Saiu o estudo BrandZ 2012! O relatório mostra que o ranking das marcas mais valiosas do mundo continua sendo dominado pelas empresas de tecnologia e pelas B2C.
Algumas coisas me chamaram a atenção:
- Das 10 primeiras colocadas no ranking 2012, 4 marcas são de tecnologia e 3 são de telecomunicações.
- A Coca-Cola aparece em sexto lugar, na mesma posição que ocupava no ranking 2011.
- A IBM é a única empresa B2B entre as 10 primeiras, e ocupa a posição 2 do ranking, o que parece um pouco incrível na competição com as B2C. Tudo fica mais surpreendente ao verificarmos que a IBM subiu uma posição em relação ao ranking 2011, roubando a posição do Google!
- E, antes que a curiosidade bata, já vou logo respondendo que o Facebook ocupa a posição 19, em 2011 ele estava na posição 35, portanto continua subindo vigorosamente no ranking.
O BrandZ foi criado em 1998 e vem ganhando credibilidade e respeitabilidade a cada ano que passa. Segundo eles, são feitas mais de 150 mil entrevistas ao ano, além da análise de mais de 400 estudos ao redor do mundo.
Invista tempo para ler o estudo "2012 BrandZ Top 100 Most Valuable Global Brands". O ranking se mostra até desinteressante diante do restante do documento, que é riquíssimo, com muitos insights que valem a pena. Descubra os atributos e as características que valorizam uma boa marca segundo o BrandZ. Tem um capítulo exclusivo sobre os BRICs e o Brasil, mostrando que estamos realmente passando por uma fase muito especial. Se tiver curiosidade e tempo, compare com o ranking 2011. Abaixo apresento os links para o PDF de ambos os relatórios.
BrandZ 2012
BrandZ 2011
domingo, 27 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
A síndrome de abstinência do Facebook
O cara virou pra mim e falou mais ou menos assim:
-- Eu estou viciado. Não consigo mais viver sem estar consultando o facebook o tempo todo. Meus dedos ficam nervosos. Eu me pego nas reuniões com as mãos sob a mesa, mirando o celular com um olhar de lado, respondendo o facebook. Me distraio mandando mensagens. Meu chefe já me pegou no flagra várias vezes. Um dia eu esqueci o celular em casa e passei mal o dia todo, com ansiedade, achando que as coisas estavam acontecendo e eu estava por fora. Senti até tremedeira.
Você pergunta: quem é esse casa?
Eu respondo: um colega.
A história, apesar de engraçada (me permiti usar palavras diferentes daquelas usadas por ele, mas entendi na forma acima), ilustra um dos males atuais da nossa vida diária: a sensação de que estamos constantemente perdendo alguma coisa ou, no mínimo, que estamos desatualizados.
O sempre interessante e completo estudo Wave, recentemente publicado na versão Wave 6 (não conhece? separa um tempo para escarafunchar essa pesquisa porque vale a pena ou pelo menos veja o vídeo no final do post), mostra de forma contundente um aumento significativo no tempo que todos nós gastamos nas mídias sociais, que hoje são rivais inquestionáveis das mídias tradicionais, com alto impacto de influência na percepção e consumo do cidadão, bem como nos negócios. Ou seja, se você se sente ansioso em entrar nas mídias sociais várias vezes ao dia, fique tranquilo porque você não está só.
A pesquisa tem um dado curioso: 42% dos pesquisados dizem que se sentem preocupados de perder alguma coisa relevante se não estiverem conectado às redes sociais (página 28 do documento). E essa sensação é muito verdadeira quando olho meus colegas de trabalho e o exemplo do meu amigo aqui no início desse post. E a tendência é aumentar esse índice, tendo em vista a chegada da geração mais nova ao mercado de trabalho.
Falando na geração Y...
Uma pesquisa encomendada pela Time Warner à Research Boston Innerscope trouxe um dado curioso. A pesquisa aponta que os nativos digitais trocam de mídia 27 vezes em 1 hora, alternando a atenção entre computador, celular, TV e outros dispositivos. Parece louco, mas você já sentou ao lado do seu filho para ver como as coisas rolam? Por outro lado, a geração mais velha troca de mídia "apenas" 17 vezes (quer saber? Achei 17 até um número alto).
Para nós, profissionais de marketing e comunicação, essa nova realidade parece confrontar radicalmente com a forma como fazemos marketing e comunicação nas empresas. As agências de publicidade estão se virando para construir uma ponte entre o marketing tradicional e o novo marketing. Consumidores parecem cada vez mais se afastar da mídia tradicional e dos websites das empresas por proverem uma experiência unidimensional, pobre, quando comparados à pluralidade e velocidade das mídias sociais. As marcas precisam encontrar seus atuais e potenciais clientes nos espaços sociais online, porque é ali que rolam as coisas. É ali que a ansiedade do meu colega é saciada e que os jovens encontram suas comunidades. É entendendo a experiência social de seus clientes e consumidores que as empresas conhecerão esse novo ser humano conectado, que é trabalhador, consumidor, cidadão e influenciador, tudo ao mesmo tempo.
Não deixe de ver essa pesquisa muito interessante e completa chamada Wave 6. Faça o download e verifique como o Brasil é realmente destaque nas mídias sociais. Por exemplo, olhe a posição do Brasil no gráfico das páginas 32 e 33. É um estudo que merece ser degustado :)
Texto publicado no Nós da Comunicação e no blog da CRN
-- Eu estou viciado. Não consigo mais viver sem estar consultando o facebook o tempo todo. Meus dedos ficam nervosos. Eu me pego nas reuniões com as mãos sob a mesa, mirando o celular com um olhar de lado, respondendo o facebook. Me distraio mandando mensagens. Meu chefe já me pegou no flagra várias vezes. Um dia eu esqueci o celular em casa e passei mal o dia todo, com ansiedade, achando que as coisas estavam acontecendo e eu estava por fora. Senti até tremedeira.
Você pergunta: quem é esse casa?
Eu respondo: um colega.
A história, apesar de engraçada (me permiti usar palavras diferentes daquelas usadas por ele, mas entendi na forma acima), ilustra um dos males atuais da nossa vida diária: a sensação de que estamos constantemente perdendo alguma coisa ou, no mínimo, que estamos desatualizados.
O sempre interessante e completo estudo Wave, recentemente publicado na versão Wave 6 (não conhece? separa um tempo para escarafunchar essa pesquisa porque vale a pena ou pelo menos veja o vídeo no final do post), mostra de forma contundente um aumento significativo no tempo que todos nós gastamos nas mídias sociais, que hoje são rivais inquestionáveis das mídias tradicionais, com alto impacto de influência na percepção e consumo do cidadão, bem como nos negócios. Ou seja, se você se sente ansioso em entrar nas mídias sociais várias vezes ao dia, fique tranquilo porque você não está só.
A pesquisa tem um dado curioso: 42% dos pesquisados dizem que se sentem preocupados de perder alguma coisa relevante se não estiverem conectado às redes sociais (página 28 do documento). E essa sensação é muito verdadeira quando olho meus colegas de trabalho e o exemplo do meu amigo aqui no início desse post. E a tendência é aumentar esse índice, tendo em vista a chegada da geração mais nova ao mercado de trabalho.
Falando na geração Y...
Uma pesquisa encomendada pela Time Warner à Research Boston Innerscope trouxe um dado curioso. A pesquisa aponta que os nativos digitais trocam de mídia 27 vezes em 1 hora, alternando a atenção entre computador, celular, TV e outros dispositivos. Parece louco, mas você já sentou ao lado do seu filho para ver como as coisas rolam? Por outro lado, a geração mais velha troca de mídia "apenas" 17 vezes (quer saber? Achei 17 até um número alto).
Para nós, profissionais de marketing e comunicação, essa nova realidade parece confrontar radicalmente com a forma como fazemos marketing e comunicação nas empresas. As agências de publicidade estão se virando para construir uma ponte entre o marketing tradicional e o novo marketing. Consumidores parecem cada vez mais se afastar da mídia tradicional e dos websites das empresas por proverem uma experiência unidimensional, pobre, quando comparados à pluralidade e velocidade das mídias sociais. As marcas precisam encontrar seus atuais e potenciais clientes nos espaços sociais online, porque é ali que rolam as coisas. É ali que a ansiedade do meu colega é saciada e que os jovens encontram suas comunidades. É entendendo a experiência social de seus clientes e consumidores que as empresas conhecerão esse novo ser humano conectado, que é trabalhador, consumidor, cidadão e influenciador, tudo ao mesmo tempo.
Não deixe de ver essa pesquisa muito interessante e completa chamada Wave 6. Faça o download e verifique como o Brasil é realmente destaque nas mídias sociais. Por exemplo, olhe a posição do Brasil no gráfico das páginas 32 e 33. É um estudo que merece ser degustado :)
Texto publicado no Nós da Comunicação e no blog da CRN
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terça-feira, 15 de maio de 2012
O trabalho é um palco: todos nós somos atores e atrizes
Você acorda, se arruma, se olha no espelho. Pensa em como vai ser seu dia e escolhe a roupa. Se tem alguma reunião importante ou evento especial, procura vestir algo melhor. Chega no trabalho e sorri, mesmo nas vezes que está infeliz com a pressão das pendências ou com TPM. Passa na sala do chefe e dá "bom dia", mesmo sabendo que ele é pereba e não merecia estar lá. Vai para uma reunião importante e pensa em sua estratégia de comportamento, deve ser duro ou mais condescendente? Deve ceder logo no início ou forçar a barra para tentar conseguir uma melhor negociação no final? Vai tomar um cafezinho e bate papo com colegas legais no meio do caminho. Ri da piada do colega. O chefe chama e faz um elogio genuíno para um projeto que você está conduzindo. Você estufa o peito de satisfação e volta feliz para sua mesa. Almoça com um colega onde confidencia o elogio do chefe, mas entusiasmado você mente um pouquinho, contando uma história ainda maior. Seu coração está feliz. Começa a tarde mais inspirado e esperançoso de dias melhores em sua carreira. Acessa o facebook e escreve um post dizendo que andou de moto pela primeira vez na vida na semana passada. Entra em outra reunião de discussão estratégica e já tem na cabeça alguns comentários inteligentes que deve fazer. Penteia o cabelo e arruma a cintura. Vai na frente de todos e fala por dez minutos. Entra em outra reunião, onde um projeto complexo está sendo discutido. Faz cara de conteúdo porque você entende pouco do que estão falando. Espera um pouco, ouve muito, e aguarda o momento certo para fazer seu ponto. Você recebe uma responsabilidade no projeto que não concorda e sai aborrecido, achando que está sendo injustiçado e sobrecarregado. Você aceita coisas que não curte e não valoriza. Ao longo do dia você se emociona, mas como é um ambiente de trabalho, você tem que se controlar e mostrar equilíbrio profissional. As vezes fala mais alto, se excede, as vezes fica calado, taciturno. São muitos comportamentos diferentes ao longo do dia. Você sai do trabalho, chega em casa, muda de roupa e curte a família.
Cara. Você é um ator, uma atriz!! Vai dizer que não sabia?
Cara. Você é um ator, uma atriz!! Vai dizer que não sabia?
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segunda-feira, 7 de maio de 2012
Você não sabe o que é procrastinar na comunicação? Pois deveria
Uma vez eu fui ao médico e contei a ele a minha história:
-- Tenho enxaqueca regularmente. Resisto bastante antes de tomar um remédio. Vou segurando, segurando, até não aguentar mais. Só depois eu tomo um remédio.
O médico respondeu:
-- E aí como é o seu dia nessas condições?
A minha resposta estava na ponta da língua:
-- Uma droga. Eu passo o dia todo podre, tentando lidar com aquela dorzinha para evitar o remédio. Chego no final do dia destruído de cansado.
O médico retrucou:
- Você está errado. Dor é ruim, você não deve sofrer. Quando sentir um primeiro sinal de dor, tome logo um remédio e não sofra. Não fique sofrendo, não precisa disso. Toma esse remédio aqui quando começar a sentir dor. E agora vamos ver outras coisas que podem estar causando isso tudo, mas não deixe de tomar o remédio ao primeiro sinal de dor.
Enfim, o médico foi muito enfático nesse ponto.
Por que estou contando esta história?
Demorar para tomar uma decisão, tolerar demasiadamente, sofrer, enrolar alguém ou se auto enrolar, tudo isso entra na categoria de procrastinação. E nós fazemos isso (desculpe se coloquei você nessa!!) constantemente na comunicação empresarial, especialmente em relações públicas onde misturamos procrastinação com "reza forte". Ou seja, a gente torce para tudo dar certo.
Procrastinar na comunicação empresarial funcionava muito bem na década passada, quando não existiam a internet, as mídias sociais e a comunicação em tempo real. A comunicação externa quase sempre dependia da imprensa, portanto o jogo era saber se relacionar e lidar com a imprensa, desenvolver bons relacionamentos com jornalistas importantes e guardar algumas pepitas de ouro de comunicação para soltar na hora mais conveniente.
Na era das mídias sociais tudo é online e as notícias navegam na "velocidade da luz". Acabou a tal hora conveniente. Posts, tweets e toda sorte de comunicação imediata populam a web a cada segundo. Portanto, a comunicação mudou de paradigma. Se posicionar rapidamente pode ser mais importante do que esperar para construir a melhor mensagem. Em tempos de internet, uma resposta rápida pode ser melhor que uma resposta excelente demorada.
O livro "Marketing e comunicação em Tempo Real" fala exatamente sobre isso. São 248 páginas que mudam a nossa cabeça. Mudar essa mentalidade deve fazer parte da agenda de qualquer profissional da área que se formou e se desenvolveu sob conceitos antigos que estão caindo por terra. Entender essa mudança e assumir a responsabilidade da transformação dentro da organização passa a ser condição básica para um profissional de sucesso.
E aí? Tem procrastinado muito?
Texto publicado no Nós da Comunicação
-- Tenho enxaqueca regularmente. Resisto bastante antes de tomar um remédio. Vou segurando, segurando, até não aguentar mais. Só depois eu tomo um remédio.
O médico respondeu:
-- E aí como é o seu dia nessas condições?
A minha resposta estava na ponta da língua:
-- Uma droga. Eu passo o dia todo podre, tentando lidar com aquela dorzinha para evitar o remédio. Chego no final do dia destruído de cansado.
O médico retrucou:
- Você está errado. Dor é ruim, você não deve sofrer. Quando sentir um primeiro sinal de dor, tome logo um remédio e não sofra. Não fique sofrendo, não precisa disso. Toma esse remédio aqui quando começar a sentir dor. E agora vamos ver outras coisas que podem estar causando isso tudo, mas não deixe de tomar o remédio ao primeiro sinal de dor.
Enfim, o médico foi muito enfático nesse ponto.
Por que estou contando esta história?
Demorar para tomar uma decisão, tolerar demasiadamente, sofrer, enrolar alguém ou se auto enrolar, tudo isso entra na categoria de procrastinação. E nós fazemos isso (desculpe se coloquei você nessa!!) constantemente na comunicação empresarial, especialmente em relações públicas onde misturamos procrastinação com "reza forte". Ou seja, a gente torce para tudo dar certo.
Procrastinar na comunicação empresarial funcionava muito bem na década passada, quando não existiam a internet, as mídias sociais e a comunicação em tempo real. A comunicação externa quase sempre dependia da imprensa, portanto o jogo era saber se relacionar e lidar com a imprensa, desenvolver bons relacionamentos com jornalistas importantes e guardar algumas pepitas de ouro de comunicação para soltar na hora mais conveniente.
Na era das mídias sociais tudo é online e as notícias navegam na "velocidade da luz". Acabou a tal hora conveniente. Posts, tweets e toda sorte de comunicação imediata populam a web a cada segundo. Portanto, a comunicação mudou de paradigma. Se posicionar rapidamente pode ser mais importante do que esperar para construir a melhor mensagem. Em tempos de internet, uma resposta rápida pode ser melhor que uma resposta excelente demorada.
O livro "Marketing e comunicação em Tempo Real" fala exatamente sobre isso. São 248 páginas que mudam a nossa cabeça. Mudar essa mentalidade deve fazer parte da agenda de qualquer profissional da área que se formou e se desenvolveu sob conceitos antigos que estão caindo por terra. Entender essa mudança e assumir a responsabilidade da transformação dentro da organização passa a ser condição básica para um profissional de sucesso.
E aí? Tem procrastinado muito?
Texto publicado no Nós da Comunicação
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terça-feira, 1 de maio de 2012
O clima organizacional depende diretamente do Gerente de Pessoas
Vai e volta, eu participo de reuniões com empresas onde se discute clima organizacional. Parece que esse tema ganhou mais relevância nos últimos anos. Na maioria das vezes, as empresas desejam desenvolver projetos de clima organizacional centrando os esforços em campanhas de comunicação interna. Eu tenho uma visão diferente e radical, eu acho que o grande X da questão em clima organizacional é o gerente, entenda-se gerente de pessoas.
Numa avaliação livre, clima organizacional é resultado de como o funcionário percebe o ambiente onde trabalha e se ele sente que consegue realizar as suas tarefas adequadamente.
O ambiente é saudável e amigo?
O ambiente permite inovar? Pensar diferente?
O funcionário tem ferramentas adequadas para trabalhar?
Existe colaboração, camaradagem e espírito de equipe?
Existe a sensação de reconhecimento e pertencimento?
O funcionário sente orgulho do que faz?
A comunicação é aberta, constante e transparente?
O funcionário conhece e entende a estratégia e os objetivos da empresa? Ele entende como o seu trabalho diário colabora para a estratégia da empresa?
Olhar essas perguntas, e muitas outras que não escrevi, evidencia o papel fundamental do gerente no clima organizacional.
O clima organizacional afeta o engajamento do funcionário, que por sua vez impacta diretamente a produtividade e os resultados de negócio da empresa. Ou seja, clima organizacional está intimamente conectado com os resultados que a empresa espera. E, no meio deles, reside a figura do GERENTE DE PESSOAS. Negligenciar a importância do clima organizacional é colocar os objetivos da empresa sob risco.
É evidente que as empresas esperam cada vez mais de seus gerentes. A responsabilidade só aumenta na área de gestão de pessoas, onde mobilidade, novas gerações, diversidade, interações virtuais e outras tantas tendências trazem mais desafios para a missão gerencial. Por outro lado, ironicamente, as empresas jogam cada vez mais atividades administrativas nas mãos dos gerentes. Em prol da produtividade, parece que o número de funcionários por gerente vem aumentando. O ambiente distribuído, com funcionários dispersos geograficamente, traz o desafio da distância para a liderança. Como interagir, comandar, influenciar e mentorizar a distância?
O paradoxo é real e existe. As empresas querem investir mais em clima organizacional, mas não conseguem fazer com que a sua liderança dedique mais tempo para essa atividade. Eu não consigo enxergar um projeto de clima organizacional que não tenha o gerente como o centro de tudo. Faço essa divagação porque acho que muitas empresas têm uma visão míope a respeito, imaginando que uma campanha de comunicação interna vai trazer algum resultado realmente transformador e perene para a organização.
Qual é a solução?
Eu realmente não sei. Não tenho nada em minha cartola. Mas acho que o primeiro passo seria as empresas reconhecerem esse cenário e procurarem preservar mais o tempo dos gerentes, de forma que eles consigam desempenhar a atividade de gestor de pessoas durante algumas horas do dia. Pelo menos para eles terem tempo para conversar com os seus liderados sobre carreira, desenvolvimento e outros assuntos de interesse direto de qualquer funcionário. Também sou muito a favor, especialmente para as empresas maiores, de uma comunicação interna dirigida e exclusiva para os gerentes. Os gerentes das empresas, em geral, agradeceriam muito se existisse um espaço onde eles pudessem discutir abertamente suas ansiedades, melhores práticas, desafios, etc. Gerente também é gente!!! Gerentes podem aprender muito com outros colegas gerentes, mas para isso todos têm que estar desarmados e reconhecer suas deficiências e dificuldades. Infelizmente, o ambiente competitivo que as empresas exercem inibe a demonstração de fraquezas e ansiedades. O mundo corporativo exige líderes heróicos, desbravadores, seguros e empreendedores. Tal ambiente dificulta uma discussão aberta e genuína. Que pena!
Texto publicado no blog do Grupo Foco
Numa avaliação livre, clima organizacional é resultado de como o funcionário percebe o ambiente onde trabalha e se ele sente que consegue realizar as suas tarefas adequadamente.
O ambiente é saudável e amigo?
O ambiente permite inovar? Pensar diferente?
O funcionário tem ferramentas adequadas para trabalhar?
Existe colaboração, camaradagem e espírito de equipe?
Existe a sensação de reconhecimento e pertencimento?
O funcionário sente orgulho do que faz?
A comunicação é aberta, constante e transparente?
O funcionário conhece e entende a estratégia e os objetivos da empresa? Ele entende como o seu trabalho diário colabora para a estratégia da empresa?
Olhar essas perguntas, e muitas outras que não escrevi, evidencia o papel fundamental do gerente no clima organizacional.
O clima organizacional afeta o engajamento do funcionário, que por sua vez impacta diretamente a produtividade e os resultados de negócio da empresa. Ou seja, clima organizacional está intimamente conectado com os resultados que a empresa espera. E, no meio deles, reside a figura do GERENTE DE PESSOAS. Negligenciar a importância do clima organizacional é colocar os objetivos da empresa sob risco.
É evidente que as empresas esperam cada vez mais de seus gerentes. A responsabilidade só aumenta na área de gestão de pessoas, onde mobilidade, novas gerações, diversidade, interações virtuais e outras tantas tendências trazem mais desafios para a missão gerencial. Por outro lado, ironicamente, as empresas jogam cada vez mais atividades administrativas nas mãos dos gerentes. Em prol da produtividade, parece que o número de funcionários por gerente vem aumentando. O ambiente distribuído, com funcionários dispersos geograficamente, traz o desafio da distância para a liderança. Como interagir, comandar, influenciar e mentorizar a distância?
O paradoxo é real e existe. As empresas querem investir mais em clima organizacional, mas não conseguem fazer com que a sua liderança dedique mais tempo para essa atividade. Eu não consigo enxergar um projeto de clima organizacional que não tenha o gerente como o centro de tudo. Faço essa divagação porque acho que muitas empresas têm uma visão míope a respeito, imaginando que uma campanha de comunicação interna vai trazer algum resultado realmente transformador e perene para a organização.
Qual é a solução?
Eu realmente não sei. Não tenho nada em minha cartola. Mas acho que o primeiro passo seria as empresas reconhecerem esse cenário e procurarem preservar mais o tempo dos gerentes, de forma que eles consigam desempenhar a atividade de gestor de pessoas durante algumas horas do dia. Pelo menos para eles terem tempo para conversar com os seus liderados sobre carreira, desenvolvimento e outros assuntos de interesse direto de qualquer funcionário. Também sou muito a favor, especialmente para as empresas maiores, de uma comunicação interna dirigida e exclusiva para os gerentes. Os gerentes das empresas, em geral, agradeceriam muito se existisse um espaço onde eles pudessem discutir abertamente suas ansiedades, melhores práticas, desafios, etc. Gerente também é gente!!! Gerentes podem aprender muito com outros colegas gerentes, mas para isso todos têm que estar desarmados e reconhecer suas deficiências e dificuldades. Infelizmente, o ambiente competitivo que as empresas exercem inibe a demonstração de fraquezas e ansiedades. O mundo corporativo exige líderes heróicos, desbravadores, seguros e empreendedores. Tal ambiente dificulta uma discussão aberta e genuína. Que pena!
Texto publicado no blog do Grupo Foco
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