quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trabalhadores dizem que seus colegas gastam 1 hora por dia navegando em redes sociais durante o trabalho

Uma pesquisa publicada pela consultoria Morse em 26/10/2009 afirma que o uso de redes sociais (como o Twitter e o Facebook) geram mais de 2 bilhões de dólares em perdas anuais de produtividade nas empresas do Reino Unido. A mesma pesquisa também informa que 57% dos trabalhadores entrevistados usam redes sociais para fins pessoais durante o expediente e que eles gastam, em média, cerca de 40 minutos por semana nas redes, o significa uma média de 8 minutinhos por dia útil.

A pesquisa revelou que os trabalhadores de escritório, em média, acham que seus colegas gastam quase uma hora (59 minutos) por dia navegando em redes sociais durante o trabalho. Isso mostra claramente a percepção e a tensão que o comportamento online provoca nas empresas, não só nos executivos, mas também nos funcionários. Achei esse dado surpreendente e muito interessante, o que justifica a má fama das redes sociais no ambiente de trabalho.

Outro dado que me chamou a atenção é que um terço dos 1.460 trabalhadores pesquisados disseram que identificaram informações confidenciais de suas empresas postadas em redes sociais. Fiquei assustado com este número, que me pareceu exagerado, mas pesquisa é pesquisa, temos que respeitar os dados.

76% revelaram que não receberam orientações sobre como usar o Twitter dentro da empresa. Aliás, em relação ao Twitter, existe uma preocupação devido ao aumento da utilização de encurtamento de URL tipicamente usado no Twitter, o que significa que os funcionários não podem ver o endereço original para o site que pode ser visitado. Isso deixa os trabalhadores potencialmente vulneráveis a golpes de phishing, malware e vírus de computador, o que poderia comprometer a segurança da empresa. Dos trabalhadores de escritório pesquisados, 81% admitiram que já ficaram preocupados com a possibilidade de clicarem um link para um site não seguro.

Por fim, a consultoria alerta que a falta de regras de uso para redes sociais pode gerar perda de produtividade, danos à reputação da marca e riscos de segurança de informações. Clica na imagem ao lado ou acesse AQUI para ver o press release publicado pela consultoria.

Acho tudo isso muito interessante pois dias atrás a Computerworld publicou uma matéria cujo título era "Empresas passam a usar redes sociais de forma estratégica". Acesse AQUI.

A matéria diz que muitas empresas já entenderam que as redes sociais são poderosos canais de comunicação com funcionários e clientes. Por outro lado, também cita que existe uma timidez e uma cautela enormes para introdução dessas redes dentro das empresas. Ou seja, as empresas reconhecem o poder das redes sociais mas não sabem muito bem como usá-las e gerenciá-las.

Enfim, tudo isso mostra que as redes sociais nas empresas ainda são um prato cheio para discussões, de percepções diferentes, de muita desinformação e aprendizado. Mas é bom saber que as empresas já identificam as redes sociais como algo que pode ser positivo e que cuja introdução é inevitável.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A tecnologia que incomoda

Descobri a frase abaixo num excelente artigo do Renato Cruz do Estadão.

"Quando os jornais impressos desaparecerem, o café da manhã deixará de fazer sentido" - frase dita por Jeffrey Cole, diretor do Centro para o Futuro Digital da Universidade do Sul da Califórnia.

Minha primeira reação ao saber dessa frase foi: "Prezado Sr. Jeffrey, o café da manhã já desapareceu há muito tempo".

Imagine-se tendo um bom café da manhã, lendo tranquilamente o jornal do dia e tomando conhecimento das notícias naquele instante. Fala a verdade pra mim. Isto é coisa do passado, né? Você consegue ter o "breakfast" sugerido na frase do Sr. Jeffrey? Nos dias de hoje, não dá tempo de tomar um café da manhã demorado, sem pressa, ainda de pijama e sem relógio no pulso (se você for da geração Y, você não terá um relógio no pulso, mas sim um celular nas mãos). As notícias você já soube no dia anterior e poucos de nós ainda pegam o jornal para ler como fazíamos anos atrás.

Enfim, são novos tempos. E, nesse embalo, tenho que confessar que fiquei entusiasmado com o anúncio da venda do Kindle no Brasil. O problema é que minutos depois todo o meu ânimo já havia desaparecido quando descobri que as condições e preço continuarão a fazer do Kindle um produto de difícil acesso. Mas, apesar dessa decepção, a chegada do "livro eletrônico" ou 'livro digital" é um caminho sem volta. Fico até arredio de falar sobre isso pois meses atrás escrevi que o livro de papel vai desaparecer e recebi dezenas de emails falando isso e aquilo de mim. O fato é que estou convencido disso e não desejo mais entrar nessa polêmica. Mas me divirto quando encontro pessoas que discordam completamente de mim, alguns até apresentam boas razões, mas quando falam do cheirinho do papel...

O artigo de João Ubaldo Ribeiro, chamado "Futuro Tecnológico", publicado no O Globo em 18/10/2009, é imperdível. Acesse AQUI. Ele fala dos novos tempos, cita o Kindle como pano de fundo e evidencia que as relações humanas estão em profunda transformação. Definitivamente ele resiste a evolução tecnológica que o mundo vem passando e acho que muitos de nós passamos por isso também.

Eu fico sonhando em ter um Kindle com todos os maravilhosos livros que tenho na minha estante de casa. São mais de 200 livros. Sonho em tê-los com as minhas marcações e rabiscos. Sonho em poder pesquisá-los instantaneamente através da busca de uma palavra chave ou frase. Atualmente estou lendo 5 livros ao mesmo tempo e não consigo carregar os livros comigo quando estou viajando, dentro do avião ou no táxi indo de um lado para outro. Tudo isso me lembra os quase 200 CDs que eu tinha (e ainda tenho) e que agora estão concentrados no meu MP3 player que carrego comigo o tempo todo, nas corridas no calçadão, no avião e na praia.

Enfim, chegaremos num dia onde o livro de papel será algo de museu, onde a mídia eletrônica será a única existente e talvez nem a palavra "livro" exista mais. Quem sabe neste dia acontecerá o que Millôr Fernandes escreveu num artigo memorável. Alguém vai inventar um novo produto revolucionário chamado L.I.V.R.O. Não deixe de ler. É espetacular. Acesse AQUI.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Em quê a geração Y é mais interessante que as outras gerações

Texto meu publicado no blog Foco em Gerações que reproduzo abaixo.

Perguntei para alguns adolescentes com quantos amigos eles conversam, em média, todos os dias pela internet ou pelo celular via torpedo. A resposta foi “algumas dezenas”. Valia tudo: torpedo pelo celular, mensagens no orkut, posts e comentários em blogs, twitadas, etc. Valia desde um “olá” até uma conversa longa. As respostas confirmaram o que todos nós desconfiamos: os jovens tem um número impressionante de interações na web e em dispositivos móveis (diga-se celular) diariamente.

Vivo escutando que os jovens da geração Y têm relações humanas muito mais frágeis e voláteis do que os jovens do passado. Pode ser até que isso seja verdade, mas enxergo uma geração muito mais interessante, preparada, madura e preocupada em se relacionar do que a minha geração. Quando eu tinha 15 anos, a minha rotina era jogar futebol no final das tardes, estudar a enciclopédia Barsa e acreditar em tudo que o meu professor falava, achando que ele sabia de tudo e era o dono da verdade, incluindo que o presidente Médici era um bom camarada. Meu relacionamento se limitava aos meus colegas de escola, aos amigos vizinhos e à minha família.

A juventude de hoje sai para passear virtualmente pelo mundo todos os dias. Pessoas de todos os lugares, de classes sociais diversas, de culturas diferentes, numa intensidade que impressiona, vinte e quatro horas por dia. São jovens muito mais informados e atentos do que os da minha época. São pessoas mais conscientes dos dilemas e das mazelas do planeta, muito mais preocupados em serem transformadores do mundo e agentes de mudança.

O grande desafio que os jovens da geração Y enfrentam hoje é o tempo. Diante de tantas possibilidades e alternativas para se relacionar, o dia de apenas 24 horas parece curto. A conta é meramente matemática. Se o dia se mantém em 24 horas e o jovem tem muito mais oportunidades de falar com mais pessoas, obviamente que cada um destes relacionamentos, individualmente falando, será mais curto e, portanto, mais volátil. Mas não se iluda: os jovens de hoje continuam com as mesmas características dos jovens do passado: tem amigos confidentes, procuram se aproximar de quem mais confiam e se identificam e querem ser profissionais de sucesso.

Existe uma eterna discussão de que os jovens da geração Y não são preocupados com sua privacidade, que falam demais na redes sociais. que criam relacionamentos virtuais e abandonam as reais. Isso não é culpa da geração Y ou das redes sociais, a sociedade atual está assim, o país está assim. O Brasil é um país democrático, as coisas estão cada vez mais expostas, a mídia está mais ousada, cada vez mais as pessoas falam o que pensam ser a verdade e o que seus corações pedem. Então, essa “tal” perda da privacidade não é algo somente da geração Y, isso faz parte da transformação da sociedade, estamos todos “mais abertos”.

Aliás, toda hora que surge algo novo e impactante, levantam vôo os abutres de prontidão para dizer que aquilo vai piorar a sociedade, a família e as relações humanas. Foi assim com o rádio, com a televisão e a internet. Esta é uma balela. A sociedade está se desenvolvendo, se tornando mais justa e criando cidadãos melhores e mais conscientes.

O importante aqui, e por isso escrevo tudo isso, é dizer que a geração Y é muito mais interessante do que as gerações anteriores. Estamos criando cidadãos do mundo, cidadãos globais e transformadores da sociedade.

Para terminar, se você leitor é da geração Y, veja abaixo qual era o herói dos meus tempos. Em 1970, aos dez anos de idade, eu sentava na frente da TV para sonhar.





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terça-feira, 20 de outubro de 2009

A TV do Futuro

Hoje, o repórter Rafael Barifouse publicou uma interessante matéria na Época Negócios Online sobre as novas tecnologias em desenvolvimento para a TV. Gostei tanto que resolvi colocá-la no blog.

Ele visitou a IFA, a maior feira de eletroeletrônicos do mundo, em Berlim, e registrou o que será a TV do futuro, que eu resumiria da seguinte forma:

- A TV do futuro será interativa;
- O controle remoto, como conhecemos, deve desaparecer. O comando será feito através dos movimentos das mãos e braços;
- A TV será multi-uso e estará conectada na internet todo o tempo, permitindo o acesso direto aos sites de vídeo como o YouTube;
- A TV será 3D, ou seja, veremos as imagens em três dimensões.

Tenho que confessar uma coisa que nunca escrevi aqui. Atualmente, eu tenho o costume de sentar na frente da TV com o notebook aberto e ligado na internet quase o tempo todo. Ou seja, eu assisto TV e navego na internet ao mesmo tempo. Faço isso rotineiramente. E isso não acontece só comigo não. Minha esposa e filhos muitas vezes fazem a mesma coisa. Portanto, não é por acaso que a TV do futuro descrita acima me enche os olhos. O único ponto que ainda está aberto na minha cabeça é que a TV é uma experiência coletiva (a família senta e todos assistem o mesmo programa) enquanto que a internet é uma experiência individual (cada um navega de um jeito e cada um tem um interesse diferente). O que será que vai acontecer quando tivermos o TV com acesso fácil e veloz à internet? O que isso vai provocar no tradicional modelo da família sentada no sofá assistindo o mesmo programa de TV? Enfim, muita água ainda vai rolar.

A única coisa que tenho certeza é que esta TV interativa e conectada à internet vai provocar transformações radicais no marketing e na comunicação empresarial. Saíremos de uma TV baseada no modelo broadcast (a TV fala e todos escutam calados) para um TV interativa (onde o consumidor interage com a empresa online). A experiência interativa que temos hoje ao navegar na internet, via o nosso computador, é apenas um aperitivo do que veremos em termos de interatividade nas TVs da próxima década.

Por agora, curta abaixo a matéria de Rafael Barifouse... direto de Berlim.

domingo, 18 de outubro de 2009

Quando o incentivo monetário não resolve

Quem me passou o vídeo abaixo foi um colega de trabalho. É um excelente vídeo de Daniel Pink, conhecido consultor e autor de livros no mundo empresarial. Aliás, eu já li e recomendo um livro dele chamado "O Cérebro do Futuro". Vou até escrever um post sobre as ideias apresentadas no livro pois merece. Para conhecê-lo melhor eu convido você a ler uma entrevista dada por ele para a HSM. Acesse AQUI.

Enfim, o objetivo deste meu post é compartilhar as ideas apresentadas por Daniel Pink no vídeo abaixo de 18 minutos. Ele aborda um tema recorrente na esfera corporativa: o sistema de recompensas e incentivos.

Eu já tenho uns 128 anos de vida corporativa, já trabalhei como técnico eletricista, engenheiro, em fábrica, em escritório, em vendas, em administração, em marketing e até, acredite, em comunicação. Em todas as minhas sete vidas corporativas eu sempre ouvi coisas do tipo:
"-- Quer aumentar as vendas? Então aumenta os prêmios para o vendedores e bota mais pressão";
"-- Quer criar um programa de sugestões de ideias dentro da empresa? Então lança um programa de recompensas que as ideias vão aparecer";
"-- Quer buscar novas formas de reduzir custo? Então cria um sistema de incentivo monetário onde os idealizadores das propostas receberão parte do dinheiro economizado pela empresa".

Em resumo, as empresas quase sempre partem para programas de recompensa monetária quando pensam em aumentar seus negócios, sua produtividade ou buscar mais criatividade. Isso ainda é muito comum e um recurso usado abundantemente no mundo empresarial.

Daniel Pink surpreende ao dizer que tais sistemas de recompensa só funcionam em situações muito especiais, particularmente quando há um grupo simples de regras e um objetivo claro para se alcançar. Ele diz que recompensas, por natureza, estreita o nosso raciocínio e concentra a mente, restringindo possibilidades devido ao foco excessivo. E cita um excelente experimento chamado "The Candle Problem" para defender a sua teoria. Eu não vou contar aqui, mas esta história é muito boa e só ela já vale o vídeo.

Em resumo: os prêmios monetários criam foco e pressão, fazendo as pessoas a fazerem "mais do mesmo" para alcançarem rapidamente seu objetivo, minimizando tremendamente as chances das pessoas pensarem diferente.

Ele diz que a motivação verdadeira, genuína, deve estar baseada em 3 pilares:
- AUTONOMY - AUTONOMIA - o desejo de sermos donos das nossas próprias vidas;
- MASTERY - DOMÍNIO OU CONHECIMENTO PROFUNDO - o desejo de fazermos cada vez melhor as coisas que realmente nos interessam;
- PURPOSE - PROPÓSITO - o desejo de fazermos coisas que façam a diferença e que sirva a algo maior que nós mesmos.

Ou seja, se conseguirmos implementar um ambiente corporativo onde os funcionários tenham mais liberdade de trabalho, com oportunidades reais de se desenvolverem continuamente no que gostam e que participem de algo realmente construtivo e importante para a sociedade, certamente vamos ter funcionários mais motivados, criativos, inspirados, comprometidos e cúmplices da empresa onde trabalham. Esse conceito é muito maior que um programa de incentivos. Poderíamos até chamá-lo de filosofia corporativa ou valores corporativos.

Minha percepção é que falta um quarto conceito que é INSPIRAÇÃO, que de alguma forma está ligado ao PROPÓSITO. Chamo de inspiração o incentivo para as pessoas pensarem diferente, sonharem e não se prenderem nas regras e nas limitações do dia a dia. Muitas empresas têm programas definidos para isso. Talvez o melhor exemplo seja o Google que permite que TODOS os seus funcionários usem de parte do seu tempo de trabalho para trabalharem no que quiserem, sem necessariamente vínculo com os objetivos da empresa, podendo usar os recursos internos para serem criativos e desenvolverem novos projetos inspiradores. Acho INSPIRAÇÃO um componente muito importante no mundo corporativo atual que é cercado por pragmatismo e metas arrojadas. Utopia? É, pode ser. Mas as empresas têm que pensar nisso.

Voltando aos trilhos do vídeo...

Daniel resume a apresentação dizendo que existe um desencontro entre o que a ciência sabe e que o mundo prático mostra:

1- Aquelas recompensas do século XX, aqueles motivadores que pensamos ser parte natural dos negócios, funcionam somente em uma faixa surpreendentemente estreita de ciscunstâncias;

2- Recompensas monetárias frequentemente destroem a criatividade;

3- O segredo para alta performance não é o modelo "recompensa/punição", mas aquele desejo de fazer as coisas que importam.

Eis o vídeo abaixo. Acione a opção de "subtitle" para a legenda em português. E pressione a opção de tela inteira pois a apresentação merece.


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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fragmentos da Futurecom

Estou na Futurecom, a principal feira de negócios do país no segmento das Comunicações.
Gostaria muito de estar mais tempo por aqui, mas a minha agenda de trabalho não deu a trégua que eu gostaria. Hoje, no final da tarde, eu participarei de um painel sobre Redes Sociais.

Por enquanto, para registrar, eis alguns pequenos fragmentos de frases que capturei de diversos interlocutores em painéis/apresentações que consegui assistir. Observação relevante: todas as frases abaixo são de presidentes de empresas, a maioria das operadoras fixas e móveis de telecomunicação:

-- Eu acho que os clientes de telefonia fixa exigirão uma velocidade de 1GB/seg para acessar a internet antes de 2020. Ou seja, temos um desafio de faixa de banda.

-- Em 2005 se vendia menos de 6 milhões de computadores por ano. Em 2009 serão mais de 12 milhões de computadores vendidos e com um detalhe: vai se vender mais notebooks do que desktops. Ou seja, existe uma enorme demanda reprimida de venda de banda larga móvel no Brasil.

-- Até o final de 2010 a penetração de telefonia celular será superior a 100%, ou seja, teremos mais celulares do que habitantes no Brasil. A Itália, país desenvolvido, hoje, já tem uma penetração superior a 150%.

-- O brasileiro fala pouco no celular quando comparado com o resto do mundo. O norte-americano fala, em média, dez vezes mais que o brasileiro no celular.

-- Há vinte anos, o primeiro emprego era office boy. Nos dias de hoje, é atendente de call center.

-- Em 2010 existirão 30 milhões de tags de RFID no mercado, mostrando que o mundo está cada vez mais interconectado e instrumentado. Serão 2 bilhões de pessoas conectadas na web.

-- No mundo analógico você podia assistir a TV mesmo sem pegar bem, até fora de foco. No mundo digital é tudo binário, é zero ou um, ou vê ou não vê.

Por último, eu tenho que citar que a frase abaixo foi dita pelo presidente da Andrade Gutierrez, Sr. Otávio Azevedo, empresa acionista controlador da Oi:
-- Hoje, é muito interessante saber que os clientes dos nossos concorrentes (Telefônica, TIM e Claro) atendem o telefone dizendo "Oi". Pode dar um recall interessante.

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

A síndrome do elefante indiano

Na Índia, o elefante é um animal sagrado. Muitos deles vivem livres, mas muitos outros são criados em cativeiro. Quando bebê, o elefantinho é amarrado a uma árvore com uma corda forte. Ele tenta de todas as maneiras se livrar da corda, o que é muito natural pois os elefantes são animais para viverem livres. Mas como ele ainda não é tão forte para romper a corda, ele se acostuma a ficar preso e ao longo do tempo desiste de tentar escapar. Inconscientemente, o elefantinho assume que a corda sempre será mais forte do que ele.

O elefante bebê cresce, fica forte e gigantesco, mas nunca mais vai tentar se livrar da corda. Ele pode até ser amarrado a uma árvore pequena, com uma corda fina, porque ele não vai mais tentar sair. A ironia é que o elefante poderia facilmente libertar-se arrancando a árvore ou rompendo a corda, mas sua mente foi condicionada por suas experiências anteriores quando bebê e não faz mais a menor tentativa de se libertar. Ou seja, o gigantesco e poderoso animal limitou sua capacidade de seguir os seus instintos. Os elefantes dos circos passam pela mesma experiência, são domesticados dessa forma e muitas vezes vivem presos com uma simples e frágil corda amarrada em suas pernas.

Essa história é a metáfora do que acontece com as empresas quando resolvem abrir as redes sociais para os empregados. A maior parte das experiências mostra uma inibição inicial e um "vamos esperar para ver o que acontece" dos colaboradores, o que sugere uma espécie de escudo invisível que faz com que eles não participem e não se arrisquem a colaborar e a opinar. Isto acontece repetitivamente em empresas com cultura mais conservadora. Afinal, como fazer os empregados falarem abertamente se eles passaram anos sendo treinados para não falar?

A maioria das empresas sofre desta "síndrome", quebrar esse paradigma é um processo lento, de aprendizado e de transformação cultural. Algumas empresas esperam uma transformação mágica e imediata, e muitas se frustam quando se deparam com essa barreira mental dos empregados.

Enfim, considere a "síndrome do elefante indiano" se estiver planejando projetos de mídias sociais para sua empresa. Libertar os seus empregados da cordinha não será tão fácil quanto você imagina.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

54% das empresas americanas proíbem que seus empregados acessem redes sociais no trabalho

Puxa, lá vou eu escrever mais uma vez sobre isso. As vezes me sinto chato e repetitivo, pareço um papagaio.

Um estudo da consultoria americana Robert Half Technology apontou que 54% das empresas pesquisadas proíbem completamente o acesso de seus funcionários a redes sociais (como Facebook e Twitter) no ambiente de trabalho. A pesquisa foi feita através de 1.400 entrevistas por telefone com CIOs (Chief Information Officer) de empresas americanas com 100 ou mais empregados. Acesse AQUI.

Os CIOs tiveram que responder a seguinte pergunta: "Qual das sentenças abaixo descreve mais fielmente a política da sua empresa em relação ao acesso a redes sociais como Facebook, MySpace e Twitter, no ambiente de trabalho?". Eis as respostas:

54% - Acesso proibido completamente
19% - Acesso permitido somente para fins profissionais
16% - Acesso permitido para uso pessoal, mas limitado
10% - Acesso livre e irrestrito, inclusive para uso pessoal
1% - Não sabe / não respondeu

Os números acima não surpreendem, mas tenho que admitir que esperava um resultado melhor no item "Acesso livre e irrestrito, inclusive para uso pessoal".

O resultado dessa pesquisa é o retrato de uma outra pesquisa já citada num post semanas atrás. Nela é dito que 8 em 10 executivos têm uma preocupação enorme com os riscos de segurança e de danos à reputação da empresa que a mídia social pode causar. E apenas 1/3 dos entrevistados disseram ter implementado políticas de mídia social. Acesse o post "O que os Executivos pensam a respeito das Mídias Sociais nas Empresas" se quiser mais detalhes.

Um outro ponto que sempre aparece é o "velho debate" a respeito do impacto na produtividade dos empregados que a rede social pode causar. Quase sempre essa é a principal justificativa para a restrição de acesso. Essa é uma discussão sem fim e tenho que confessar que já me cansei um pouco dela.

Uma pesquisa da Universidade de Melbourne, publicada em abril de 2009, afirma que em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. Veja mais detalhes AQUI.

Por outro lado, uma pesquisa da Nucleus Research, publicada em julho de 2009, indica uma queda de 1,5% na produtividade de empregados que acessam o Facebook no ambiente de trabalho. Veja mais detalhes AQUI.

Enfim, você pode escolher uma pesquisa acima e tomar partido. Eu vou repetir a minha posição em posts anteriores. Acho uma tremenda balela esse negócio de dizer que as mídias sociais causam dispersão e distração na força de trabalho. Minha experiência pessoal mostra exatamente o contrário. Se a empresa tem funcionários dispersivos, pouco engajados, que adoram um cafezinho a cada meia hora e que gostam de um disse-me-disse, pode ter certeza que as redes sociais serão somente mais um tempero nessa salada tropical já existente. Aliás, será um tempero ótimo. O que eu quero dizer é que o uso que os empregados darão as redes sociais no trabalho será diretamente proporcional ao engajamento e atitude já existente dentro da empresa.

Eu criei aqui do lado direito da página do blog uma enquete a respeito desse assunto. Quer dar seu palpite?

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comunicando a estratégia na comunicação interna

Muitas vezes quando eu visito empresas e converso com seus líderes, eu sinto a dificuldade que eles têm em fazer os funcionários conhecerem a estratégia e os objetivos da empresa. Por mais que eles comuniquem, os funcionários não conseguem absorver ou entender onde cada um pode e deve contribuir para os objetivos das empresas.

Eu tenho duas dicas a respeito desse desafio.

A primeira é baseada no velho ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Ou seja, trabalhar de maneira inteligente a repetição da mensagem na comunicação interna.

Para a segunda dica, eu convido você a voltar no tempo do seu curso primário, exatamente nas aulas de matemática, onde a professora nos ensinava que para resolver uma equação a gente deveria decompô-la em evidência. Lembra-se disso? Pois bem, é exatamente esse conceito que recomendo aplicar nesse caso.

A grande dificuldade é que as empresas complicam algo que deveria ser simples.

Vamos aplicar as duas sugestões acima.

O primeiro passo é pegar a estratégia da empresa e tentar decompô-la em pequenas partes. O melhor seria colocar a estratégia da empresa em poucas frases muito curtas e objetivas. O ideal seriam 3 ou 4 frases apenas, nada além disso, algo simples e pragmático. Pronto, essa é a primeira parte. Espalhe essa mensagem por toda a companhia através de seus canais de comunicação.

Um passo seguinte seria determinar uma palavra-chave para cada uma das frases. Se imaginarmos que vamos trabalhar com 4 frases, então escolha as 4 palavras-chave que centralizam cada uma das estratégias – somente uma palavra para cada frase.

Tendo essas 4 palavras ‘mágicas” nas mãos, a minha recomendação é que você use essas palavras repetidamente em todas as comunicações que fizer ao longo dos meses. Use-as regularmente em suas newsletters, nos murais, nas revistas internas, na intranet, nos boletins eletrônicos, enfim, em todas as ocasiões possíveis e desejáveis. Não necessariamente você precisa usar todas 4 palavras no mesmo texto, mas você deveria ter pelo menos uma delas sempre encaixadas em qualquer comunicação que publicar internamente ou externamente. Fazendo isso, você estará passando os conceitos estratégicos fundamentais para os funcionários, de modo mais sutil, porém sendo consistente e perseverante.

Vou dar um exemplo hipotético para facilitar.

Imagine que você trabalha na empresa XYZ, e que, após um bom exercício de pragmatismo e sumarização, chegou-se a quatro prioridades importantes:
1- A empresa pretende crescer em regiões onde ela tem baixa atuação através de um plano agressivo de REGIONALIZAÇÃO;
2- O plano da empresa, para os próximos anos, prevê o lançamento de novos produtos inovadores através de iniciativas de INOVAÇÃO;
3- A empresa pretende expandir sua linha de produtos, tendo por base a DIVERSIFICAÇÃO de produtos e sub-produtos já existentes;
4- A empresa cresceu muito nos últimos anos e isso gerou departamentos isolados, com clara falta de INTEGRAÇÃO entre os funcionários. A empresa vai investir fortemente num plano de colaboração interna para gerar mais parceria e camaradagem entre os diversos departamentos.

As palavras acima estão destacadas propositadamente. São as palavras que resumem muito bem cada pilar prioritário. Ou seja, a estratégia dessa empresa está baseada em: regionalização, inovação, diversificação e integração.

Minha sugestão, no caso do exemplo acima, seria usar continuamente uma das palavras, pelo menos uma, em qualquer comunicação interna que for feita dentro da empresa. Isso vai permitir que as conversas com os funcionários, através dos canais de comunicação, sempre sejam estabalecidas sob a ótica das iniciativas estratégicas prioritárias. Essa técnica de repetição funcionará muito bem. Ao longo de um ano, a maioria dos funcionários será capaz de citar as principais prioridades da empresa, quase que naturalmente. E, também, ajudará para que cada colaborador entenda onde o seu trabalho diário contribui para as prioridades da empresa.

Aqui cabe um comentário importante. É muito comum o funcionário não saber exatamente onde o trabalho dele se conecta com a estratégia da empresa. Ele pode até saber conceitualmente a estratégia, mas muitas vezes a falta desse "link" gera insatisfação e decepção, gerando uma sensação que seu trabalho está desconectado do foco da empresa. Aí o caminho é partir para um trabalho diferenciado com os gerentes para que eles expliquem aos seus funcionários a conexão da estratégia com o trabalho do seu departamento. Mas isso já é tema para outro post.

Enfim, eu acredito que o princípio da repetição contínua é uma forma interessante de abordar o tema de estratégia empresarial na comunicação interna das empresas.

Não gostou? É apenas uma idéia. Eu já usei e deu certo. Eu "agarântio".

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domingo, 4 de outubro de 2009

Rio 2016. A verdade dos fatos: seja o que Deus quiser

Na última quinta-feira, dia 1o. de outubro, Deus resolveu convocar uma reunião urgente no céu. Chamou todos os santos para uma sessão extraordinária e foi logo dando o recado:
-- Queridos santos e santas, arcanjos e querubins, convoquei essa sessão emergencial pois tem algo muito sério acontecendo no Brasil. Eu não aguento mais tanto santo me ligando pedindo para ajudar o Rio nas olimpíadas de 2016. Nos últimos dias eu nem consegui pensar em outras coisas. Foram recados, emails e torpedos de todos os lugares, não consigo dar conta de tanto pedido. Amanhã é a eleição das olimpíadas. O que vamos fazer?

São José foi o primeiro a falar:
-- Senhor, a gente não tinha combinado que as olimpíadas de 2016 seria em Chicago? O povo americano está muito sofrido nos últimos tempos e precisamos dar uma gás naquela turma...

São João interrompeu:
-- Pera aí. Sofrimento por sofrimento, eu aho que o Japão está pior. Já é a terceira vez que Tóquio tenta se eleger para as olimpíadas...

São Jorge retrucou:
-- Vai falar de sofrimento? E o Brasil que está tentando pela quinta vez...

Um burburinho tomou conta dos céus e ouviu-se um cochicho: -- y el pueblo espanhol, nadie habla nada?

Deus interrompeu.:
-- Não vamos continuar com esta conversa pois já teve muita discussão da vez passada. É bom lembrar que ficamos indecisos entre Chicago e Madrid e a maioria de vocês queria Madrid. Todo mundo disse que lá em Madrid já tem tudo pronto, as instalações estão novinhas, tudo já está preparado, o pessoal já sabe como fazer olimpíadas, etc, etc, etc. Ninguém vai ficar pedindo ajuda e rezando desesperado prá Deus prá tudo dar certo. Enfim, eu já tenho tanto problema para resolver no mundo que não preciso de mais um. Tem coisa muito mais séria do que olimpíadas, né? Vamos gastar nosso tempo com o que realmente importa: ajudar as pessoas, cuidar da saúde do povo, tentar melhorar o mundo e todas as coisas que vocês já sabem. Enfim, a gente já tinha conversado sobre isso mas o pessoal lá do Brasil agora resolveu rezar e está pedindo o que pode e o que não pode para ter as olimpíadas. O que fazer? Eu não quero ver cento e noventa milhões de pessoas no mundo deprimidas.

São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, se pronunciou:
-- Senhor, eu sei que vai dar um trabalho danado, mas eu acho que dá prá encararmos as olimpíadas no Rio em 2016. Ainda temos sete anos para trabalhar. Acho que a gente consegue. Mas vou precisar de ajuda, porque sozinho eu não dou conta não.

Nossa Senhora Aparecida emendou:
-- Eu conheço bem aquele pessoal. Quando eles querem alguma coisa é impossível tirar da cabeça.

Deus virou para São Pedro e perguntou:
-- São Pedro, como está o tempo lá no Rio agora?

São Pedro respondeu:
-- Agora, quinta-feira de manhã, está chovendo a rodo. A gente já programou uma chuva torrencial para sexta-feira o dia todo, que é o dia da eleição das olimpíadas.

São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, emendou:
-- É, Senhor, sabemos que vai rolar um show na praia de Copacabana e como já havíamos combinado que o Rio não vai ganhar a eleição, a gente programou um dia bem feio pro pessoal carioca não ir prá praia. Pelo menos assim o pessoal sofre menos. Estão todos rezando tanto por lá. Minhas orelhas estão até doendo.

São Jorge resolveu falar:
-- Olha Senhor, tá difícil resistir. Nunca vi tanta reza, promessa e vela acesa. A última vez que isso aconteceu foi na Copa do Mundo de 2002, lembra? Tivemos que fazer uma reunião as pressas prá dar o penta para o Brasil. O povo tá emocionado mesmo.

Santo Antônio, o mais popular do Brasil, emendou:
-- O Senhor não imagina quantos casamentos estão prometidos no caso do Brasil ganhar a olimpíada de 2016...

Deus interrompeu:
-- São Pedro. Vamos mudar tudo. Fecha o tempo em Madrid, Tóquio e Chicago. Tira o sol de lá e coloca tudo no Rio. Ah, e na eleição de amanhã trata de tirar Chicago logo de início pro povo americano não sofrer muito.

E virando-se para direita:
-- São Judas. Vou precisar muito de sua ajuda. Só você, como o santo das causas impossíveis, pode resolver. Trabalha com São Jorge, Santo Antônio, São José, São Sebastião, São Pedro, São Cosme e São Damião. Quero uma força-tarefa nisso.

E continuou:
-- E Nossa Senhora Aparecida, cuida de dar conforto e esperança pro povo brasileiro nos próximos anos pois eles vão precisar.

Virou para o outro lado e com o dedo em riste:
-- São Sebastião, a cidade é sua. Foi você quem inventou isso quando resolveu ser padroeiro da cidade quinhentos anos atrás. Fazer o Rio ficar pronto para as olimpíadas passa a ser sua missão nos próximos sete anos.

E desabafou:
-- Eu me meto em cada uma... tinha tudo para não me preocupar com isso nos próximos anos. Mas vamos lá. Que seja feita a vontade do povo. A gente já tava sobrecarregado para 2014. Agora então, nem se fala. Duro vai ser aguentar mais uma vez essa história de que Deus é brasileiro.

Que Deus nos abençoe. E viva o Rio 2016 !!!!


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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

17% das empresas americanas já puniram empregados por violação das políticas de uso de blogs no trabalho

Um estudo sobre prevenção de perda de informações publicado em agosto pela Proofpoint me assustou um pouco. A Proofpoint entrevistou 220 empresas com mais de 1 mil empregados. O relatório produzido mostra que existe uma preocupação enorme com o vazamento de informações via email e que 38% das empresas pesquisadas têm funcionários contratados para fiscalizar os emails que são enviados pelos colegas para fora dos limites da empresa, isto é, aqueles que saem pela internet. Na pesquisa realizada em 2008 este número era de 29%, ou seja, a preocupação está aumentando a galope, apesar de não ter ficado claro prá mim como esta "tal fiscalização" acontece.

A Proofpoint é uma empresa que vende serviços de segurança de TI, especialmente segurança da informação com foco na gestão de emails, portanto é muito conveniente que o resultado do estudo seja assustador pois isto representa mais oportunidades de negócios para eles. Mas, infelizmente, os números não mentem.

Aproximadamente 1/3 das empresas pesquisadas teve pelo menos um caso de empregado demitido por violação das políticas de email nos últimos 12 meses. Me parece um número alto, né?

A preocupação com blogs aparece em destaque.
18% das empresas conduziram alguma investigação por vazamento de dados via blog ou outros fóruns, sendo que 17% das empresas aplicaram alguma ação disciplinar em funcionários que violaram as políticas de uso de blogs.
E mais, 9% reportaram que demitiram empregados por tal violação. Os números são crescentes comparados com os números de 2008.

A pesquisa também analisou a disseminação de informação confidencial e sensitiva através das redes sociais como LinkedIn e Facebook. Aproximadamente 17% das empresas disseram ter encontrado exposição de informação através destes canais, e 8% delas demitiram pelo menos 1 funcionário por conta disso.

YouTube e Twitter também preocupam e o reporte mostra números a respeito. Aliás, o reporte mostra tantos números e dimensões que até confunde. Mas vale circular pelos "findings" do reporte.

Acesse AQUI o press-release para ter um sumário do documento. Mas se você se interessar pelo tema, vá no reporte pois vale a pena. Ele é cheio de informação. Acesse AQUI (você vai ter que responder um breve questionário para ter acesso imediato em seguida).

Me arrisco a dizer que parte do problema vem das próprias empresas, talvez até a maior parte. Conheço várias delas que resolveram lançar blogs antes de se prepararem, ou seja, não pensaram num guia corporativo para uso de mídias sociais, não se preocuparam em educar a força de trabalho a respeito destas novas mídias, seus objetivos e como elas devem ser usadas. O efeito disso é catastrófico, quase sempre gerando uma primeira experiência negativa da empresa e criando barreiras enormes para novas experiências futuras no mundo da web 2.0.

Enfim, você acha que o cenário mostrado no reporte da Proofpoint é coisa somente da terra do Tio Sam? Acha que essa preocupação é exagero das empresas americanas? Independentemente de sua resposta, pode ter certeza que nós aqui no Brasil chegaremos lá rapidinho. Sempre brinco dizendo que se os canais de comunicação e relacionamento das empresas fossem canos de água, eles seriam furadinhos, escapando água por todos os lados. Imagine uma empresa que tem milhares de funcionários. Imagine que a maior parte deles interage diariamente por telefone, emails e reuniões com clientes, parceiros e fornecedores. Ninguém tem controle sobre isso. Você consegue imaginar o montão de informação e dados estratégicos que escapam por todos os lados que nem canos furados? Pois é, esta é a realidade das empresas no mundo de hoje. E nós temos que aprender a conviver com isso e trabalhar para minimizar esse risco evidente. O segredo atrás disso é educação e conscientização da força de trabalho a respeito do que é informação, do quanto ela vale e como ela deve ser tratada.

Acabou-se o que era doce, esta história de controle de informação não existe mais. E viva as redes sociais!!!

Assista abaixo um vídeo "marketeando" o reporte.


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