Enquanto as empresas B2C se lançaram rapidamente no mundo das mídias sociais, as empresas B2B têm sido mais cuidadosas, até porque o ambiente de jogo é diferente. Embora as B2B estejam atrás das B2C na curva de adoção das mídias sociais, elas estão desenvolvendo formas originais e poderosas de municiarem as suas decisões com base em "insights sociais" coletados das redes online.
O excelente estudo da Brandwatch analisou a atividade online de 200 empresas B2B, mostrando sua evolução, desenvolvimento e as diversas aplicações e usos das mídias sociais no mundo B2B. Foram mais de 5 milhões de conversas capturadas da web.
Atualmente, 76% das marcas estudadas possuem contas no Twitter e no Facebook. Em média, a conta no Twitter das marcas líderes B2B tem 47 mil seguidores, já no Facebook a média é de 211 mil fãs por conta. Surpreendentemente, a proporção de marcas com nenhuma conta ou nenhuma atividade no Twitter é muito alto: 42% .
O estudo mostra que as B2B estão cada vez mais presentes e ativas nas mídias sociais. A plataforma mais utilizada é o Twitter, que não favorece muito a conversa com os fãs da marca, já que o Twitter não é a melhor plataforma para o desenvolvimento de diálogos. Apesar disso, várias marcas não usam o Twitter apenas como via de mão única. Interpretando de outra forma, ainda existe um enorme espaço para as B2Bs aumentarem e se aprofundarem nas conversas online. O estudo afirma que as marcas estão perdendo a oportunidade de desenvolver conversas online com seus consumidores a respeito de "customer service", intenção de compra e feedback sobre produtos e serviços. Isso fica mais evidente quando o estudo compara os números das empresas B2B versus as B2C nas mídias sociais. Vale ver no estudo.
As organizações, de forma geral, trabalham com múltiplas contas em cada mídia social, tipicamente Twitter e Facebook. Uma estratégia comum no uso de várias contas é ter uma ou mais contas focadas em engajamento - principalmente na forma de ofertas e notícias da empresa - e outras contas para atendimento ao cliente e recrutamento.
Surge um líder evidente na análise global da frequência de conversas sociais online por país, a IBM, que é a marca mais citada em mais de 100 países. O estudo diz que parte desse sucesso pode ser resultado do uso generalizado dos produtos e serviços da empresa no mundo, mas os esforços consistentes, bem planejados e executados pela IBM nas mídias sociais não pode ser negligenciado. A IBM tem sido uma das empresas B2B com maior presença nas mídias sociais ao longo dos últimos anos, com atuação consistente e inovadora.
A análise global revela que a distribuição de menções reflete a cultura, a geografia e o estado sócio-econômico de cada país. Por exemplo, países ricos em petróleo como a Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, falam mais sobre marcas de energia, como ExxonMobil , BP e Chevron.
A análise da atuação das B2B no Facebook revela que mais da metade dos posts publicados pelas empresas contém uma foto. As empresas já descobriram que os posts com foto recebem maior engajamento. Da mesma forma, posts com vídeos alcançam ainda mais respostas do que os com foto, recebendo mais comentários do que qualquer outro tipo de post. As B2Bs entenderam que compartilhar contéudo via imagens e vídeos é uma necessidade, possibilitando formas inovadoras de relacionamento, além de aumentar o engajamento com todos os públicos.
Em resumo, vale muito a pena fazer o download e percorrer o estudo. As análises mostram que as B2Bs estão adotando de verdade as mídias sociais em suas estratégias de comunicação, porém ainda estamos apenas no início da jornada.
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