No dia 9 de junho, o Grupo Pão de Açúcar publicou um anúncio de página inteira nos principais jornais do país, comunicando a aquisição do Ponto Frio.
Dizia o anúncio:
Ponto Frio, Pão de Açúcar, Extra, CompreBem, Sendas e Assai. Está formada a maior rede de varejo do Brasil.
Há mais de 60 anos, o Grupo Pão de Açúcar investe e contribui para o desenvolvimento do país. Agora, com a aquisição do Ponto Frio, assume a liderança do varejo brasileiro com mais de mil lojas e 79 mil colaboradores. Para integrar todas essas forças, contamos com a mesma vocação para a inovação, o prazer em servir e a determinação de quem sempre busca o melhor.
Grupo Pão de Açúcar. Quando a gente conquista, o Brasil conquista.
Duas coisas me chamaram a atenção nesse anúncio. A palavra "integrar" e os logos das empresas no final da página inteira.
Realmente, integrar essas redes de varejo não deve ser fácil. Me caiu a ficha se faz sentido o Grupo Pão de Açúcar continuar com todas estas marcas separadas. Daí me surgiu uma pergunta: Se você fosse o gestor de marketing desse grupo, você recomendaria "matar" todas estas marcas e centralizar todos os esforços em uma única marca? Imagine o poder de fogo do grupo se todas as verbas de marketing fossem canalizadas para esta marca, com uma cadeia logística menos complexa e todos os 79 mil colaboradores unidos em uma única empresa.
Já que estamos falando de aquisição de empresas, a revista Exame acaba de publicar uma notinha, quase escondida, dizendo que o Marfrig revelou que mantém negociações para uma possível fusão com o Bertin. Essa será outra "senhora" fusão, criando mais uma mega-empresa global de alimentação.
3 comentários:
Oi Mauro, claro que integrar/unificar tornaria o Pão de Açucar uma grande potencia institucional. Mas dentre estas marcas há nichos diferentes e classes de consumidores diferentes, por isso também é preciso lidar com este fato. Tornar todas apenas uma marca seria unificar o tratamento, a mensagem, a comunicaçao e isso talvez não seja o objetivo do Grupo.
Abraços,
Mateus d'Ocappuccino
Oi, Mateus. Concordo e entendo bem essa estratégia de segmentação. Mas se você analisar bem, o Pão de Açúcar não desenhou essa estratégia de segmentação. Essa profusão de marcas é o resultado direto de aquisição de empresas e a manutenção de suas marcas. Tão simples quanto isso. Eles foram comprando empresas e mantendo as marcas, evitando mistura-las com a marca Pão de Açúcar. Acho que agora eles devem estar pensando se vale a pena continuar com todas essas marcas e nomes. Talvez o melhor seria consolidar tudo isso em duas ou três marcas, evidenciando alguma ligação entre elas. Hoje são marcas com nomes muito distintos, cores e posicionamentos muito diferentes. Enfim, escrevi esse post pois acho que seria uma coisa em que iria trabalhar se estivesse no marketing da empresa. Abraços. Mauro.
Anúncio ontem do patrocinio do Grupo Pão de Açucar na camisa da seleção brasileira, a marca escolhida é a Extra. Abilio está jogando pesado em investimentos. Grande visionário.
Mateus
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