segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ranking MIT: As Empresas mais Inteligentes de 2015


Ser inovador não é uma questão de idade e nem de tamanho, mas reconheço que na adolescência nós somos mais rebeldes e sonhadores. O tempo trata de endurecer a nossa casca e nos faz mais reticentes com algumas coisas, que durante a juventude a gente nem leva em conta. Ser inovador, pensar diferente, é algo ligado a nossa personalidade e jeito de ser. Você pode até ser velhinho, mas a sua cabeça continua tinindo e você continua inconformado com as coisas. No mundo das empresas isto está profundamente conectado à cultura corporativa.

O ranking das "Empresas mais inteligentes de 2015" publicado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) é uma evidência disso. Nesta lista nós encontramos crianças como o Uber, Tesla e Netflix. Encontramos algumas adolescentes como Apple, Google e Amazon. E, por fim, nos deparamos com algumas velhinhas assanhadas como Phillips, IBM e ThyssenKrupp, com corpinho sarado e mente afiada. Não importa a idade, o tamanho, a roupa e o estilo, todas são empresas inovadoras e tem conexão direta com o progresso, bem estar e transformação da sociedade.

A lista do MIT não considera apenas se a empresa é verdadeiramente inovadora, mas também se a empresa possui um modelo de negócio factível e ambicioso, o que é fundamental para sua sustentabilidade e crescimento.

Visite o ranking e clica na imagem para descobrir o que cada empresa está fazendo. Vai valer a pena.

Quer saber? É muito bom participar disso.

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terça-feira, 23 de junho de 2015

A internet das coisas e a recriação do marketing


1) Você está caminhando dentro de um shopping, passa em frente a uma farmácia e, de repente, o seu relógio vibra, na tela aparece uma mensagem com uma lista de produtos que você precisa comprar na drogaria porque estão em falta na sua casa.

2) Você escova os dentes. No final, um app no smartphone mostra que você não escovou bem uma parte da boca e pede para você repetir a escovação. O app orienta como fazer, apresentando um mapa da sua boca denunciando a qualidade de cada escovação. No final do mês, o app mostra um resumo de sua performance e manda um relatório digital para o seu dentista.

3) Você está viajando e lembra que seria legal ter deixado as luzes da sua casa acesas simulando movimento. Através de um app em seu smartphone, você coloca a sua casa em vacation mode e as luzes da sua casa se configuram conforme você deseja.

4) Você está a trabalho numa cidade que pouco conhece, de carro alugado. Entra no automóvel e pergunta para a assistente virtual do carro quais as opções existentes de restaurante japonês num raio de 30 km. Você pergunta pelo tempo de espera na fila. A assistente responde, e diz que a 5 minutos de distância tem um restaurante mexicano maravilhoso com uma promoção especial. Você diz ok e a assistente faz a reserva para você automaticamente. Em 1 minuto ela retorna: "reserva realizada e confirmada".

Os quatro casos acima são exemplos do novo mundo diante de nós. Converso regularmente com amigos e colegas do mundo de marketing e comunicação, sempre fico surpreso com o desconhecimento, e até negligência, que todos demonstram a respeito da internet das coisas e dos wearables. A sensação que tenho é que a maioria deles pensa nisso como ficção científica ou algo de um futuro ainda muito distante.

O fato é que tais tecnologias provocarão uma revolução gigantesca na forma como vivemos, consumimos e nos relacionamos. O impacto no marketing e comunicação das empresas será brutal, pois teremos uma postura diferente como clientes e consumidores, abalando os conceitos atuais de advertising e marketing de relacionamento. Surpreendentemente, este futuro distante está muito mais próximo do que imaginamos

Mas o que é Internet das Coisas?
Para você, viajante de outro planeta, Internet das Coisas refere-se ao uso de sensores, atuadores e tecnologia de comunicação de dados montados em objetos físicos, de autoestrada a marca passo, que permitem que os objetos sejam monitorados, coordenados ou controlados através de uma rede de dados ou da internet. Essa é a definição de Eduardo Prado no excepcional artigo "Saiba como a Internet das Coisas vai impactar a sua vida". Pare cinco minutos para ler este artigo, tome um tapa na cara, e volte aqui.

Uma outra definição, menos técnica e mais conectada ao nosso cotidiano, é que Internet das Coisas se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados no cotidiano à rede mundial de computadores. Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones. Essa é a definição dada por Pedro Zambarda, no Techtudo, no também excelente artigo "Internet das Coisas: entenda o conceito e o que muda com a tecnologia".

O potencial da Internet das Coisas é imenso, até difícil de imaginar. Experimente digitar internet of things na linha do Google e uma lista infinita de exemplos aparecerão na tela mostrando uma enormidade de projetos em andamento. Veja também alguns vídeos e caia da cadeira. E aí? Está com a boca aberta?

O divertido é quando imaginamos a Internet das Coisas muito além das descrições acima, ou seja, quando nós mesmos, seres humanos, estivermos vestindo a Internet das Coisas através de nossas roupas, sapatos, brincos, anéis, cintos, relógios, piercings, broches, canetas, etc. Estamos convivendo com a explosão inicial dos wearables voltados para a nossa saúde e para monitoração do nosso corpo, mas já existem projetos de dentes, tatuagens e peles que atuarão como sensores dentro do nosso corpo. Ou seja, cada vez mais estaremos umbilicalmente ligados à internet.

Quer fazer um exercício de futurologia? Vai no excelente artigo "Wearable Future: What will be wearing in 20 years?". E aí? Deu frio na barriga?

Esse cenário abre um novo mundo para o marketing. A comunicação e o relacionamento serão de múltiplas vias. A nova realidade permitirá um conhecimento sem precedentes das preferências individuais de cada ser humano, de suas rotinas, de seus desejos e do seu estilo de vida. As novas tecnologias criarão canais individuais de comunicação com as pessoas. A interação com cada um será personalizada, através do meio que cada um mais aprecia ou tenha interesse. O big data de hoje parecerá brincadeira frente a capacidade de captura e análise dos dados pessoais em todos os dispositivos que as pessoas terão ao seu redor, seja através do que estarão vestindo ou de todos os dispositivos ao seu redor, em suas casas, nos supermercados, dentro dos carros, nos restaurantes ou no ambiente de trabalho. O nível de conhecimento sobre cada consumidor será altíssimo, e o custo para falar e interagir com ele será baixíssimo. Surgirá um novo mercado poderoso que será a venda do conhecimento a respeito de cada ser humano. Obviamente, existirão aspectos cruciais de privacidade, segurança, adoção cultural e outros desafios, mas estes são obstáculos que serão superados, da mesma forma como ocorreu com outros exemplos passados, como o surgimento dos emails e a chegada dos celulares em nossas vidas.

A mudança do marketing e da comunicação das empresas passará pela adoção sem precedentes de novas tecnologias. Os bons e velhos dogmas que conhecemos continuarão válidos, mas os profissionais da área se transformarão, cada vez mais, em seres tecnológicos dependentes. É preciso que tais profissionais se preparem para os próximos anos, pois a transformação do marketing começará por eles. Eles terão que lidar com áreas que hoje parecem distantes, como novas tecnologias, estatística, matemática, antropologia, ciências sociais, robótica, inteligência artificial, computação cognitiva, etc.



O marketing está se tornando cada vez menos empírico e mais racional, quem sabe uma ciência? Esta é uma transformação radical que precisa ser liderada pelos profissionais da área. Se tais profissionais não se anteciparem e assumirem o comando dessa viagem, certamente teremos novos convidados para serem DJs da festa, como engenheiros, cientistas, tecnólogos, estatísticos, antropólogos e outros especialistas.

E aí? Já comprou o seu Apple Watch?



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quinta-feira, 11 de junho de 2015

IBM Watson aprendeu todo o conteúdo do TED e responde as suas perguntas mais complexas


E o Watson comeu o TED. Calma, calma, vou explicar.
O TED Talks é um manancial incrível de conteúdo onde pensadores, acadêmicos, personalidades, influenciadores e até pessoas comuns compartilham seu conhecimento, percepções e experiências sobre qualquer coisa, seja uma escalada ao Everest, um reflexão sobre o significado da felicidade ou os segredos da mente humana.  O desafio é que o conteúdo é tão rico e tão vasto, que existe uma dificuldade incrível de encontrarmos conteúdos específicos sobre determinados temas no meio de milhares de vídeos.

Por outro lado, o Watson é um sistema de computação cognitiva da IBM, o conceito mais avançado de inteligência artificial hoje existente, que não apenas atende comandos, mas aprende continuamente de forma cumulativa, sobre qualquer tema e em qualquer base. O Watson interage com as pessoas na linguagem delas, ou seja, na linguagem natural, sejam tweets, textos, artigos, estudos e relatórios, que somados compõe quase 80% de todos os dados existentes no mundo.

A novidade é que um time da IBM colocou o Watson para analisar o conteúdo de quase 2 mil vídeos do TED Talks. Tal trabalho gerou um protótipo de ferramenta que foi apresentado no evento World of Watson ocorrido em New York no dia 5 de maio.

O Watson "aprendeu" todo o conteúdo do TED Talks, "organizou-o mentalmente" e se tornou íntimo de cada speaker. O protótipo é capaz de responder perguntas e percorrer o conteúdo do TED Talks indicando trechos dos vídeos que sejam relevantes e que respondam à pergunta realizada. O resultado é uma sucessão contínua de trechos de palestras, um atrás do outro, como se fosse um "mashup" de apresentações do TED refletindo sobre a pergunta em questão.

A ferramenta também apresenta uma linha do tempo dos conceitos discutidos em cada palestra e a visualização dos dados que mapeiam a conexão de todas as conversas. Veja a demo abaixo para melhor entender o projeto. O programa está sendo testado por um grupo limitado de usuários e poderá ser oferecido publicamente nos próximos meses.


 
O projeto do Watson com o TED é uma pequena degustação do que veremos num futuro próximo. Sistemas de computação cognitiva mudarão a sociedade.

O vídeo abaixo de pouco mais de dois minutos sumariza bem o potencial dessa tecnologia.
 

 
Sistemas de computação cognitiva e inteligência artificial ajudarão a responder perguntas simples e complexas, serão importantes para a tomada de decisão nos mais diversos segmentos e permitirão o desenvolvimento do conhecimento humano de forma acelerada. Em alguns casos, tais sistemas atuarão como uma espécie de assistente virtual, provendo orientação, tirando dúvidas, nos ajudando a estudar ou conhecer e entender determinados temas. A fonte de pesquisa poderá ser a base do conhecimento gerada pela sociedade ao longo do tempo que hoje está dispersa pela internet na forma de textos, imagens, áudios, vídeos e outros formatos. Como falei, o projeto do TED é um exemplo aparentemente simples do que está por vir. A interação dos seres humanos com tais sistemas cognitivos poderá ser feita via smartphones, wearables ou qualquer dispositivo via internet das coisas. O impacto em nossas vidas será enorme. Solte a imaginação e descubra que estamos diante de um mundo completamente novo pela frente.

E aí? Quer participar do pré launch do projeto Watson para o TED?
Acesse  http://watson.ted.com/ e se inscreva

Veja o vídeo abaixo de apenas 10 minutos para conhecer um pouco mais profundamente sobre o Watson. É realmente imperdível !!!
 




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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Em busca de novos líderes


Eu vivo no mundo empresarial há décadas. Circulo por dezenas de ambientes de empresas diferentes, de todos os tamanhos e de todos os segmentos. Converso com líderes de todos os tipos. A sensação que eu tenho, é que existe um descompasso entre o mundo do trabalho e a sociedade de hoje em dia.

Enquanto o cidadão moderno vive o seu maior momento de transparência, diálogo, liberdade e participação efetiva na sociedade, o mundo das empresas ainda continua tendo por base a hierarquia tradicional, com gerentes e modelos de decisão baseados no número de faixas que as pessoas carregam nos ombros. Essa não é uma percepção propriamente minha, mas é resultado de um somatório de feedbacks que recebi de muitos amigos e colegas que conversam comigo sobre o mundo do trabalho. A minha presença ativa nas mídias sociais me ajuda a coletar melhor essa percepção demonstrada pela massa em relação às empresas.

Obviamente que o ambiente de trabalho evoluiu muito. Eu, especificamente, trabalho numa empresa de vanguarda que preconiza um ambiente diverso, colaborativo e transparente. Acho que sou um afortunado nesse sentido, pois estou muito feliz onde estou. Mas a maioria dos meus amigos não tem uma história parecida para contar. Na verdade, o quadro me parece até mais dramático.

Existem muitos desafios, mas acredito que um dos principais reside na liderança. Não estou falando apenas dos presidentes das empresas, mas incluo também os executivos, os gerentes e os coordenadores de equipes. Eu sou gerente, portanto, me sinto plenamente incluído dentro desse balde. Desculpe se generalizo, até porque eu conheço líderes extraordinários com quem convivi e convivo hoje em dia, mas o fato é que a maioria das empresas ainda tem e são comandadas por líderes à moda antiga.

Passei estes últimos anos ouvindo muitos comentários de amigos e colegas que clamam por uma liderança mais conectada com os dias atuais. De tanto ouvir, eu comecei a anotar cada observação. Fui anotando, anotando, anotando... e deu nesta lista aí abaixo.

Nós precisamos de líderes diferentes

Queremos líderes para chamarmos de colegas, e não mais de chefes

Precisamos de líderes menos assertivos, mais contemplativos

Buscamos líderes mais generosos, que compartilhem seu conhecimento e não guardem as coisas para si

Líderes que falem menos e ouçam mais

Líderes que falem mais "nós" do que "eu" quando as coisas dão certo

E que falem mais "nós" do que "vocês", quando as coisas dão errado

Líderes que gostem mais de conversar do que assistir apresentações de powerpoint

Lideres menos preocupados com a forma e mais conectados com o conteúdo

Líderes que gostem de pessoas que pensem diferente, com pontos de vista diversos dos deles, que gerem até desconforto, mas que permitem um ambiente mais diverso e heterogêneo

Líderes que inspirem curiosidade, que provoquem as pessoas a serem mais questionadoras

Líderes que trabalhem bem com pessoas deficientes, que não pensem inclusão como uma forma de caridade, mas sim como uma estratégia para construir um time mais forte, com novas percepções, sentimentos e capacidades

Líderes que curtam funcionários que usam cabelo moicano, ou que usam piercing ou que vestem jeans surrado

Líderes sem preconceito com raça, gênero e origem social

Ou melhor, queremos mais líderes negros, mulheres, LGBT ou deficientes

Líderes que adorem a palavra "por que"

Líderes que confiem mais nos seus liderados e não façam caretas quando são questionados

Líderes que pulem no abismo junto com seus liderados

Líderes que se preocupem menos com a fonte usada no powerpoint... ou com a cor do slide

Líderes que gostem de conversas no cafezinho no final do dia

Precisamos de líderes que sorriam quando estão todos em crise, que consigam ser a voz de paz e conciliação quando todos estão gritando

Líderes que se preocupem menos com o tipo de roupa que usamos, independentemente se usamos tênis ou um sapato caro

Líderes que falem mais "não sei", mas com sinceridade

Líderes que enxerguem que existe vida lá fora e que valorizem isso

Líderes que trabalhem com as portas abertas

Líderes que se permitam contemplar a paisagem nas janelas no final do expediente ou até mesmo no meio de uma reunião tensa

Líderes que contem piadas

Líderes que não se incomodem de deixarmos o trabalho para irmos à festa de dia das mães da escola

Líderes que mostrem as fotos dos entes queridos em seus smartphones, ou o quê fizeram nas últimas férias

Ah, líderes que gostem de férias

Líderes que deem bom dia todos os dias com a "boca cheia"

Líderes que não se importem com a hora que chegamos desde que façamos bem o nosso trabalho de qualquer lugar

Líderes que gostem de dar feedback sem a gente precisar pedir

Líderes que curtam ir à escola no dia das crianças para ver os seus filhos ou até ver os filhos do melhor amigo

Líderes que gostem de mesas redondas, mas se a mesa for quadrada, que se sentem então no mesmo lado da mesa e não do outro lado

Líderes que adorem trabalho em equipe

Líderes que saibam ouvir críticas e agradecer por elas

Líderes que ajudem as pessoas a crescerem

Precisamos de líderes que sorriam mais.

Nós, trabalhadores, agradecemos.


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