A matéria "Os cuidados na hora de apoiar seu candidato na Internet" publicada no IDGNow mostrou que o TSE pretende monitorar a web nestas eleições. Recomendo a leitura da matéria AQUI. Você também pode obter este conjunto de regras através deste LINK no site do TSE. Mas abaixo vai o resumo do que eu aprendi.
Blogs:
- Está proibido o anonimato;
- Quem criar uma página para apoiar algum candidato nas eleições deverá ter sua identificação claramente exposta no blog, responderá por qualquer excesso que ocorra no site e será denunciado por qualquer desvio destas condições;
- Os textos postados pelo dono do blog quanto os comentários que são feitos na página têm o mesmo peso na consideração do teor ofensivo. Ou seja, o dono do blog será considerado como responsável solidário pelo conteúdo publicado na página, já que ele exerce a moderação;
- Todo e qualquer tipo de site, seja blog ou não, que não o do partido, está proibido de inserir qualquer tipo de propaganda política – como, por exemplo, banners.
Twitter e outras redes sociais
- As regras válidas para os blogs são válidas também para outras ferramentas de comunicação, como o Twitter e também redes sociais. Ou seja, o autor de uma comunidade no Facebook ou no Orkut será responsável pelos textos publicados naquele espaço e também em moderar os comentários emitidos.
E-mails
- As eleições de 2010 no Brasil contam com uma lei específica de combate ao spam. A lei diz diz que os partidos podem criar um e-mail marketing, desde que qualquer mensagem eletrônica permita ao destinatário solicitar o seu descadastramento. E isso tem de ser cumprido em até 48 horas do recebimento da solicitação;
- A venda de mailing aos partidos está proibida.
Direito de Resposta
- O TSE implementará o direito de resposta a um candidato que se sinta prejudicado nos meios virtuais.
Provedores
- Os provedores poderão ser acionados pelo TSE como responsáveis solidários. Ou seja, os provedores, de alguma forma, terão de ser ágeis e se preocupar mais em monitorar os blogs. No caso de algum problema, eles terão que ter rapidez para retirar o conteúdo considerado ofensivo pelo TSE.
Agora a pergunta fatal...
Considerando a complexidade da web, como é que o TSE vai conseguir monitorar a rede? Que tecnologia será usada? Não saquei ainda isso. Agradeço se alguém souber responder.
Enfim, as eleições no Brasil entram na era das redes sociais.
11 comentários:
Acredito que o TSE nem precise "fiscalizar". Geralmente os próprios candidatos e partidos ficam de olho nas ações dos outros candidatos p/ denunciar qualquer ato que não esteja de acordo com a legislação eleitoral.
Na verdade o TSE nunca monitorou muito, nem mesmo antes da internet.
Ele é movido pela famosa "dedoduragem": uma coligação "dedura" a outra, o TSE verifica se procede e pune se constatar a irregularidade.
É assim que sempre funcionou e provavelmente continuará sendo assim com a campanha na internet.
Onde eu escrevi "dedoduragem" leia-se deduragem. :)
"Os provedores poderão ser acionados pelo TSE como responsáveis solidários." - gostaria de saber também quando o site, blog ou qualquer que seja o canal estiver hospedado num provedor no Vietnam, por exemplo, como isso será conduzido?
Helen e Juliana. Eu não havia me ligado nisso. É verdade, a fiscalização não vai ocorrer pelo TSE porque sabemos que é impossível. O que vai rolar são os candidatos adversários ficarem de olho para denunciar qualquer ato que julgarem irregular. Vai ser um tumulto pois o tamanho da web beira o infinito. Obrigado por contribuírem e visitarem meu blog. Abcs. Mauro.
Para buscar em blogs o google tem o http://blogsearch.google.com/.
Para buscar no twitter tem o http://search.twitter.com/.
Por aí já dá para começar a brincadeira. Só quero ver como o TSE terá recursos humanos para varrer a internet brasileira.
Mateus
@ocappuccino
Tem um pessoal especializado em monitoramento de mídias sociais e blogs chamado brand-o-meter.com .
Parece que eles estão desenvolvendo um sistema para monitoramento de políticos para partidos e agências. Acredito que uma tecnologia similar possa ser utilizada sem problemas para o TSE.
Ah, tem também o politicometro.com.br que também mostra as notícias em tempo real e provavelmente facilitará comentários da população sobre postagens indevidas.
Olá Mauro!
Mais uma vez chamo a responsabilidade para nossos ombros. Aqui trabalho com dois politicos de peso em nível municipal e federal, ambos clientes meus.
Eu aqui atuo como consultor deles, barrando qualquer ação que vá contra as normas e leis. Ou seja, não é preciso nenhum tipo de fiscalização, pois eles não vão sair da linha comigo aqui.
E eu passo a bola a todos que como eu tem esse poder. Se você está num cargo onde você pode fazer algo: faça!
Leia as resoluções, discuta com seus superiores, trabalhe com planejamento e backup, pois clientes são clientes, eles tem seus desejos e querem viabilizar, e precisam de um profissional para isso.
Nós profissionais não, nós somos pagos para saber fazer a coisa. Nós damos as opções aos clientes e viabilizamos (ou não) seus pedidos. E assim como temos que saber dizer sim, temos que saber dizer não.
E creia, eles te entendem, e te agradecerão por livrá-los de mais uma dor de cabeça.
Abração à todos!
Concordo com a resposta da Juliana,
Acredito que os proprios visitantes realizarão as denuncias.
Seria inteligente se os sites estivessem todos preparados para remoção de conteúdo imediatamente após a denúncia.
Uma política justa também é apreciada.
Visitem www.canalvereador.com.br
Eu acho que a fiscalização tem que ser por parte do eleitorado tb. Claro que vai ter muita denuncia falsa etc, mas acho que seria impossível esperar uma fiscalizaçào ativa somente por parte do TSE.
Mauro, excelente post, como sempre! Eu acredito que a questão da fiscalização vá funcionar na base da denúncia dos usuários. Portanto, acredito que os partidos irão fiscalizar a "concorrência" e terão algum mecanismo de "deduragem" junto ao TSE. É impossível para eles controlarem tudo. A não ser que montem uma equipe descomunal de pessoas operando um super software pra isso! :-) Abraços, Carol Terra (http://www.meadiciona.com.br/carolterra)
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