quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trabalhadores dizem que seus colegas gastam 1 hora por dia navegando em redes sociais durante o trabalho

Uma pesquisa publicada pela consultoria Morse em 26/10/2009 afirma que o uso de redes sociais (como o Twitter e o Facebook) geram mais de 2 bilhões de dólares em perdas anuais de produtividade nas empresas do Reino Unido. A mesma pesquisa também informa que 57% dos trabalhadores entrevistados usam redes sociais para fins pessoais durante o expediente e que eles gastam, em média, cerca de 40 minutos por semana nas redes, o significa uma média de 8 minutinhos por dia útil.

A pesquisa revelou que os trabalhadores de escritório, em média, acham que seus colegas gastam quase uma hora (59 minutos) por dia navegando em redes sociais durante o trabalho. Isso mostra claramente a percepção e a tensão que o comportamento online provoca nas empresas, não só nos executivos, mas também nos funcionários. Achei esse dado surpreendente e muito interessante, o que justifica a má fama das redes sociais no ambiente de trabalho.

Outro dado que me chamou a atenção é que um terço dos 1.460 trabalhadores pesquisados disseram que identificaram informações confidenciais de suas empresas postadas em redes sociais. Fiquei assustado com este número, que me pareceu exagerado, mas pesquisa é pesquisa, temos que respeitar os dados.

76% revelaram que não receberam orientações sobre como usar o Twitter dentro da empresa. Aliás, em relação ao Twitter, existe uma preocupação devido ao aumento da utilização de encurtamento de URL tipicamente usado no Twitter, o que significa que os funcionários não podem ver o endereço original para o site que pode ser visitado. Isso deixa os trabalhadores potencialmente vulneráveis a golpes de phishing, malware e vírus de computador, o que poderia comprometer a segurança da empresa. Dos trabalhadores de escritório pesquisados, 81% admitiram que já ficaram preocupados com a possibilidade de clicarem um link para um site não seguro.

Por fim, a consultoria alerta que a falta de regras de uso para redes sociais pode gerar perda de produtividade, danos à reputação da marca e riscos de segurança de informações. Clica na imagem ao lado ou acesse AQUI para ver o press release publicado pela consultoria.

Acho tudo isso muito interessante pois dias atrás a Computerworld publicou uma matéria cujo título era "Empresas passam a usar redes sociais de forma estratégica". Acesse AQUI.

A matéria diz que muitas empresas já entenderam que as redes sociais são poderosos canais de comunicação com funcionários e clientes. Por outro lado, também cita que existe uma timidez e uma cautela enormes para introdução dessas redes dentro das empresas. Ou seja, as empresas reconhecem o poder das redes sociais mas não sabem muito bem como usá-las e gerenciá-las.

Enfim, tudo isso mostra que as redes sociais nas empresas ainda são um prato cheio para discussões, de percepções diferentes, de muita desinformação e aprendizado. Mas é bom saber que as empresas já identificam as redes sociais como algo que pode ser positivo e que cuja introdução é inevitável.
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7 comentários:

Tatiana Kielberman disse...

Mauro,

Por mais que haja muitas controvérsias ainda sobre o papel das mídias sociais, acredito que elas sejam de grande auxílio para os relacionamentos interpessoais e para o networking das empresas.
Sempre haverá discussões, prós e contras, mas a tendência do ambiente de trabalho é abrir espaço para esse fenômeno - é a revolução tecnológica em cena!

Parabéns por suas considerações.
Um abraço,
Tatiana - Grupo Foco

Zee Lima disse...

Então... e justamente o seu post anterior Mauro se chama: "a tecnologia que incomoda".

Interessantes as várias ligações entre um e outro. Mas olha só pq não fazem uma pesquisa dizendo quanto tempo um funcionario gasta pensando em sua vida particular, ou conversando com os colegas sobre assuntos alheios ao trabalho?

Conversar pode, desde que não seja com o mundo todo...

Ou seja nós maldizemos Orwell mas, por via das dúvidas, acendemos uma velinha pra ele tbm...

Vou compartilhar minha visão sobre pirataria que acho que exemplifica tudo que quero falar sobre o assunto:

Antes os programas eram caros para mim, e a diferença entre pirata e original era... bem diminuta.

Ficava com a versão pirata. Então começei a ter tudo de forma pirata... bem mais barato, e eu ainda me sentia como que.. vingado pela exploração tipica do cotidiano corporativo.

Então chegou um tempo onde eu começei a perceber que no fundo eu não precisava da nova versão do Windows, eu precisava de coisas que muitas vezes um Photoshop, pirata ou não, não me dava.

E foi assim que eu começei a entender que pirata ou não, eu tinha certas necessidades que alguns programas cobriam e outros não.

Enfim, conheci os Softwares Livres, e conheci alguns programadores e começei a valorizar esse trabalho criativo! Hj utilizo em casa, só softwares livres, e quando posso faço doações aos desenvolvedores.

Programa piratas hj? Só pra fazer testes de programas, se for bom, compro.

;D

BETH GUARALDO disse...

Mauro,
vi alguns highlights desta pesquisaa que foi divulgada esta semana em alguns veículos de comunicação. O que mais me espantou foi o fato de colegas de trabalho afirmarem que seus pares ficam quase uma hora/dia em redes sociais. Será que dá para acreditar nestes dados?

A outra pergunta é: que impacto uma pesquisa como esta pode ter nas corporações que estão pensando em usar as redes para relacionamento com seus públicos ou analisando abri-las para seus colaboradores?

Na verdade o problema é o de sempre, né? Algumas empresas fazem de conta que o mundo digital não existe, impedem o acesso no ambiente corporativo e punem seus colaboradores quando há vazamento de informações. Pensar em uma política nem pensar, certo? Pensar em como estabelecer uma forma estratégica de utilizar esses canais nem pensar, certo?

Mauro Segura disse...

Tatiana. Você está certa. As redes sociais alavancam muito o networking das empresas. Aqui na IBM as redes sociais desempenham papel fundamental no relacionamento da empresa com a comunidade em geral, em especial os formadores de opinião e clientes. Abraços e obrigado por visitar o blog. Mauro.

Mauro Segura disse...

Zee.
Eu concordo e discordo de você. Aliás, posso discordar, né?
Concordo muito com a sua pergunta: Por que não fazem uma pesquisa para saber quanto tempo um funcionario gasta durante o expediente de trabalho pensando em sua vida particular ou conversando coisa aleatórias com os seus colegas de trabalho? Quer dizer que conversar pode, desde que não seja nas redes sociais. Gosto dessa abordagem mais incisiva pois a maioria das pessoas não considera que os funcionários podem ou não ser dispersivas independentemente da existencia ou não de redes sociais.
Por outro lado eu discordo de você em relação a pirataria. Eu sou radicalmente contra a pirataria. Nunca fui tolerante com isso. Mas a solução é isso mesmo, buscar softwares e produtos livres, eu também faço isso e este é o caminho.
Abcs. Mauro.

Mauro Segura disse...

Beth.
Este também foi o dado que mais me surpreendeu (colegas afirmarem que seus pares ficam quase uma hora por dia em redes sociais). Não sei se dar para acreditar. Mas pesquisa é pesquisa, os dados estão aí.
Eu acho que esse resultado gera impacto sim nas corporações, principalmente porque ele confirma a percepção de perda de produtividade que as empresas, em geral, já têm das redes sociais. Ou seja, o impacto é negativo, atrasando ainda mais a introdução das redes no mundo corporativo.
Acho que a entrada das redes sociais se parece um pouco com o que vivemos na época em que se discutia a liberação do acesso à internet nas empresas. Acho que já ultrapassamos essa fase, ou seja, quase a totalidade das empresas já libera o acesso à internet para seus funcionários. Isso se tornou inevitável pois a internet virou um canal importante e indispensável para empresa se relacionar com seus clientes, parceiros e mercado em geral. Essa mesma onda deverá acontecer com as redes sociais, é uma questão de tempo.
Obrigado pelos seus comentários sempre interessantes. Abcs. Mauro.

Zee Lima disse...

Mas é claro que pode Mauro!

Discordar, concordar, remendar, mixar, samplear, eu sou um ativista de carteirinha do Creative Commons!

É a pirataria é um assunto delicado mesmo, por isso os esforços para combatê-la passam por ações como o próprio CC (creative commons), software livres, e uma larga dose de conscientização por parte de empresas e consumidores.

Acho que a internet nos ajudou a descobrir que os problemas não são tão simples assim, sõ várias facetas e as resoluções tem que ser sistêmicas e pontuais. Causando efeitos que antes ninguém se preocupava em atingir.

O que no meu ver é muito bom. Sou terminantemente contra soluções paliativas que se tornam definitivas, feitas na pressa e no calor do momento.

Forte Abraço!

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