segunda-feira, 25 de abril de 2016

[VIDEO] Perdeu, marqueteiro...



Nós, profissionais de marketing e comunicação, estamos andando no fio da navalha. São tantas transformações que me arrisco a dizer que, a médio prazo, todos nós estaremos desempregados porque vamos virar profissionais "velhos" e "desatualizados". Por trás desse tsunami transformacional estão as novas tecnologias, que surgem a cada momento e que colocam o consumidor no centro de tudo, com poder de escolha, voz e decisão.
O marketing deixou de ser algo empírico e artístico. Hoje falamos de um marketing analítico e tecnológico, quase uma ciência. Esse novo marketing exige novos profissionais. Você está se preparando para isso?
Eu ia escrever sobre isso, mas decidi gravar um vídeo. É um vídeo criativo, que me exigiu um desprendimento incrível, mas completamente em linha com o espírito atual do marketing, que exige storytelling, criatividade e ousadia.

Ahhhh... e não me leve tão a sério :)


 
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quarta-feira, 20 de abril de 2016

[VIDEO] Meu fim de semana no maior Hackathon do Brasil

Foi incrível a minha experiência no maior hackathon do Brasil no final de semana passado, organizado pelo AngelHack, em São Paulo, dentro da IBM.
O vídeo ficou longo, tem 15 minutos, mas está divertido. Veja 3 minutos e depois tenta não ir até o final :) São imagens exclusivas de bastidores, que mostram o lado divertido dessa experiência e a essência do que é um hackathon. Espero que curtam!! :)

#‎angelhacksp‬
#‎anyonecancode‬
#‎hackathonIBM

 
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segunda-feira, 11 de abril de 2016

O trem fantasma dos CMOs


A vida dos CMOs hoje em dia, onde me encaixo perfeitamente, parece um trem fantasma. A cada momento vem uma curva inesperada e surge um fantasma diferente.

Os sustos variam, mas são inevitáveis. A dúvida é de onde vem a porrada. A única coisa certa é que ela virá. Cada vez mais surgem novos concorrentes nas indústrias tradicionais, de dentro e de fora do mercado conhecido, especialmente por conta da intensa inovação digital e por um novo consumidor sedento por novas experiências. Em paralelo ocorre uma profunda convergência da indústria.

O único ponto que diferencia a vida dos CMOs do trem fantasma que conhecemos é que a viagem dos CMOs é uma viagem às claras, onde tudo está visível e alcançável. A questão é que essa não é uma viagem de passeio – é uma corrida onde o carrinho roda em grande velocidade. 

Essa metáfora fica evidente no estudo recentemente publicado pela IBM que disseca os anseios, prioridades e pesadelos dos líderes de marketing dentro das empresas. Mais do que meramente os CMOs, o estudo evidencia a vida dos profissionais de marketing e comunicação em geral. Foram 723 líderes de marketing entrevistados presencialmente ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde 60% deles afirmaram que esperam mais concorrência nos negócios fora de suas indústrias tradicionais.

Ou seja, a maioria vive a angústia de ter que olhar além de seus horizontes para entender de onde o seu novo concorrente virá. Isso exige competências, recursos e uma incrível capacidade de análise do ambiente de negócios muito além do papel tradicional do CMO, que normalmente circula no universo do branding, na prospecção e relacionamento com clientes, na batalha cotidiana com os concorrentes e na renovação do portfolio de produtos e serviços.

Estamos falando de CMOs e profissionais de marketing com papéis e responsabilidades muito mais abrangentes e complexos do que aqueles conhecidos em anos recentes. No centro de tudo tem um consumidor diferenciado, que exige uma linguagem transparente e um relacionamento individualizado, com evidente poder de compra e preferência por canais digitais. A questão vai além do consumidor, trata-se de um ambiente de negócios onde os vencedores são aqueles que abraçam a ruptura dos negócios tradicionais. E marketing, mais do que nunca, tem um papel central nesse jogo.


O estudo "Redefinindo mercados - O ponto de vista do CMO" analisou o perfil das lideranças de marketing e identificou dois subgrupos de CMOs: os desbravadores e os seguidores. 

Os desbravadores são aqueles que experimentam modelos de negócio diferentes, com foco obsessivo em mapear a jornada do cliente e no uso de análise avançada de dados para gerenciar o seu negócio. Ou seja, os desbravadores são aqueles que adoram experimentação, gostam de tomar riscos e aceitam falhas e fracassos como parte do processo. Além disso, trabalham cada vez mais com dados para entender e conhecer melhor o seu cliente. 

Os seguidores, como o nome já diz, tendem a seguir o mercado e as suas práticas, dedicando menos esforço na busca da inovação em relação aos desbravadores, mas procurando compensar esse comportamento com mais eficiência e produtividade.

O mais legal do estudo foi descobrir o que tira o sono dos líderes de marketing. Tais pesadelos giram ao redor da criação de novas e melhores experiências para os seus clientes e no desenvolvimento de competências digitais. A oferta de mais experiências inovadoras e engajadoras para os consumidores exige mudanças de comportamento e novas habilidades. É preciso um marketing mais disposto a correr riscos, com maior propensão a abandonar fórmulas e práticas tradicionais já conhecidas. O estudo afirma que as organizações que estão na liderança são aquelas que adotam a chamada ruptura criativa e constroem, a partir disso, modelos de negócios mais abertos e colaborativos, o que leva à inovação. 

Prover melhores experiências para os clientes não é simplesmente uma vontade de querer fazer, nada acontece se não forem adotadas novas tecnologias e se não forem desenvolvidas novas habilidades técnicas. Líderes de marketing estão se aprofundando no conhecimento de análise de dados, no desenvolvimento de campanhas de marketing mais analíticas, no mapeamento da jornada do cliente, na adoção de novas tecnologias e, principalmente, desenvolver habilidades digitais em suas equipes, incluindo buscas de consultorias externas. Não é por acaso que 79% dos CMOs disseram planejar contratar profissionais com profundo conhecimento digital. 

Em resumo, a sensação de trem fantasma é real. Nunca vi colegas de marketing tão desconfortáveis e inseguros como agora, porém não exatamente pelo ambiente de ruptura que estamos passando, mas sim pela constante sensação de que estamos entregando pouco para os nossos clientes e que precisamos fazer mais. Por outro lado, vejo colegas super entusiasmados com tudo isso, aprendendo, criando e entregando experiências excepcionais de valor para os consumidores.

Enfim, curtir ou se assustar no trem fantasma é algo bem pessoal, só não dá para pular do carrinho.

 
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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Seu inimigo está mais próximo do que você imagina


Encontre o seu inimigo. O artigo "Complicação embasada também é complicação", de André Kassu, publicado no Meio&Mensagem, me perturbou bastante. Ele analisou a palestra de Pete Favat, CCO da Deutsch Los Angeles, que disse que todos os grandes trabalhos em marketing sempre têm um grande inimigo declarado, e citou alguns exemplos.

Imediatamente me caiu a ficha. A conexão com minha vida profissional foi inevitável. Desde os primórdios da minha carreira em vendas e marketing, passei a acompanhar os movimentos dos nossos concorrentes. Nas diversas posições que ocupei, em várias empresas diferentes, nós sempre fizemos longos PPTs analisando o que os concorrentes estavam fazendo. Pesquisas, estudos detalhados, exercícios de futurologia, reza forte e muitas noites sem fim consumiram meu tempo e de meus colegas na vã tentativa de entender as ações dos concorrentes, de onde vinham e o que estava por trás daqueles movimentos suspeitos, às vezes inexplicáveis, que faziam. Bastavam lançar algo diferente e lá íamos nós estudar como contra-atacar.

Encontre o seu inimigo. O inimigo natural, para qualquer marqueteiro, é o seu concorrente. O que parecia ser simples no passado, porque os concorrentes eram notoriamente conhecidos em qualquer indústria, virou um pesadelo nos dias atuais. Vivemos uma época onde todos competem, o concorrente vem de onde menos se espera. Pode ser aquele aplicativozinho, sabe?

Nós encarávamos os concorrentes como inimigos a serem batidos. Muitas vezes gastávamos mais energia olhando os concorrentes do que o tempo investido nos clientes. Puxa, que erro flagrante, hein? Isso já é coisa de passado. Hoje eu não gasto muito tempo olhando o concorrente como antigamente, até porque o concorrente de hoje não necessariamente foi o concorrente de ontem, e muito menos será o de amanhã.

A grande questão é que olhar obsessivamente para o concorrente nem sempre é uma boa estratégia. Olhar o concorrente indica uma forte tendência de segui-lo, de repetir movimentos, de ir para onde os outros vão e não exatamente para onde os clientes desejam ir. Olhar o concorrente é não inovar, é seguir o curso do rio.

Encontre o seu inimigo. Então, afinal, quem é o seu inimigo? Ou, qual é o seu inimigo? Você pode até não aceitar, mas quase sempre o nosso maior inimigo somos nós mesmos. Estou falando da nossa capacidade de inovar, pensar diferente, abandonar dogmas e crenças, empreender em áreas que não dominamos e tomar riscos. Nós somos impelidos, conscientemente ou não, a fazer coisas e repetir fórmulas passadas que deram certo. Já sei! A sua reação agora foi: "pô, lá vem esse cara com o papo velho de inovação e empreender". Parece mais do mesmo, e talvez até seja, mas o fato cristalino é que nós, como seres humanos, temos uma tendência enorme de desviar dos problemas reais e, às vezes, nem os vemos.

A maioria de nós segue o fluxo do rio. Deixamos a rotina da vida, pessoal e profissional, nos levar para onde a água corre. Temos grande dificuldade de desviar do rio da vida, de criar momentos e oportunidades de mudança de curso, de estabelecer metas individuais arrojadas e até desconfortáveis para nós mesmos. Quer mudar ou fazer um upgrade de carreira? Se inscreva num curso legal, rala um coco, desenvolva um novo networking, ou seja, estabeleça condições para que a sua vida profissional realmente mude. Cansou da vida? Tira uma licença e vai fazer um intercâmbio. Quer abrir a mente e aprender coisas novas? Vai estudar ou ler livros de filosofia... ou culinária. Se permita conhecer coisas realmente novas. E aquele sonho de aprender a tocar violão?

Encontre o seu inimigo. Temos o cacoete indecente de fazermos sempre as mesmas coisas, especialmente aquelas que nos dão conforto e segurança, que não nos causam problemas. Alguns chamam isso de hábito, mas são vícios. Entregamos ao acaso as oportunidades de algo novo surgir. Quando aparece algo inesperado em nossas vidas, nós nos surpreendemos porque não foi algo intencional ou planejado. A sua carreira está ruim? A sua vida pessoal está chata? Você sofre ao imaginar que em cinco anos a sua vida estará igual a de hoje? Não tem problema. Essa sua insatisfação é momentânea. Daqui a pouco você estará com amigos tomando uma cervejinha, vai reclamar do trabalho, do chefe, da vida e do país. E continuar esperando que os acasos da vida mudem essa sua perspectiva, afinal, a vida é uma caixinha de surpresas.
Nem sempre o seu inimigo é aquele que você vê. Por mais que possa parecer retórica ou bobagem, a verdade nua e crua é que quase sempre o seu maior e pior inimigo é você mesmo.

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