
O feedback recebido de quem trabalha em casa tem pontos positivos e outros negativos. E os executivos parecem compartilhar da mesma opinião. O feedback positivo fica por conta do melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, do aumento da concentração e maior produtividade, já que no escritório as interrrupções são constantes. Já a visão negativa diz respeito a sensação de isolamento, de falta de integração, de problemas de carreira e desconexão com o clima organizacional.
Do ponto de vista de comunicação empresarial, o desafio é enorme. Como alcançar o funcionário remoto e fazê-lo se sentir dentro da empresa? Como fazer ele entender a estratégia da empresa e ter um sentimento de pertencimento? Neste contexto, o ferramental tecnológico passa a ser muito importante pois é necessário levar a empresa até dentro da casa do funcionário.

- o alto número existente de processos manuais e desintegrados que ainda existe na empresa,
- e a confusão de plataformas de tecnologia que as empresas têm instaladas para fazer a companhia "rodar".
Recomendo a leitura de uma interessante análise sobre "Home Office" feita por Viviani Mansi no blog Comunicação Interna. É uma visão prática de quem conhece o assunto. Aliás, vale a pena vasculhar todo o blog, tem muita coisa boa.
Existe uma outra pesquisa relevante chamada "Telework Trendlines 2009" da WorldatWork publicada em Fev/2009, que traça o perfil do trabalhador remoto norte-americano. Segundo a pesquisa, o número de trabalhadores remotos nos EUA cresceu 74% nos últimos 3 anos. E a tendência é de alta. Esta tendência não rola somente na Terra do Tio Sam, aqui em Terra Brasilis o movimento também é de alta conforme uma pesquisa citada na Computerworld.
Para fechar o post, veja abaixo uma matéria veiculada no Jornal Nacional em Ago/2009. Como toda matéria no JN, ela é superficial, mas é interessante ouvir o depoimento de trabalhadores que já experimentam essa nova forma de trabalho.
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3 comentários:
Olha Mauro, essa é a idéia que mais me agrada do mundo corporativo desde a criação da gestão de conflitos!
O motivo é simples, nós vivemos para trabalhar e trabalhamos para viver. Não é uma questão de dupla identidade como um Clark Kent e seu alter ego, o heróico Super-homen.
Logo, nosso "viver em sociedade" é sinônimo de trabalho. Então temos que sim conciliar as duas coisas. E não de uma forma saturada, moralmente ambigua, e vilanesca como os cyberpunks dos anos 70 escreveram... não precisa ser assim, pode ser de forma equilibrada e sensata.
Creio que neste sentido o home work é um grande passo nesse sentido. Pois ele respeita a produtividade de cada um.
Se vc é como eu e acorda as três da manhã com a cabeça fervilhando de idéias mas tem que apagá-las rápido e ir dormir pq as 5:00hs tem que estar de pé e pegando um ônibus lotado para o trabalho... sabe bem o custo para sua vida e seus negócios do trabalho como é posto hoje.
Agora e sobre os laços da empresa? Bem... que laços nós temos com TODAS as pessoas da empresa? Sinceramente tem gente que eu só vejo nas festas e olha lá, nunca troquei um dedo de prosa.
Mas aqui vem o alerta, assim como existem pessoas como eu que renderiam horrores com esse esquema, teríamos pessoas que simplesmente iriam se sucicidar se tivessem que ficar longe do escritório.
O ambiente corporativo é viciante. Suas belas roupas, cheiros amadeirados, barulhos e gente para todo lado. Se não fosse viciante não teríamos workaholics no mundo.
Então qual a saida para o empasse? Respeito e envergadura moral. Se o colaborador tem realmente esse viéz pq não dar a ele e aumentar os faturamentos no final do mês? E se ele não tem, pq condená-lo ao sofrimento?
E o papel das redes sociais nisso tudo? Hora não são as redes que dizem existir para "manterem as pessoas conectadas umas com as outras?" Para mim é obvio o papel fundamental delas.
E não só as redes, programas como o Google Wave tornam tudo isso incrivelmente simples. E além disso temos as intranets... enfim, um arsenal de ferramentas.
O que nos falta é ainda o respeito e a envergadura moral. Como diz uma frase que é um koan para mim: só existe entendimento entre mãos que constrõem e cérebros que planejam se houver um coração como mediador. Fritz Lang.
Abraço à todos.
Zee. Este seu post comentário foi espetacular. Abraços. Mauro.
Mauro, estou escrevendpo uma matéria sobre Comunicação Interna e gostaria de te entrevistar. Trabalho para uma revista ficada na área da Comunicação Social, chamada PQN. Teria como você me passar alguma forma de contato com a qual eu possa conversar com você, passar meus contatos, maiores dados sobre a publicação e explicar melhor a matéria?
Meu e-mail é lucio@pqn.com.br
Aguardo contato.
Grato,
Lúcio Carvalho
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