Essa resposta eu vou ficar devendo. 

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

50% das pessoas usam Twitter enquanto assistem TV

Semana passada participei do MIXX, em New York, promovido pela IAB, um dos principais eventos de marketing e comunicação digital do mercado norte-americano. Como todo evento desse tipo que se preza, esse também serviu para abrir a cabeça e capturar algumas novidades.

Se você deseja saber o que rolou no evento, consulte os 3 bons posts de Marcelo Tripoli que ele fez para o Meio & Mensagem:
Tecnologia e criatividade no Mixx 2012 
Mixx: como escapar da armadilha do clique
Mixx 2012: Realidade vs. Anonimato

Se deseja ver vídeos e uns comentários mais ácidos, vai no blog Marketing Wow que é sempre interessante e divertido.

Quero destacar as mensagens de dois palestrantes.

Tom Buday, Marketing and Consumer Communication da Nestlé, fez sua apresentação dentro do slot do apresentador do Facebook que mais uma vez apareceu para nos convencer que anunciar no Facebook é uma boa. Enfim, o que valeu mesmo foi quando Tom Buday repetiu diversas vezes que as marcas somente sobreviverão se entregarem valor e relevância para seus clientes e consumidores. Parece meio óbvio, mas não é. Isso aparece em todos os livros modernos de marketing, mas a prática é bem diferente. Estamos todos ainda aprendendo. Me surpreendeu ouvir tal mensagem do CMO da Nestlé que é uma empresa voltada para a massa, com produtos como biscoitos e iogurtes. Como gerar valor num biscoito Passatempo?  Tom compartilhou alguns exemplos mostrando que isso é possível.

Joel Lunenfeld, VP of Global Brand Strategy do Twitter, afirmou que 9 entre 10 usuários seguem pelo menos uma marca no Twitter. Apesar da maioria afirmar que está a procura de promoções, 87% dizem que seguem marcas por diversão e 80% em busca de conteúdo exclusivo. Essa parece ser uma boa notícia para as marcas. Achei muito interessante quando ele afirmou que 50% das pessoas usam Twitter ao mesmo tempo que assistem TV (apesar de eu duvidar disso), e que por isso as marcas deveriam desenvolver posts no Twitter conectados com os comerciais na TV. Ele citou um caso muito interessante da Audi, onde uma fã da marca postou no Twitter uma mensagem com a hashtag #IWantAnR8. A Audi não somente captou a mensagem, como chamou a fã para dirigir um R8 e transformou essa experiência num comercial de TV. Foi uma tacada ousada, de oportunidade e mostrando um conexão forte entre TV e Twitter. Veja abaixo o comercial.


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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...

1
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
o mesmo que desligar os telefones da empresa, que restringir o envio e recebimento de emails, que limitar o desenvolvimento de relacionamentos externos que podem ajudar a empresa a crescer em seus negócios e reputação. Ou seja, é o mesmo que falar: "vocês estão proibidos de falarem uns com os outros", imaginando ser isso possível

2
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
negligenciar o poder de influência que seus funcionários têm na sociedade, de representar a empresa para o mercado, de ocupar o espaço que hoje os seus concorrentes estão ocupando nas redes.

3
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
perder uma enorme e única oportunidade de geração e compartilhamento de conhecimento. Ou você pensa que o seu colega de trabalho não tem uma boa história para contar?

4

Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
deixar de usar o canal mais poderoso para recrutamento e seleção de pessoal. As empresas mais inteligentes já descobriram que as mídias sociais são o meio mais eficaz, rápido e barato para descobrir e engajar talentos.

5
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
perder uma especial motivação para trazer e reter a nova geração Y em sua empresa, que tanto valoriza isso.

6
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
dispensar um excelente meio de aumentar o engajamento dos funcionários, melhorando o clima e quebrando barreiras geográficas e hierárquicas. Que empresa não gostaria de dizer que tem uma política de portas abertas?

7
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
ficar atrás dos concorrentes, porque certamente sempre existirá um competidor de sua empresa fazendo algo melhor e mais ousado que você.

8
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
não usar os canais que os clientes mais preferem para conversar com as empresas. Pesquisas mostram que 70% dos clientes gostariam de interagir com as empresas via mídias sociais.

9
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
perder um canal de comunicação direto com o mercado, clientes e admiradores da marca. Empresas que optam por isso ainda têm sua comunicação externa baseada e dependente do velho tripé: página corporativa na web, relações com a imprensa e relações com analistas de mercado.

10
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
uma mera questão de tempo. As empresas também relutaram em liberar o uso do telefone pelos funcionários (teve uma época que as empresas colocavam cadeados nos telefones), o uso do email (no início somente os executivos tinham direito a tal luxo) e o acesso à internet (as empresas diziam que os funcionários não teriam maturidade para acessar a internet e que isso geraria perda de produtividade).

11
Proibir os funcionários de participarem das mídias sociais é...
Ilusão, pois eles já estão nas mídias sociais através de seus smartphones ou tablets.


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domingo, 23 de setembro de 2012

Existe Diversidade nas Redes Sociais?

Obrigado ao Reinaldo Bulgarelli. Esse post foi inspirado em sua brilhante apresentação no mês passado.

Somos 7 bilhões de pessoas no mundo.
Você vai no supermercado, na sessão de higiene, pega o produto e lê: "shampoo para cabelos normais". O que é cabelo normal? Liso? Enrolado? Escuro? Claro? Pichaim?
Anda mais alguns metros e lê: "bandaid cor da pele". Mas qual é a cor certa da pele?

Enfim, vou começar de novo...

Somos 7 bilhões de pessoas no mundo. Todas diferentes, todas certas e todas "normais".

No censo recente do IBGE, 51% dos brasileiros se colocaram como negros... normais.

Há 40 anos ocorreu a entrada das mulheres de forma massiva no mercado de trabalho. No entanto, hoje, 90% das empresas brasileiras ainda são dirigidas por homens.

Como uma empresa que vende para determinada classe social pode não ter funcionários dessa classe trabalhando dentro da empresa? Para quem você está vendendo? Com que você está falando? Como vender para a classe emergente se ninguém de sua empresa é dessa classe ou viaja de ônibus?

Imagine uma empresa. O que é ser normal dentro de uma empresa?

Estamos falando de diversidade.

As redes sociais, por teoria, formam o meio mais social, democrático e diverso que existe. Nelas você pode conversar com qualquer um, em qualquer tempo e de qualquer lugar. Mas tal qual o "shampoo de cabelos normais", nós temos nossos paradigmas e padrões. E, dessa forma, nossa rede de amigos nas redes sociais segue esse modelo mental de nos juntarmos a grupos homogêneos de pessoas, parecidas com a gente.

Infelizmente, os mecanismos existentes nas mídias sociais instituídos pelo Google e Facebook, por exemplo, aprendem o nosso comportamento na web e nos fazem, de maneira nem sempre explícita, a nos juntar e a nos relacionar com pessoas que têm pensamento, comportamento e conceitos parecidos com o que demonstramos na web. Ou seja, ironicamente, as redes sociais muitas vezes nos isolam, ou nos confinam com seres parecidos com a gente, em vez de prover mais diversidade e alternativas.

Pense nisso. Exerça diversidade nas redes sociais, procure se relacionar com pessoas que pensam diferente de você, que desafie seus conceitos e que permita você ter novas abordagens de conceitos já instituídos em sua mente. Leve esse comportamento para dentro da empresa. Seja mais do que embaixador dessa crença, exerça esse papel. Existem demandas que não são fáceis de se compreender e empreender em um grupo muito homogêneo. Por sinal, você tem cabelos normais?

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os executivos não veem valor nas redes sociais

Aqui vai uma pequena entrevista de 3 minutos que dei no intervalo do Digital Age onde apresentei o tema "Por que os CEOs têm que estar nas redes sociais".

A pergunta base foi: por que os executivos não estão nas redes sociais? A resposta é simples: eles não veem valor em tais redes. Mas logo logo isso vai mudar, assim que a nova geração começar a ocupar posições de liderança nas empresas. Aliás, isso já está acontecendo.





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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

5 passos para destruir a reputação de uma empresa nas redes sociais

Destruir a reputação de uma empresa através das redes sociais é simples. Basta seguir os passos abaixo:

1- Faça sua empresa entrar nas redes sociais sem nenhum planejamento ou estratégia;
2- Designe uma pessoa despreparada para cuidar de tais mídias;
3- Trate e ameace seu cliente como se ele fosse um ignorante sem razão;
4- Negligencie o poder de repercussão que as mídias digitais oferecem;
5- No momento do apuro, simplesmente finja que não é com você e delete os perfis das mídias.

O recente caso da Visou, divulgado em muitas mídias, contempla uma série de erros e equívocos por parte da empresa. Por ser tão bizarro parece até que é uma pegadinha. O passo seguinte da retratação pública também é estranho e impressiona pela ingenuidade dos atos. Como pode uma empresa ameaçar seus clientes?
Enfim, esse é mais um que entra na lista dos casos mais emblemáticos de mau uso das mídias sociais pelas empresas.

Texto publicado no blog da CRN

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Por que os CEOs têm que estar nas redes sociais

No Digital Age da semana passada eu apresentei o tema "Por que os CEOs têm que estar nas redes sociais". Recente pesquisa publicada pela CEO.com afirma que 70% dos CEOs das 500 Top Fortune não estão presentes nas redes sociais. Vale muito a pena estudar a pesquisa pois ela apresenta um retrato duro a respeito dos CEOs e redes sociais. Por outro lado, pesquisas realizadas pela IBM com os CEOs nos últimos anos mostram que eles estão profundamente preocupados em engajar funcionários, criar relacionamentos duradouros com os clientes e acelerar a colaboração interna e externa da empresa. Ou seja, eles querem enfatizar as relações sociais. É aí que aparece o que eu chamo de "paradoxo dos CEOs", eles reconhecem que precisam enfatizar as relacões sociais mas parecem não praticar isso. O caminho para desenrolar esse novelo é entender os motivos da não presença dos CEOs nas redes sociais. Existem poucas pesquisas que cobrem o tema, mas o pouco que existe já é bem esclarecedor.
Independentemente do cenário atual, o CEO do futuro será um ser socialmente engajado. Isso é inevitável. Porém a entrada dos CEOs nas redes sociais deve ser tratada como uma jornada longa e lenta. Redes sociais não podem ser tratadas como aventuras empresariais, isto é, planejamento, análise dos riscos e canja de galinha são ingredientes importantes.
CEOs devem começar pelo começo, ou seja, estar presente em uma ou outra rede social, olhar, aprender, experimentar e tentar começar a criar algum conteúdo pessoal e de valor. Tudo isso deve ser feito antes do executivo partir para um blog ou coisa parecida. Também recomendo fazer algo interno dentro da empresa antes de tentar algo externo, especialmente ligado a clientes. O CEO deve se permitir a experimentar, errar e aprender. E isso leva tempo.
Enfim, curta abaixo o material que apresentei no evento sobre essa "viagem dos CEOs". Acho que os slides darão uma bela ideia dos conceitos que apresentei.




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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Procura-se um novo profissional de comunicação e marketing

Os novos tempos das mídias sociais e do tempo real vêm exigindo um novo perfil de profissional de comunicação e marketing nas empresas. Veja aqui as novas competências e comportamento que se espera desse novo profissional.



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