
O presidente de uma empresa foi convidado para se reunir com um grupo que estava montando um projeto na área de responsabilidade social. A ideia era apresentar o conceito do projeto para o executivo e ver se ele topava investir. No grupo, havia uma integrante que era muito inteligente, mas que divagava um pouco e às vezes partia para um "brainstorming". Ao longo da reunião, na terceira vez em que ela falou sobre algo que estava pensando, o presidente mostrou desconforto e disse que não tinha tempo para divagações. A reunião terminou mal e as pessoas sentiram um anticlímax na despedida.
Depois da reunião, um dos diretores que acompanharam o presidente na reunião, se virou para ele e falou:
-- Puxa, você pegou pesado. Você e seu velho preconceito com quem não é objetivo e pragmático.
O presidente respondeu:
- Eu sou preconceituoso mesmo, e daí? Meu interesse é a empresa e não posso perder tempo.
Eu não preciso citar aqui o nome da empresa onde aconteceu o fato, até porque acredito que essa é uma situação comum em muitas empresas, especialmente nas maiores onde os líderes têm uma rotina alucinante de trabalho. Aliás, o fato se alinha com um outro post que já escrevi chamado "Os líderes têm pouco tempo para pensar". O problema é que acontecimentos como esse minam a capacidade criativa das empresas.
Rowan Gibson, autor do excelente livro "Inovação Prioridade No. 1", Editora Elsevier, afirma que existem três precondições críticas para que a inovação genuína aconteça dentro das empresas:
1- Criar tempo e espaço na vida das pessoas para reflexão, geração de ideias e experimentação;
2- Maximizar a diversidade de ideias necessárias à inovação;
3- Favorecimento da ligação e troca de ideias - a "química da combinação", que serve de terreno fértil às ideias revolucionárias.
Ou seja:
Inovação = Tempo + Diversidade + Colaboração
Rowan Gibson pediu a mais de 500 gerentes, de nível médio e sênior, de grandes empresas norte-americanas para identificarem as maiores barreiras à inovação em suas respectivas organizações. Uma das respostas mais comuns foi a "falta de tempo".
Mas só tempo não é suficiente. Estabelecer momentos de conversa livre, franca e transparente faz toda a diferença. No post passado, chamado "A gente adora floresta de pinheiros", eu apresentei um ponto de vista sobre a questão da Inovação, que tem profunda conexão com a cultura corporativa.

3 comentários:
Marcelo rima com Martelo e eu estou aqui para quebrar todo tipo de preconceito!
Ser preconceituoso é praticar a arte da ignorância
A pessoa preconceituosa julga algo ou alguém sem conhecer e muitas vezes nem se preocupa em conhecer, só em julgar.
Ou julga algo ou alguém por ser diferente, mas nenhuma coisa no mundo é igual a outra e nada é perfeito
Já se vc bate no peito e defende os seus preconceitos
Pq se acha bom o bastante
Saiba q vc ñ passa de um bosta ignorante.
Só p concluir... "Os ignorantes, acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: Aprender."
Vamos tentar vencer nossa ignorância e quebrar nossos preconceitos
Preconceito todo mundo tem e também já sofreu algum tipo... Então vamos tentar ser pessoas melhores p viver num mundo melhor.
Marcello.santhos@hotmail.com
Excelente reflexão, Mauro.
Obrigado.
Eu sou professor e gostaria de usar seu artigo, citando a fonte é claro, em exercício ou prova sobre a ética. Você me autoriza?
abs
Eduardo (edu@clarearpp.com.br)
Olá Professor Eduardo.
Por favor, use e abuse. Tudo que está no blog é público. É uma satisfação saber que ele será usado dessa forma.
Sinta-se livre para usar todo o conteúdo do blog da maneira que desejar. Agradeço sempre que cite a fonte, até porque estou sempre em busca de novos leitores e relacionamentos. Através do blog eu tenho conhecido pessoas interessantes e profissionais competentes.
Abraços e boa sorte.
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