segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Apenas 10% das empresas querem liderar na implementação e uso das redes sociais no trabalho, o restante quer apenas participar e observar

A pesquisa "Leading Brands and the Modern Social Media Landscape" é bem "fresquinha" (sem trocadilho!!) - foi conduzida entre agosto e outubro de 2010 - e o resultado foi publicado em novembro último.

A FedEx e a Ketchum estudaram detalhadamente como as grandes empresas no mundo estão aplicando as mídias sociais em seu ambiente de trabalho. Foram analisados os bastidores de 62 grandes empresas nos Estados Unidos e Europa. Eu diria que é um belo retrato de como as grandes marcas mundiais estão incorporando e aprendendo com o uso dessas novas mídias.

O estudo teve por objetivo não somente conhecer as principais práticas, aplicações e resultados, mas também examinar o planejamento, a organização e os investimentos dedicados às mídias sociais, o que é muito diferente da maioria dos estudos que entram naquelas questões "papai e mamãe" perguntando se as redes são liberadas, etc e tal. O real valor deste estudo está em trazer a tona as transformações oriundas das principais práticas. Os pesquisados foram posicionados em três categorias de acordo com a sua atuação nas mídias sociais: Líderes, Participativos e Observadores.

O estudo confirma o que lemos na imprensa em geral: as empresas estão entrando nas mídias sociais e com foco em projetos multi-departamentais. Por outro lado, as empresas demonstram perfis e objetivos distintos. Enquanto apenas um número pequeno delas busca a liderança no uso e implementação (10% das empresas pesquisadas), a maioria pretende participar (75% delas) e observar (15%) as mídias sociais, encarando-as apenas como algo complementar ao que já está sendo feito. Mas todas exaltam a importância de investirem mais em colaboração.

Os entrevistados afirmaram que as empresas precisam ser sempre transparentes e autênticas em todos os programas nas mídias sociais, independentemente da simplicidade ou sofisticação das atividades. Eles argumentaram que o tom e o estilo usado tradicionalmente na comunicação corporativa não funciona na web social.

A pesquisa evidencia que as redes sociais estão acelerando a convergência da comunicação interna e externa nas empresas. Cada vez é mais difícil separar as fronteiras das duas áreas. As empresas têm que repensar como se organizarão pois já começa a não fazer sentido ter as áreas de comunicação interna e externa separadas.

As maiores preocupações das empresas estão no controle e na influência do boca-a-boca gerado nas mídias, e em como tornar as mídias sociais um efetivo canal de atendimento ao cliente. As empresas, de forma geral, ainda estão dando os primeiros passos nestas áreas.

Sobre o processo de budget, a maioria das empresas gasta entre 5 e 15% de seu budget total de comunicação externa em mídias sociais. Não surpreende quando todos afirmam que pretendem gastar mais em 2011.

Não sei se isso me conforta, mas o estudo comprova que a medição de resultados é ainda uma "via-crucis". Medir o retorno dos projetos ainda é um desafio, já que não existe uma consistência de como trabalhar o "ROI" em mídias sociais. A maioria das empresas monitora citações e nível de atividade, continuando a trabalhar com métricas como “followers,” “friends,” ou “views”, mas todos reconhecem que isso é não é suficiente e efetivo.

O estudo vale a leitura. Sugiro que imprima o documento para ler com calma pois o conteúdo é interessante. Acesse AQUI.

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