quarta-feira, 4 de março de 2009

O uso de TV na Comunicação Interna

Desde 2006 que nós usamos na IBM um sistema de TV como ferramenta de comunicação interna. Vale alertar que não é o sistema de TV usado por muitas empresas para treinamento ou comunicação do executivo com toda a população. Essa fórmula é usada, por exemplo, na Magazine Luiza, onde todos os empregados, num determinado dia e hora, se colocam na frente das inúmeras TVs espalhadas pelas instalações da empresa para ouvir uma mensagem executiva.

Nossas primeiras TVs foram colocadas nos elevadores do prédio de Tutóia e rapidamente se tornaram uma preciosa fonte de informação. Basicamente a tela da TV se divide em duas partes: 2/3 é ocupada com notícias IBM e 1/3 com notícias e índices de mercado. O serviço fornecido por um provedor externo inclui toda a parte técnica e o provimento das notícias externas. Todas as notícias internas são produzidas pelo grupo de comunicação da IBM, que faz um serviço brilhante, impecável e insano. Eu digo insano pois uma ferramenta como a TV no elevador, num edifício com 3 mil trabalhadores, mais um número considerável de visitantes e circulantes, exige uma grade atualizada diariamente, atrativa, muito bem escrita e com equilíbrio de informações. Enfim, a experiência tem sido maravilhosa e hoje temos TVs espalhadas em quatro instalações da empresa: edifícios de Tutóia e Água Branca em São Paulo, em Hortolândia e no Rio de Janeiro.

No prédio de Tutóia, em São Paulo, de 20 andares, temos TVs de 13 polegadas nos elevadores. Já em Hortolândia, onde a planta predial é horizontal (apenas um andar – são vários prédios conectados por corredores – é uma ex-fábrica), optamos por colocar TVs de 42 polegadas nos principais pontos de circulação. São mais de sete mil pessoas trabalhando diariamente na IBM Hortolândia.

Essa diferença de necessidades exige fórmulas completamente diferentes de operar e produzir as grades. Uma coisa é produzir para TVs pequenas onde as pessoas estão dentro de um elevador por instantes, outra coisa é produzir para TVs de tela grande, onde as pessoas estão nos corredores e param para ver as notícias, sem pressão de tempo. Além disso, é importante levar em conta que a grade deve atender à exigências locais, ou seja, a grade de assuntos de Hortolândia precisa atingir um perfil de público diferente do que encontramos no prédio da IBM em Tutóia. Por causa disso, o time de comunicação da IBM gerencia grades diferentes, com periodicidade de atualizações e notícias diferentes para cada uma das localidades em que se encontram as TVs. A customização é tanta que, no caso de Hortolândia, é possível direcionar um assunto específico para uma única TV, atendendo apenas a um grupo de profissionais.

Esse é um aprendizado que temos desenvolvido no dia a dia, mas já aprendemos algumas coisas ao usar as TVs:

- As notícias devem ser curtas e objetivas;

- Devemos usar efeitos de movimento e cores. A TV exige algo dinâmico e atraente;

- A TV favorece notícias sobre pessoas pois todos gostam de ver seus amigos e colegas na TV;

- Uso intenso de fotografias e vídeos;

- Atualização constante da grade pois notícia velha mata qualquer veículo. No caso de Hortolândia, a atualização é diária;

- Atualização da grade exige disciplina, portanto um sistema gerencial para coleta e seleção das notícias é condição básica para o sucesso do projeto.

Em resumo, a TV não é o velho mural que colocamos nas paredes. É algo vivo que tem que ter dinamismo. O formato de apresentação é tão importante quanto o conteúdo.

E o que é melhor, TV ou Mural ? A TV substitui o Mural? Esses são temas para outro post.

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6 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que substitui apenas em partes. Muitas informações rápidas ganham muito mais visibilidade na TV, sem dúvida. Acho o veículo fantástico e é certo que prende a atenção do espectador como nenhum outro.
Mas as vezes, é importante que o funcionário possa voltar ao hall do elevador, café e rever aquela mensagem que lhe chamou a atenção, e que não estará esperando por ele na TV. Nessa parte o mural ainda é importante. A informação é rápida também, mas é fixa, algo que ele precisa saber sempre.

Anônimo disse...

A TV é um veículo dinâmico, diferente, chamativo e que tem a cara da IBM. Ótimo veículo, principalmente, para notícias curtas e rápidas. Em Hortolândia, ter a possibilidade de customizar cada TV é excelente, pois é uma forma de criar uma aproximação maior com aquele público específico.

Se a TV substitui ou não o mural, isso é uma polêmica... não acho que um seja melhor que o outro, creio que depende muito do perfil do assunto: existem temas que se encaixam melhor na TV, outros no mural, outros na Intranet e por aí vai. Em muitos casos, usar veículos integrados é a melhor opção. Por exemplo: uma pessoa pode ver uma chamada curta e se interessar pelo assunto. Assim, ela decide buscar mais informações e acessa a Intranet.

Mauro Segura disse...

Concordo com vocês integralmente. A TV não conseguer substituir o mural pelos motivos que vocês citaram. Na verdade, eles são veículos que se complementam muito bem.

Sol disse...

Hei Mauro, muito legal falar desse tipo de mídia, principalmente com suas funções atuais, que são as mesmas de uma tv aberta, um noticiário. As vezes a gente se esquece das novas tecnologias e só pensa no formato básico do negócio.

Acompanhei um tempo, no início da implatação das TVs de elevadores, a corrida dos profissionais de Comunicação para a substituição do modelo antigo de uso das Tvs em empresas, que antes tinham periodicidade, conteúno muito mais focado em treinamento, para o modelo atual.

Mas, na minha opinição, as TVs não substituiram os vídeos de treinamentos, que são focados hoje, em sua grande maioria, na intranet, e nem vão substituir os murais, que têm uma função muito mais "rotina de trabalho", "dia-a-dia", formato legalizado de comunicados formais da empresa.

As Tvs de elevadores, como eram chamadas antes, precisam cumprir um papel até de cidadania, o que as torna muito mais atraente.

Hoje existem agências especializadas em ceder não só a manutenção do canal, mas também os aparelhos de TV, e criação de conteúdos, o que nos ajuda a não precisar de uma equipe inteira para fazer a programação funcionar, o que geralmente embargava o projeto.

Um abraço.

Sol

Dantas disse...

Primeiramente parabéns Mauro pelo seu blog. Tenho lido e acho os artigos muito interessantes.
Queria te fazer uma pergunta. Qual é a sua opinião sobre se ter uma rádio dentro da empresa? Aqui na empresa que trabalho tem caixas de som espalhadas pela empresa inteira e fica sintonizada na Antena 1, a utilidade dela é para a localização dos funcionarios que estão fora do setor.

Abraço

Mauro Segura disse...

Dantas.
Eu não entendi muito bem o seu comentário. Você pergunta qual é a minha opinião sobre ter uma rádio dentro da empresa e diz que na empresa onde você trabalha, tem caixas de som espalhadas pela empresa inteira, que é usada para localizar funcionários e ficar sintonizada na Antena 1.
Voce já leu meu post sobre o projeto RADIO VIAPAR?
Meu conceito de rádio é bem diferente do que você diz que tem na sua empresa. Não acredito no rádio como ferramenta de comunicação da maneira que existe em sua empresa. Já a RADIO VIAPAR é um exemplo muito bom do conceito estratégico de rádio como veículo de comunicação interna. Dá uma olhada no link abaixo. Abraços e obrigado por visitar meu blog.
http://aquintaonda.blogspot.com/2009/03/quinta-onda.html

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