quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Liderança: Um gap profundo entre jovens e executivos


Saiu a pesquisa "Empresa dos Sonhos dos Jovens 2013", realizada pela Cia de Talentos. Foram mais de 52 mil respostas nesta 12ª edição da pesquisa, o que evidencia um bom retrato da juventude do país.

O mais interessante da pesquisa de 2013, e que me chamou a atenção, foi entender detalhes de como os jovens veem a liderança. Esse é um tema crucial para o crescimento e desenvolvimento das empresas, afinal de contas essa tropa de jovens é que vai moldar as empresas nos próximos anos. Portanto nada como entender como funciona a cabeça dessa moçada. 

É interessante saber que 54% dos jovens entrevistados disseram que não admiram nenhum líder da atualidade. Os 46% que têm um líder em mente afirmaram que as principais características para o líder escolhido são, nesta ordem: empreendedorismo, inovação e características pessoais.

Os jovens valorizam líderes que estejam próximos de suas equipes, que conheçam bem cada profissional, que saibam delegar as atividades e que tratem seus subordinados respeitando as diferenças de cada um.

Em 2012, 70% dos jovens entrevistados disseram que tinham em mente uma empresa dos sonhos para trabalhar. Em 2013 esse número caiu para 60%. Por que será? Para eleger a empresa dos sonhos os principais atributos citados foram, nesta ordem: capacidade de desenvolvimento pessoal (46%), reputação da empresa (32%), senso de realização (27%), pacote de salário e benefícios (24%) e a possibilidade de inovar (23%).  Ou seja, a empresa dos sonhos está intimamente conectada ao conceito de LIDERANÇA

Ver essa pesquisa me remete a uma outra pesquisa publicada no Valor, neste mês, na matéria "Distância entre líder ideal e o encontrado em empresas é grande".  A consultoria de recursos humanos Hunter Consulting Group fez uma pesquisa com executivos de empresas e a conclusão é que existe uma longa distância entre o líder ideal e o perfil de liderança. Os principais gaps foram: falta foco no desenvolvimento de pessoas, falta mais disposição para assumir riscos e a incapacidade de inspirar os funcionários. A competência considerada mais importante pelos executivos foi desenvolvimento pessoal, com um índice de 88%. Surpreendentemente, quando avaliadas as habilidades mais encontradas nos líderes das empresas, a gestão de pessoas apareceu apenas em 31% dos casos. Ou seja, existe um imenso gap entre o ideal e o real.

A ironia maior é comparar as duas pesquisas. Uma feita com os jovens e outra feita com os executivos. Ambos apontam o desenvolvimento pessoal como o mais importante, no entanto os próprios líderes reconhecem que estão devendo nesta competência.

Enfim, veja o vídeo super bem feito pela Cia de Talentos com o resultados e os "findings" da pesquisa Empresa dos Sonhos 2013. Vale a pena.



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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desvendado o segredo do pior comercial do mundo

Foi desvendado o segredo do PIOR COMERCIAL DO MUNDO, que bombou nas redes sociais nas últimas semanas. Segundo o dono da marca, o custo do comercial foi de apenas 300 reais. O sucesso foi tão grande que as vendas subiram 60%. Isso é que é ROI !!!!  O cara é bão!!!  O mais curioso foi descobrir que eles queriam fazer um filme sério, de verdade!!!

Veja e curta a reportagem feita pelo R7. É o primeiro vídeo.

Se der saudades e uma vontade louca de ver o filme original, é só ir na segunda janela.





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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Derrapada nas redes socais: Cliente elogia pizza e empresa responde com pedido de desculpa

Não está claro como o fato a seguir aconteceu, se foi resultado de alguma mensagem automática ou se alguém escreveu e apertou a tecla, o fato é que uma cliente norte-americana da Domino's escreveu no facebook um post elogioso à empresa. Em português seria algo do tipo: “A melhor pizza de todos os tempos! Pan Pizza.  Continuem o bom trabalho, pessoal!” E ainda colocou uma carinha sorrindo.  A resposta da Domino's, traduzida para o português, foi a seguinte: “Desculpe por isso! Por favor compartilhe alguma informação adicional conosco no bit.ly/dpz_care  mencionando a referência #1409193 para que possamos resolver isso".

A impressão é que essa foi uma resposta automática de algum sistema que a Domino's deve ter para tratar as mensagens nas redes sociais.  Parece que tal sistema automático não está preparado para elogios, pois a resposta direciona para um site de atendimento ao cliente.

Obviamente, para a grande maioria das empresas, os comentários sobre as marcas tem cunho negativo ou de reclamação. As pessoas estão sempre mais dispostas a reclamar do que elogiar. Por isso as empresas procuram se preparar para tratar as insatisfações que os consumidores apresentam nas redes sociais. A grande questão é:  como tratar as questões quando a empresa têm centenas de milhares ou milhões de consumidores? Como tratar cada caso de forma individual? Como fazer isso de forma massiva?

Enfim, a gafe da Domino's pode ser justificada de várias formas, mas o mais importante é que tal fato sinaliza a dificuldade das empresas lidarem com este mundo novo.  No caso descrito, a empresa tentou contornar o erro publicando o seguinte post (traduzido para o português): "Não, nós pedimos desculpas pelo fato da Jeaneth ter demorado tanto tempo para degustar a melhor pizza de todos os tempos. Pense em todas as pizzas que ela comeu que não eram a melhor! É, é isso aí. Muito obrigado pelas gentis palavras, Jeaneth”.

A tentativa do remendo não foi feliz. Acho que, em vez de partir para uma desculpa sem sentido, a empresa poderia ter respondido reconhecendo o erro do post-resposta e agradecendo a consumidora pelo delicioso elogio. Isso seria mais genuíno e verdadeiro. As pessoas adoram empresas que reconhecem seus erros, especialmente este que foi um erro sem grande consequências.




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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Aniversário de 5 anos de blog

Quando criança eu escolhi o 5 como o meu número da sorte. Não lembro o motivo, mas provavelmente eu devo ter sido bastante influenciado pelo Mach 5 do Speed Racer. Eu era fã (ainda sou!!) do Speed. Desde então, tudo que leva o número 5 tem a minha preferência.

Enfim, hoje é um dia especial. É o dia do 5. Exatamente hoje o blog A Quinta Onda completa 5 anos de vida! :)

Foram mais de 400 posts e mais de 1600 comentários. Em alguns momentos o blog alcançou mais de 2 mil visitantes únicos por dia. Boa marca, né?

O blog começou como uma aventura com data marcada para terminar. Minha expectativa era que seria algo com vida curta e pouco interessante, algo entre 5 e 6 meses. O objetivo por trás dele era conhecer a blogosfera, desenferrujar a minha escrita e me forçar a separar um tempo diário para aprender coisas novas. Eu não sou escritor, nunca ousei sequer pensar em escrever um livro, mas achei que um blog poderia ser uma boa tentativa para desenferrujar meus dedos. A verdade é que depois de 5 meses eu já estava fascinado pelas redes sociais e pelo network que montei em tão pouco tempo.

Publiquei os primeiros posts, mas fiquei quietinho. Falei do blog para poucas pessoas. Eu estava inseguro de escrever minha opinião sobre temas do ambiente de trabalho, até porque minha percepção era de que eu não teria coisas tão interessantes para falar. Simultaneamente, comecei a separar um tempo para navegar aleatoriamente na blogosfera, procurando blogs que falavam de temas similares aos meus. A surpresa não tardou a acontecer. Descobri que alguns blogueiros estavam colocando links para meus posts, ao mesmo tempo em que eu colocava links para os deles. Comecei também a receber alguns comentários de desconhecidos em meus posts. O interesse aumentava a medida que publicava posts sobre temas polêmicos, especialmente quando eu fazia perguntas ou contava casos. Nestas situações ocorria do meu blog ser bastante referenciado por outros blogs, surgiam blogueiros comentando meus links e abordagens. Eu fazia igual. Descobri que alguns blogueiros eram muito bons e me ajudavam a responder a determinadas perguntas onde eu não tinha uma clara resposta ou ponto de vista. Sem me dar conta, eu já estava desenvolvendo uma conversa e já tinha uma rede de relacionamentos estabelecida, que crescia dia a dia. Eram conversas esparsas, onde a dimensão do tempo e da distância física eram irrelevantes, mas conversas riquíssimas com pontos de vista diferentes, muitas vezes até conflitantes, com pessoas de diferentes formações, interesses e conhecimento.

Este ambiente, aparentemente caótico de troca de conhecimento, me fascinou e eu descobri que já estava absolutamente contaminado e viciado pela blogosfera. O termo “caótico” é muito pertinente, pois a sensação é esta mesma; todos podem falar como e quando quiser, e todos podem ouvir o que quiser, quando quiser. Com apenas seis meses de blog, eu já estava encantado com tudo aquilo. A blogosfera é maravilhosa pois as pessoas se organizam em torno interesses comuns. As redes sociais me parecem um passo além dos blogs, mas minha visão é que a rede de links e referências existentes em blogs interconectados formam uma verdadeira rede social.

Enfim, se você é frequentador do blog, eu agradeço o seu tempo e interesse, é isso que me motivou a manter o projeto e compartilhar opiniões pessoais. Se é a primeira vez que chega aqui, então aprecie e vasculhe bastante. Tem coisas bem legais escritas meses e anos atrás que continuam super atuais e relevantes. Obrigado pelo carinho.



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domingo, 11 de agosto de 2013

Caiu na rede. E agora? - Crises nas Mídias Sociais


Chegou no mercado um ótimo livro sobre gestão e gerenciamento de crises nas mídias sociais. Se você estuda ou trabalha com comunicação e marketing, não deixe de investir na compra desse livro. Vale a pena. Recomendo fortemente. Tive o privilégio de escrever o prefácio, que compartilho abaixo. Agradeço a honra desse convite e agradeço a Patrícia que teve a ousadia de nos brindar com um documento realmente de valor, cobrindo um tema que a maioria dos profissionais tenta fugir. Afinal, ninguém gosta de falar de crise. 

São poucas as opções de literatura a respeito do tema “crises nas redes sociais”. Por isso devemos festejar o trabalho de Patrícia Brito Teixeira. O tema é árido, de difícil apuração porque as organizações não gostam de falar sobre isso. É desgastante buscar casos de referência pois as empresas evitam expor suas experiências negativas, sejam elas ocorridas nas redes sociais ou não. O valor desse livro encontra-se nos conceitos e nos inúmeros casos reais, navegamos ao redor deles da primeira até a última página. Por ser uma obra nacional, o trabalho aponta experiências em nosso país, o que é muito especial pois crises têm forte conexão com cultura, comportamento e história.

O mundo está passando por grandes transformações tecnológicas e sociais, no meio disso tudo encontra-se a internet, a rede poderosa que conecta todos com todos, em tempo real. Nunca o cidadão teve tanta influência como agora. Pesquisas mostram que o boca-a-boca, seja virtual ou não, é o que tem maior poder de influência nas decisões de compra e comportamento dos consumidores. As redes sociais e os inúmeros "gadgets" móveis potencializam isso ao máximo. Por outro lado, as empresas dependem cada vez menos dos canais tradicionais de imprensa para falarem para a sociedade e seus clientes. Nunca tudo foi tão exposto e transparente como agora. Vivemos todo o tempo no palco e com telhado de vidro. As empresas parecem que ainda não entenderam esse novo contexto pois negligenciam sua presença nas redes, não cultuam o diálogo e não se planejam para esse novo ambiente.

Crise? Que crise? Já ouvi isso muitas vezes. As organizações minimizam os primeiros sinais de uma possível crise, têm dificuldade em identificá-las e por isso procrastinam as suas ações de comunicação. Ficam sentadas esperando ver o que acontece, que é uma cultura forjada na época onde havia total dependência das relações com a imprensa. A situação é ainda pior pois Patrícia mostra que as empresas, de forma geral, não têm planos de prevenção para enfrentar problemas graves, A maioria das crises não surge repentinamente, exceto em alguns casos de tragédia, mas vêm do mundo externo com impactos diretos na internet e na imprensa, iniciam-se com pequenos sinais, como sintomas de uma doença e quase sempre é um processo evolutivo.

Por trás disso encontram-se a identidade, a imagem e a reputação corporativa, que são construídas tijolo sobre tijolo. Logo no início do livro Patrícia explica o que o público espera da presença das empresas nas redes sociais: aproximação, interação e engajamento, tudo sob o manto de uma relação de confiança e transparência. Somente dessa forma uma organização será relevante e conseguirá construir credibilidade junto ao seu grupo de relacionamento.  

Os três últimos capítulos impressionaram-me bastante, pois estão repletos de dicas e conselhos imprescindíveis ao leitor. Patrícia ainda nos brinda com um capítulo de "Considerações Finais" onde generosamente resume os pontos mais importantes de toda a obra. Imperdível! É para guardar, colocar num envelope e escrever do lado de fora: "SOS - abra se entrar em condição de emergência".
Essa é uma obra de referência que deve estar na estante de qualquer profissional de comunicação e marketing. Está repleta de casos reais, muitos são atuais e ainda têm rastros para serem explorados na internet. Ler esse livro esporadicamente dará o alerta constante que o leitor precisará ter em seu dia-a-dia, lembrando que preparação e planejamento são fundamentais para todos aqueles que lidam com comunicação e marketing no mundo atual das redes sociais.


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domingo, 4 de agosto de 2013

O que as marcas podem aprender com as manifestações de rua


No dia 17 de julho eu participei de um painel chamado "Mesa-Redonda Já", organizado pelo Grupo In Press. O tema não poderia ser mais pertinente com o momento que vivemos hoje: Qual o impacto das manifestações populares para a comunicação e para as marcas?  Estive acompanhado de Cora Rónai (cronista e colunista do O Globo), Elis Monteiro (jornalista especializada novas mídias) e Pedro Trengrouse (professor da FGV e consultor de marketing esportivo). A conversa foi ótima. Confesso que, ao ser convidado, me senti numa armadilha pois esse é um tema com muito mais perguntas do que respostas. De forma geral, as empresas ficaram (e ainda estão) perplexas com tudo que está se passando.

Cora disse que existe uma insatisfação geral com tudo. A mídia foi pega de surpresa quando os protestos começaram, pois ela não estava preparada e teve muita dificuldade de lidar com isso. Cora apresentou um ponto importante e transcrevo aqui a frase dita por ela: "Eu acho extremamente perigoso qualquer marca tentar se associar às manifestações porque ninguém quer ninguém representando a gente". E Cora citou o exemplo da Fiat: "a marca FIAT entrou por acaso na onda porque as pessoas escolheram espontaneamente o mote #vemprarua. Qualquer pessoa que tente tirar partido disso está ferrada". Ela afirmou que, dentro "desse saco de insatisfações", existe uma insatisfação com a publicidade dirigida, a publicidade que promete uma sensação de felicidade irreal e que cria uma expectativa inexistente. "Há uma pretensão de promessa de satisfação que sabemos que não vem dali. É um momento delicado. O que se quer de políticos e das marcas é uma grande sinceridade,
transparência e abertura. Uma marca que se apresente assim hoje tem muito mais chances de dar certo. Sem fingimentos. Ninguém aguenta mais fingimento ou ideias que vêm de cima para baixo”.  Enfim, as mídias sociais deram voz para todas as pessoas. Hoje todo mundo é igual e as pessoas estão se manifestando, querendo participar.

Elis Monteiro falou uma coisa interessante: "A FIFA teve um grande papel nessa historia toda". A exigência do padrão da FIFA virou mote das manifestações. Elis também disse que "não é verdade que existe uma vida real e uma vida virtual. Nós somos um só. As pessoas começaram a expor as suas insatisfações. E não só sobre o governo, mas também sobre empresas. A partir de agora as empresas tem que entender isso".

Do meu lado, ao ser indagado se as manifestações trouxeram ameaças ou oportunidades para as empresas, eu não tive dúvida ao responder que foram ameaças. Tudo que não entendemos e não temos clareza se tornam ameaças, e foram assim que as empresas enfrentaram as primeiras semanas de protestos. As empresas viram perigo. De repente, tudo que era relacionado à Copa do Mundo e à Fifa era ruim. A maioria das empresas, especialmente as grandes, recolheram seus times e se calaram. Não havia clareza do que acontecia e para onde isso tudo estava indo. Por outro lado, algumas empresas, especialmente pequenas e médias, enxergaram oportunidades e agiram. A bem da verdade foram oportunidades táticas, quase de guerrilha, mas souberam aproveitar.

Olhando o mundo corporativo, frente aos protestos, eu vejo 3 perspectivas distintas:

1   Marca 
É uma visão institucional. Como posicionar a marca frente a esse momento nacional? Existe interesse de vincular a marca à esse movimento? Qual é o papel cidadão da marca frente à sociedade?

2   Relacionamento com os Clientes 
Como responder e tratar a demanda dos clientes por uma ação da empresa? Como agir quando os clientes pedem uma ação e posicionamento de sua marca favorita ou fornecedor?

3   Relacionamento com os Funcionários
Qual é o papel da empresa frente aos funcionários? Como agir se os funcionários pedem apoio e participação da empresa nesses movimentos? Como garantir e apoiar o lado cidadão e democrático de cada funcionário?

São 3 perspectivas bem diferentes. Todas complexas e de difícil análise e resposta. A maioria das pessoas se concentra muito na pergunta 1, mas a pergunta 3 tem uma importância fundamental, pois é algo ligado a cultura corporativa, ao desempenho do papel da empresa como empresa cidadã, é fazer a empresa sair do discurso e mostrar na prática a verdadeira personalidade. Um colega disse que na empresa onde trabalha as mídias sociais não são liberadas para uso interno, e que a empresa foi muito pressionada pelos empregados para mudar esse posicionamento naquelas semanas onde as manifestações foram mais intensas. As redes sociais desempenharam um papel importante de comunicação e engajamento. Os principais movimentos foram organizados e noticiados através das redes sociais, numa velocidade não absorvida pela imprensa e pelos canais tradicionais de comunicação. No meio disso tudo surgiram canais alternativos, não tradicionais, como o Midia Ninja, que se projetou ao cobrir (e continua!!) os protestos ao vivo e arrebanhou milhares de seguidores.

O fato é que as marcas estão diante de um novo consumidor: o consumidor cidadão. Aquele que pensa em "real time", que se preocupa com a sociedade, que reivindica, que tem poder de influência, escolha e é dono de sua voz.  O consumidor quer empresas com compromisso social, que entreguem algo mais do que meramente um bom produto ou um bom serviço. Infelizmente, de forma geral, as empresas ainda não sabem lidar com esse novo consumidor, exigente e porta-voz obsessivo de suas marcas.

Destaco duas matérias muito interessantes e que valem sua leitura. São matérias que apresentam casos de empresas que souberam aproveitar a onda das manifestações. Tire você mesmo suas conclusões, mas vale ler.

blog Bus do Marketing: O que as marcas publicaram sobre os protestos? 

blog blogmidia8: Como posicionar marcas diante de crises políticas? #vemprarua 

A situação do país ganhou repercussão internacional. A Advertising Age publicou uma matéria de capa sobre o tema, cujo o título foi "Marketers Brace for Big Shows in Crisis-Torn Brazil", mostrando que o impacto das manifestações sobre as marcas é sério e não vai por aí. Existe uma concordância entre os líderes patrocinadores da Copa do Mundo de que o evento de 2014 será usado como plataforma do povo brasileiro para ganhar atenção do mundo sobre suas insatisfações e reivindicações.

Ainda estamos todos deglutindo o cenário atual do país, mas algumas grandes empresas já mostram ousadia e usam os protestos dentro de suas ações de marketing.

A Coca-Cola incorporou uma cena dos protestos dentro de uma versão do comercial internacional “Câmeras da felicidade”. Acho que foi bem feito e pertinente.

Por outro lado, a Folha usou os protestos como pano de fundo para a campanha que reforça o seu posicionamento de "Siga a Folha”. Particularmente eu não gostei. Me deu a impressão que a Folha tentou se apropriar um pouco dos protestos.

Por fim, não deixe de ver o excelente e curto vídeo produzido pela V-Brand que resumiu muito bem o debate organizado pela In Press.




Texto publicado no blog do Meio&Mensagem

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